Premiação foi entregue em Brasília, com a presença do diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, ministros de Estado e representantes de empresas públicas e privadas.
A usina de Itaipu recebeu pela quarta vez o selo do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. O prêmio foi entregue oficialmente no dia 25, em Brasília, pela ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, ao diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, e à coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero, Maria Helena Guarezi.
A premiação, promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), é um reconhecimento do governo federal às entidades e empresas de médio e grande porte que desenvolvem ações voltadas para a promoção da equidade de gênero e raça no ambiente de trabalho. No total, quase 60 empresas de todo o País receberam o selo.
A cerimônia, no Memorial Juscelino Kubitschek, também contou com a presença da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da diretora regional da ONU Mulheres, Rebbecca Marques; e da oficial de Projetos do Programa de Igualdade de Gênero e Raça da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ana Carolina Querino.
“Esse prêmio é uma conquista de todos os empregados e empregadas e um reconhecimento pelos dez anos do Programa de Incentivo à Equidade. Porque todos nós, homens e mulheres de Itaipu, fizemos parte do processo de construção do programa”, comemorou Maria Helena Guarezi.
A coordenadora lembrou que Itaipu sediou a primeira reunião sobre equidade das empresas do Ministério de Minas e Energias, em 2004 – que deu origem ao programa federal. Tanto que, das 11 empresas que foram premiadas na primeira edição, dez eram do setor elétrico – entre elas, a própria Itaipu.
Maria Helena acrescentou que, para receber o selo, a empresa deve ter um plano de ação focado na gestão de pessoas e na cultura organizacional, com pelo menos 70% das ações implementadas. Caso contrário, não leva o selo. “É um processo rigoroso. A organização deve olhar para dentro, para suas ações e para os seus empregados”, comentou.
Primeiros passos
Ex-diretora executiva financeira de Itaipu, Gleisi Hoffmann participou da solenidade e falou sobre a experiência da binacional como uma das primeiras empresas brasileiras a discutir e a formular ações para o setor.
Gleisi também destacou as ações do governo federal e comentou que o rendimento das mulheres, hoje, ainda representa 73,8% do ganho salarial dos homens. “Apesar de termos avançado nos últimos anos, a desigualdade salarial ainda é um desafio que persiste e precisa ser enfrentado”, disse, em texto divulgado pela Agência Brasil.
A ministra Eleonora Menicucci pontuou que discriminações no mundo do trabalho nem sempre são percebidas e por isso são necessárias ações específicas para que o preconceito seja superado. “A conquista da autonomia e da igualdade entre mulheres e homens é fator primordial para o desenvolvimento econômico do País”, comentou a ministra.
Diretora regional da ONU Mulheres, órgão das Nações Unidas criado em 2010 e voltado para a promoção da igualdade de gênero, Rebbecca Marques citou a importância do papel das empresas. “As grandes empresas têm muita influência sobre os seus parceiros em geral, sejam fornecedores ou prestadores de serviço, e podem contribuir com a mudança de mentalidade”, disse.
A Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.