Criada em 17 de maio de 1974, binacional está no auge da produtividade, é recordista em geração, e segue estratégica para a segurança energética do Brasil e do Paraguai.
Recordista mundial de geração de energia elétrica, a Itaipu Binacional comemora nesta sexta-feira, 17 de maio, o aniversário de 39 anos de criação da empresa. A data é representativa por vários motivos. Prestes a completar três décadas de operação, a hidrelétrica está no auge da produtividade, é modelo de gestão e responsabilidade socioambiental e segue estratégica para a segurança energética do Brasil e Paraguai.
Os números falam por si. Parte do sistema elétrico brasileiro, coordenado pela Eletrobras, Itaipu é hoje responsável pelo abastecimento de 17% de toda a energia consumida no País e por mais de 70% do Paraguai.
Para se ter uma ideia, antes de Itaipu, o Paraguai contava apenas com a usina hidrelétrica de Icaray, uma unidade de pequeno porte, para gerar energia. Hoje, sobra energia no país vizinho e o excedente é vendido e gera riqueza.
Já o Brasil, um país de dimensões continentais, viu praticamente dobrar a sua capacidade instalada, que era de 16,7 mil megawatts em 1974. Após a conclusão da obra, as 20 unidades geradoras de Itaipu incorporaram outros 14 mil megawatts ao sistema elétrico brasileiro.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, chama a atenção para o fato de a empresa ter sido construída em regime de sustentabilidade plena, ou seja, não onera nem o Brasil e nem o Paraguai. “Isso ocorre porque 100% dos recursos da obra foram financiados e todo o pagamento da dívida é feito com a venda da própria energia”, explicou.
Por outro lado, somente em royalties, a usina já distribuiu mais de US$ 10 bilhões aos dois países. “Em 2023, a usina estará paga, modernizada, e continuará sendo vital para a economia do Brasil e do Paraguai”, disse.
Recordes e missão ampliada
Em 2003, Itaipu ampliou sua missão empresarial. Desde então, além de gerar energia elétrica com qualidade, a empresa incorporou às suas ações a responsabilidade social e ambiental – “impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”.
Jorge Samek observa que a nova missão empresarial de Itaipu coincidiu com um período de forte crescimento econômico da região, melhoria da qualidade de vida de brasileiros e paraguaios e demanda crescente por energia, exigindo esforços extras de Itaipu. E a empresa soube responder aos novos desafios.
O maior exemplo desse esforço foi o recorde mundial de produção de energia, registrado em 2012. Itaipu gerou no ano passado 98.287.128 megawatts-hora (MWh) – suficiente para abastecer todo o mundo por dois dias; ou então o Paraguai por nove anos.
Por determinação dos governos do Brasil e do Paraguai, Itaipu também é responsável pela construção da linha de transmissão de 500 kV, ligando a margem direita da usina à subestação de Villa Hayes, na Grande Assunção. Essa obra é considerada a mais importante do país vizinho desde a construção da própria usina.
“A conclusão do sistema de transmissão de 500 kV vai permitir ao nosso vizinho uma nova etapa de industrialização e de crescimento econômico. O Paraguai poderá fazer uso pleno da energia que Itaipu produz”, avaliou o diretor.
Meio ambiente e inclusão
A nova missão empresarial permitiu ainda que Itaipu desenvolvesse uma série de programas e ações de responsabilidade social e ambiental. Na última semana, por exemplo, a diretora financeira executiva, Margaret Groff, recebeu na Noruega o prêmio Oslo Business for Peace Award 2013, em reconhecimento às ações de equidade de gênero e de empoderamento da mulher dentro da empresa.
O Programa Cultivando Água Boa (CAB), desenvolvido pela Diretoria de Coordenação e Meio Ambiente em 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3), beneficiando mais de 1 milhão de pessoas, também já conquistou inúmeros prêmios nacionais e internacionais e é considerado modelo no cuidado com os recursos hídricos pela Unesco.
Itaipu ainda criou o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e lidera ações para desenvolver o veículo elétrico e novas plataformas de energias renováveis – como o biogás. Neste mês de maio, começa a funcionar no PTI o Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás-ER), parceria de Itaipu com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi) e outras instituições.
A usina também apoia iniciativas como a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e adotou um inédito Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGD), uma ferramenta de gestão que valoriza dentro da empresa ações sustentáveis e ambientalmente corretas.
“Itaipu transformou a Bacia do Paraná 3 em um gigantesco laboratório de experiências bem-sucedidas, que indicam para um novo modelo de desenvolvimento sustentável”, afirmou Jorge Samek, que fez questão de elogiar operários, empregados e ex-empregados que ajudaram a construir a usina. “Uma empresa com quase 40 anos, e que mantém esse vigor e essa vontade de transformar para melhor a vida das pessoas, é para nós motivo de grande orgulho”, completou.
Homenagem
Para comemorar os 39 anos de Itaipu, a empresa vai homenagear os empregados que completaram 15, 25, 30 e 35 anos de casa e também os colegas que se aposentaram no último ano. A cerimônia será no dia 23 de maio, próxima quinta-feira, no ExpoCenter Rafain, em Foz do Iguaçu.
Um dos homenageados será o ex-ouvidor Miguel Sória, que vai aproveitar a festa para lançar o livro “Usina de Itaipu – Integração Energética entre Brasil e Paraguai”, editado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.