Banner dicas de leitura

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Comissão da Câmara aprova pedido para sustar proibição de vans e táxis no Parque Nacional do Iguaçu
  Data/Hora: 22.mai.2013 - 12h 28 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
clique para ampliar

A Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal aprovou na terça-feira, 21 em Brasília, um documento para pedir a sustação da portaria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBios) que proíbe o transporte alternativo de turistas no Parque Nacional do Iguaçu, a partir de 29 de dezembro. A unidade está localizada em Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina.
 

A comissão aprovou também, ao final da audiência convocada para discutir mudanças no plano de manejo do parque, a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto, formado por parlamentares, representantes do trade turístico de Foz de Iguaçu e dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo (MTur), além do ICMBio.


Solicitada pelo deputado iguaçuense Professor Sergio de Oliveira, a audiência foi dirigida pelo deputado Romário, presidente da Comissão de Turismo e Desporto. Participaram o deputado Protógenes Queiroz, o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinícius Lummertz, o coordenador nacional de Políticas de Turismo, Wilken Souto, o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, e representantes do ICMBio.


“Sem retrocesso”

Vinícius Lummertz afirmou na reunião que o Parque Nacional do Iguaçu “é referência para o Ministério do Turismo porque funciona bem. Se for feita alguma mudança, o entendimento do ministério é que deve ser para melhorar. Não pode haver retrocesso”.


Segundo Lummertz, o Parque Nacional do Iguaçu é uma das prioridades para o Ministério do Turismo, justamente por seu modelo de concessão “que é um exemplo para as outras unidades de conservação do Brasil”.


O prefeito Reni Pereira disse, em Brasília, que “o Parque Nacional do Iguaçu e o desenvolvimento econômico de Foz caminham juntos. Pelo diálogo é possível desenvolver um modelo sustentável, eliminando as incoerências do plano de manejo e preservando o emprego e a renda dos trabalhadores do turismo”.


“Sem sentido”


Para o presidente do Fundo Iguaçu e superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Gilmar Piolla, um dos principais responsáveis pela campanha que elegeu as Cataratas do Iguaçu entre as Sete Maravilhas da Natureza, “não faz sentido fechar a entrada do parque para os veículos que atendem aos receptivos turísticos nacional e internacional, pois estes dependem de um atendimento diferenciado e de qualidade”.


Gilmar Piolla afirmou que o atual Plano de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu não prevê o transporte alternativo e, portanto, “não atende às premissas do desenvolvimento do turismo e nem da preservação ambiental”.


Defasagem

Para Piolla, o plano está ultrapassado, já que foi elaborado antes da lei que instituiu o Sistema Nacional das Unidades de Conservação. “Além disso, está defasado em relação ao novo Código Florestal e às novas diretrizes orientadoras do ICMBio para a revisão dos planos de manejo das unidades de conservação”, disse.


E completou: “Precisamos de um Plano de Manejo que leve em consideração a sustentabilidade do Parque Nacional do Iguaçu em todas as suas dimensões: ambiental, econômica e social. Um novo Plano de Manejo deve levar em conta a questão da mobilidade sustentável e prever, também, uma nova matriz energética para o funcionamento do parque”.


Eliminar incoerências

O deputado Romário, que ressaltou ter visitado várias vezes Foz do Iguaçu, demonstrou no encontro preocupação maior justamente com o desemprego de cerca de 3 mil motoristas e guias que sobrevivem com o transporte de turistas dentro do parque.


O deputado Protógenes Queiroz, que atuou em Foz como delegado da Polícia Federal por dois anos, disse que, enquanto não se chegar a um acordo em relação à medida do ICMBio, no mínimo ela deve ser adiada para depois da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2015, evitando que prejudique a vinda de mais turistas.


Na Justiça

O presidente do Conselho Municipal de Turismo, Comtur, Heitor Paulo Ângeli, lembrou que a portaria do ICMBio que extingue o transporte alternativo está sendo contestada judicialmente pelo setor de turismo de Foz do Iguaçu.

Pela portaria, o tráfego de veículos como vans e táxis só será permitido até o final de dezembro. “Quer dizer, seria proibido na altíssima temporada de visitação e às vésperas da Copa do Mundo”, disse. “Mas nós não queremos um novo prazo, e sim a revisão do Plano de Manejo, ouvindo a comunidade, de acordo com o que prevê a lei”.


Angeli fez uma última crítica à portaria do ICMBio: ela extingue o transporte alternativo e cria um monopólio de transporte no interior do parque, “sem nenhum diferencial ambiental – o turista vai descer na entrada do parque de um ônibus branco e embarcar num ônibus vermelho, às vezes até mais poluidor”.


O que disse o ICMBio

A diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (Diman), Giovana Palazzi, e o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, que representaram o ICMBio na audiência, explicaram que a portaria foi a forma encontrada pelo Instituto para dar mais tempo aos profissionais e empresas transportadoras de turistas para se adaptarem ao cumprimento da lei. De acordo com a decisão da Justiça, a proibição deveria ter entrado em vigor desde o ano passado.


“Com esse prazo, temos mais tempo para fazer uma avaliação, para ouvir o setor de turismo, o conselho gestor da unidade, os demais parceiros”, disse Palazzi, ao garantir que o ICMBio está aberto ao diálogo com todos os setores envolvidos na questão.

 “Braço direito”


Ela afirmou que o plano de manejo, embora seja o “braço direito” dos gestores do parque, não é um documento estático, imutável, que nunca possa ser mexido. “Trabalhamos o plano de acordo com ciclos de implementação. A revisão é fundamental. Mas não é só revisar, é preciso melhorar, aprimorar”, disse Giovana.


Ela ressaltou, contudo, que qualquer decisão sobre uma possível revogação da portaria ou a adoção de um sistema de transporte misto nos limites do parque, composto por ônibus da concessionária e táxis e vans privados, como pediram alguns deputados, deve ter como fundamento estudos técnicos.


“Temos que avaliar os impactos da circulação de carros no interior do parque, a velocidade, monitorar a fauna, ver quantos empregos realmente são gerados, o grau de satisfação dos visitantes, entender a dinâmica regional”, reforçou ela.


Segundo a diretora, sempre é possível encontrar instrumentos de melhoria da gestão do parque, de aplicação do plano de manejo, mas é preciso que isso seja feito de forma programada e com todos os cuidados técnicos. “Vamos, então, aproveitar o tempo dado pela portaria para fazer esses estudos, para fazer o plano da revisão do plano de manejo, ou seja, o plano do plano”, enfatizou Palazzi.


Sistema único

Pegoraro lembrou que o plano de manejo do parque foi elaborado em 2000 pelo Ibama, então responsável pela gestão das unidades de conservação federais. Nesse trabalho, o órgão ouviu usuários do parque, moradores da região, pesquisadores e outros segmentos interessados no tema. "E já naquela época o plano previa um sistema único de transporte que não permite a operação de privados. Proibiu, inclusive, a circulação de carros particulares no interior do parque, o que ocorre até hoje”, destacou.


Ele admitiu que a proibição de veículos privativos no parque pode ter impactos sociais, mas disse que o prazo dado pelo Instituto é importante exatamente para que os guias turísticos, motoristas de táxis e vans e demais trabalhadores das agências de turismo locais possam se capacitar para atuar em outras áreas do mercado. “A portaria não foi feita para a revisão do plano, foi feita para dar tempo à readequação dos trabalhadores a essa nova realidade”, completou Pegoraro.

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Bassani
Banner emprego
Banner Mirante
Banner violência se limite
Banner Exposição
Rose Bueno Acessórios
Banner Einstein
Banner pedrão 2018