“Usina de Itaipu – Integração Energética entre Brasil e Paraguai”, editado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi escrito pelo ex-ouvidor da binacional Miguel Zydan Sória.
O engenheiro Miguel Zydan Sória, ex-ouvidor e ex-coordenador brasileiro do processo de Gestão do Conhecimento da Itaipu Binacional, lança, nesta quinta-feira (23), no Hotel Rafain Expocenter, em Foz do Iguaçu, o livro “Usina de Itaipu – Integração Energética entre Brasil e Paraguai”, editado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A obra, que marca os 40 anos do Tratado de Itaipu, tem prefácio assinado pelo diretor-geral brasileiro da binacional, Jorge Samek, apresentação do presidente do Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, Mario Fernando de Melo Santos, e mensagem do reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho.
“Este livro pode ser considerado como um dos resultados de um longo processo coletivo de gestão do conhecimento, que começou antes mesmo da assinatura do Tratado de Itaipu”, disse o autor, acrescentando que “o trinômio barragens–eletricidade–política é utilizado para explicar, de maneira expedita, o contexto em que se insere um projeto da natureza do de Itaipu”. A obra poderá ser adquirida no site da editora UFPR (http://www.editora.ufpr.br/portal).
Antecedentes históricos
Para escrever o livro, Sória fez uma extensa pesquisa, pontuando desde antecedentes históricos e o contexto geopolítico da época, até as primeiras tratativas entre os governos brasileiro e paraguaio, a formação do gigantesco canteiro de obras, o começo da geração de energia e os recordes de produção.
São quatro capítulos: introdução; projeto Itaipu; execução do empreendimento; e operação da usina e desenvolvimento organizacional. Com 250 páginas, o trabalho inclui fotos históricas, cedidas pela Comunicação Social de Itaipu, mapas, ilustrações e tabelas.
O livro também traz explicações sobre a engenharia financeira do empreendimento e alguns dos principais projetos e programas desenvolvidos por Itaipu, como o Programa Cultivando Água Boa (CAB), o Projeto Veículo Elétrico (VE) e a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis.
Nos anexos, além de vários quadros-síntese, entre os quais alguns relativos à história das barragens e à história da eletricidade, a obra apresenta na íntegra documentos importantes, como a Ata do Iguaçu (de 1966), o Tratado de Itaipu e o Acordo Tripartite (entre Brasil, Paraguai e Argentina).
Colaboração
A ideia do livro surgiu após Sória apresentar a Jorge Samek o capítulo “Breve Memória sobre a Usina de Itaipu 1966 – 2010”, que escreveu para integrar a obra “A História das Barragens no Brasil – Séculos XIX, XX e XXI” – feito em comemoração aos 50 anos do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB). Para o trabalho, o autor contou com a ajuda de colegas de diferentes áreas da empresa.
Samek então propôs que Sória partisse da pesquisa realizada, com os acréscimos necessários, para compor uma obra mais ampla. O resultado é um documento histórico e atual sobre Itaipu, voltado para os públicos externo e interno.
Segundo Sória, o que mais chamou a atenção na fase de pesquisa foi o fato de que a demarcação de fronteiras entre Brasil e Paraguai, estipulada no Tratado de Limites (ou Tratado de Madri), de 1750, marca, em tese, o começo da história de Itaipu.
“Isso porque a descrição da linha que separa os dois países na região do Salto de Sete Quedas, no Rio Paraná, gerou dubiedade de interpretação, quando se passou a demarcá-la no terreno muito tempo depois”, disse ele. “E justamente a posse da região dos saltos, devido a seu grande valor hidroenergético, passou então a ser objeto de extremo interesse por ambos os países, de cujas negociações resultou o Tratado de Itaipu”, acrescentou.
Homenagem a empregados
O lançamento do livro “Usina de Itaipu – Integração Energética entre Brasil e Paraguai” vai ocorrer durante a festa anual do aniversário da Itaipu, que este ano completou 39 anos de constituição como empresa, no último dia 17. A empresa vai homenagear os empregados que completaram 15, 25, 30 e 35 anos de casa e também os colegas que se aposentaram no último ano. Sória, que se aposentou da usina no começo do ano, será um dos homenageados.
Atenção jornalistas
Veículos de comunicação interessados em entrevistar Miguel Sória sobre o livro “Usina de Itaipu – Integração Energética entre Brasil e Paraguai” poderão entrar em contato com o autor pelo e-mail mzsoria@gmail.com.
A Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.