O nosso artigo de ontem, que levou o sugestivo nome de: “Acorda, meu povo – em época de eco crise, se manifestar, assim como filosofar, é preciso...”, passamos por e-mails, diretamente para o Gabinete da Presidência da República, mais precisamente para a assessora de imprensa da Gleisi Hoffmann, Dayane Hirt, com uma solicitação de o mesmo chegasse ao seu conhecimento. O nosso intuito é colaborar, ajudar – e ao mesmo tempo lembrar e reafirmar que o momento é extremamente delicado e não será com uma ou duas medidas paliativas que irá afastar o povo das ruas.
Os tempos são outros – e tudo isto que está acontecendo já era previsível, pelos menos pelas pessoas sensíveis, por pessoas com a mente aberta e com a capacidade de enxergar e visualizar o que existe além da linha do horizonte. Todo o governo que se preze – antes de aceitar a opinião dos bajuladores de plantão que o cercam diariamente, deveria mergulhar profundamente para dentro do seu próprio SER, antes de tomar toda e qualquer decisão. Ou seja, meditar profundamente, serenar a mente e naquele estado de equilíbrio total – procurar sintonizar a sua própria CONSCIÊNCIA...
Se assim o fizer, verás que toda ação tem uma reação – e com certeza a colheita será nesta mesma direção. No campo social, por exemplo, o governo criou inúmeras BOLSAS – que sem dúvida no momento criado a intenção, realmente era distribuir renda e ajudar os que mais necessitavam naquele momento. Em seguida, seus assessores, esqueceram de que aquele deveria ser apenas um paliativo – o modelo deveria evoluir – ser aperfeiçoado, criar uma porta de saída digna e honrosa para os que estivessem se beneficiando destas Bolsas... O trabalho dignifica as pessoas...
E porque digo isto? Por que quem está pagando esta conta não é o governo, mas sim, todos que pagam os seus impostos e ralam diariamente para ganhar a vida – em especial à classe média, os formadores de opinião, que hoje na sua maioria esmagadora está nas ruas no meio da multidão reivindicando melhor saúde, melhor educação, mais segurança, melhores condições de locomoção, ou seja, melhores condições de vida. Sem contar que, - se essas condições se perpetuarem com bolsa isto e bolsa aquilo, sem que haja uma porta de saída, em curto prazo vamos ter um país carente e dependente – e com pouquíssima mão de obra disponível...
É só isto? Não! Muito pelo contrário... Além do que citamos acima que tem incitado a indignação das pessoas, existem outras aberrações que precisam ser revistas e passado a limpo... Quando se gasta atualmente com Conselheiros, Presidentes e Diretores de Estatais e outros penduricalhos? Por que o país está em crise e os nossos Bancos tiveram um dos maiores lucros da história, justamente nessa última década? Por que se apregoa em alto e bom som para os quatro cantos do Planeta que somos auto suficiente em Petróleo e ao mesmo tempo pagamos um dos combustíveis mais caro do mundo – enquanto o nosso vizinho Paraguai vende gasolina vendida pelo nosso país a preços bem acessíveis?
É só isto? Não! Tem mais, muito mais... E esse mais, muito mais, eu prefiro nem dizer no momento – até por que, seu eu colocar aqui, por exemplo, que continuarmos insistindo neste modelo de somente dar e não exigir e ensinar – vamos estar (...) vou acabar causando ainda mais indignação em quem estiver lendo esse texto – e o nosso objetivo é que ele sirva de reflexão, que sirva de luz e orientação... Amanhã tem mais...
João Maria Teixeira da Silva