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A venda do Clube Panorama e sua enorme contribuição a essa civilização que aí está...
  Data/Hora: 22.jul.2013 - 20h 40 - Colunista: João Maria  
 
 
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Em visita a nossa redação há pouco, mais precisamente no final da tarde (não poderíamos dizer que foi realmente uma visita, pois, ele não ultrapassou a linha divisória, preferiu mandar o seu recado da porta, em cima da linha imaginária de onde ainda podemos avançar ou recuar antes de tomar uma decisão conciliatória ou não), o jovem advogado Sandro Marcon, deixou claro que não gostou nada de termos citado o seu nome na recente matéria que fizemos sobre o Clube Panorama.

 

“Você não devia ter citado o meu nome nesta matéria como se eu tivesse feito parte do desmonte do Clube Panorama lá atrás. Eu moro ali do lado, poderia ter me visitado que eu teria te explicado como fiz para os demais veículos de comunicação que estiveram lá. Poderia ter te mostrado toda a documentação e você teria visto que na verdade eu fui um dos que tentou evitar essa desmonta do Clube”, me disse Sandro, visivelmente irritado com o conteúdo da matéria que fizemos.

 

Eu fui logo lhe perguntando: “Me diga o que está errado que eu faço já uma nova matéria?”. “Não precisa fazer nada não – você devia é ter me visitado antes de colocar o meu nome como se eu tivesse feito parte de tudo isto”, pontificou, virando as costas e saindo visivelmente chateado. Se for direito de resposta que deseja, estamos lhe dando todo o espaço que desejar para que possa dar a sua versão. E quanto ao que colocamos de que a desmonta do Clube começou em 2006, isto é fato. Como é fato também que o nobre advogado era assessor jurídico do governo da época.

 

E daí fica a pergunta: Por que não se fez naquela época, o que estão tentando fazer hoje? Será que é por que o Clube estava ruindo, caindo pelas tabelas? É lógico que naquela época, ainda não teria havido a venda do Clube, mas o desmonte do seu patrimônio já havia começado.

 

O que aconteceu após o falecimento do doador, pode até ser questionado na Justiça, sim. Mas volto a perguntar: Por que só agora essa preocupação? Será que é por que o clube está sendo reformado e remodelado com o objetivo de realmente cumprir com o seu papel, com a sua função social de servir a comunidade e não ficar entregue aos ratos e baratas?

 

Ou será por que seu uso será ainda muito mais nobre, pois além de eventos sociais, estará abrindo espaço para que uma Instituição de Ensino possa interagir com a comunidade?

 

Confesso que já vi este filme outras vezes. E talvez seja por essas e outras que o nosso município perdeu nas últimas décadas mais de 50% do seu patrimônio humano. Nunca é demais lembrar que já tivemos 68 mil habitantes. Eu me lembro como se fosse ontem, o sacrifício, a luta e o desespero do Professor Orlando Gomes da Silva, Diretor da CNEC, na época, para salvar um Curso Técnico em Agropecuária, que chegou a formar, se não me falha a memória duas turmas.

 

Localizada na entrada de Santa Rosa do Ocoí, a Escola tinha um patrimônio de fazer inveja – 40 alqueires numa das regiões mais ricas do país – e mesmo assim, as hienas que estavam no comando do Município na época, tripudiaram, sufocaram e acabaram com o que poderia ter sido uma das mais belas bandeiras do município no setor educacional. E porque fizeram isto na época? E porque estão fazendo agora? Atacar instituições de Ensino, sufocar a Educação, inibir a formação de quem não tem “pedigree”, parece ser uma metodologia ocupacional para garantir os espaços políticos.

 

E por que estou lembrando isto aqui nesta matéria? Primeiro por que EDUCAÇÂO, no meu ponto de vista, deveria ser vista e revista pela sociedade como um todo, como uma terapia ocupacional destinada para 100% da nossa juventude. Só assim, nós não teríamos grande parte deste capital humano social desconectado com a vida e com o todo – vivendo aleatoriamente, esperando pacientemente que as coisas lhe caiam do céu – numa crise existencial sem precedente.

 

O que estamos fazendo com os nossos jovens? Em menos de 10 dias, dois jovens que nasceram e se criaram em nossa cidade foram enterrados no cemitério local, aliás, um com 18 anos de idade será enterrado amanhã – foi morte em Cascavel ontem, segundo familiares envolvido com o tráfico. O outro, com 21 anos de idade foi morto na semana passada ao tentar assaltar um policial no litoral do Paraná. Na tentativa, o policial reagiu e também morreu em combate.

 

É isso que queremos para os nossos jovens? Posso estar enganado, mas ao ver atos inusitados e desastrados como o recente decreto deste sujeito que foi eleito e se diz prefeito, é essa a impressão que fica. Eu me pergunto: Você já imaginou se este mesmo sujeito, usando da prerrogativa para a qual foi eleito, visitasse a Uniguaçu e dissesse: “Estou aqui para ajudar, somar, multiplicar os esforços e ver a nossa cidade crescer. Temos R$ 25.000.000,00 em crédito junto a Itaipu, que em breve deve nos repassar – e o meu objetivo e aplicar boa parte destes recursos na Educação. Não sei como, por que essa é uma Instituição Privada, mas se for possível, gostaria de dar a minha contribuição”.

 

Depois de um desabafo deste, poderia até se recolher, tirar uma licença médica por 90 dias, renováveis por mais 360, passar o cargo para o Maurão e viajar para as Ilhas Canárias, para o Taiti, ou até mesmo se esconder no Recanto do Célio Santana, em Santa Cruz do Ocoí, por onde andou ano passado, prometendo ao mesmo o cargo de Sub-prefeito de Santa Rosa.

 

Por hoje chega... Eu volto a este assunto, ainda esta semana...     

 
 

 

 

 
 
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