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Vovó radical de 103 anos salta de paraquedas com vista para a hidrelétrica de Itaipu
  Data/Hora: 20.ago.2013 - 8h 13 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional - Aos 103 anos, Aida Gemaque da Silva se tornou a pessoa mais velha do mundo a saltar de paraquedas. A proeza aconteceu em Foz.

 

O programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, provou que alegria, amor à vida e gostinho pela adrenalina não são privilégios dos jovens. Neste domingo, 18, entrou no ar a reportagem feita nos dias 9 e 10 deste mês, com a vovozinha de 103 anos que veio de Macapá (AP) a Foz do Iguaçu para um salto de paraquedas.

 

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional... Dona Aida, superando o dinamarquês Estrid Geertsen, que saltou aos 100 anos e 60 dias, em 2004.

Dona Aida Gemaque da Silva, a vovozinha radical, vai para o Guiness Book of Records como a pessoa mais velha do mundo a saltar de paraquedas. Ela superou o dinamarquês Estrid Geertsen, que saltou aos 100 anos e 60 dias, em 2004.

 

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional - Nas alturas e sem medo...

A reportagem do Esporte Espetacular foi uma das mais positivas para o turismo do Destino Iguaçu dos últimos tempos. Quem assistiu viu imagens incríveis tanto da paisagem das Cataratas do Iguaçu quanto da usina de Itaipu.

 

Sem medo

Dona de uma simpatia e de uma alegria impressionantes, a vovó ganhou a todos por onde passou. E encantou a plateia quando, a poucos metros de altura, comemorou a aventura acenando para o público, que retribuiu com palmas e assobios.

 

Do que ela tem medo? “De onça. De onça eu tenho medo. De saltar, não”, dizia, cheia de tranquilidade, poucas horas antes de saltar pela terceira vez: as duas primeiras foram em Macapá, aos 100 e aos 102 anos.

 

Nascida em Chaves, no meio da floresta amazônica, próximo ao delta do Rio Amazonas, Aida Mendes se mudou para Macapá “há uns 50 anos”. Era seringueira. “Já trabalhei muito nessa vida”, diz com o olhar perdido no passado. Criou os cinco filhos (três já morreram) com o trabalho na floresta e cita o nome de cada membro da família, composta ainda por dez netos e dez bisnetos.

 

“E o que a senhora sente quando salta de paraquedas?”, perguntam o repórter e tantas outras pessoas que acompanharam a aventura de dona Aida em Foz. “Alegria, muita alegria”, é a resposta sempre.

 

No sábado, dia do salto, dona Aida chegou tranquila à Skydive Foz, onde os instrutores a aguardavam. Atendia repórteres e a todos com paciência e atenção, enquanto vestia as roupas e o paraquedas, ajudada também pela bisneta, Ana Clara dos Santos, e pelo neto, Josivaldo dos Santos, que a acompanharam desde Macapá.

 

O salto

Antes do salto, Dona Aida se encantou com os atrativos turísticos de Foz do Iguaçu. Primeiro, visitou as Cataratas do Iguaçu, dizendo que, se pudesse, teria vindo antes para mergulhar naquelas águas.

 

Depois, visitou a usina de Itaipu, onde ela mesma virou atração, posando para fotos com os visitantes. Em nome do Complexo Turístico Itaipu, o gerente comercial, Guilherme Tell Laurino, agradeceu a visita de Dona Aida. “A gente faz muita energia, mas a energia da senhora é muito importante também”, disse Guilherme à vovó.

 

Dona Aida Mendes saltou a convite da Skydive Foz. “É Brasil, é Foz, ficamos honrados em proporcionar isso para ficar registrado na história”, diz o proprietário da Skydive Foz, Thiago Peretti, ele mesmo um paraquedista experiente. Peretti e o instrutor Paulo Roberto da Silva, o PG, comandam o salto em Foz do Iguaçu. Foi com PG, mais de 9 mil saltos no currículo, que dona Aida saltou nas outras duas vezes, em Macapá. “Prefiro achar que ela é meu anjo da guarda”, diz o instrutor.

 

As imagens do salto mostram aquilo que ela repetiu à exaustão: alegria. Eram sorrisos e tchauzinhos para quem estava em terra, acompanhando com olhos atentos e aplausos a aventura de vovó Iaiá. Após cerca de 5 minutos no ar, acompanhada de PG e contemplando a usina de Itaipu, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, vovó Iaiá chegou ao solo já dona do recorde no Guinness, comprovado pela Confederação Brasileira de Paraquedismo e registrado em cartório. “Estou te esperando de novo aos 104”, diz PG. “Bora”, responde a velhinha, sem titubear.

 

No chão, comemoração, abraços e fotos, muitas fotos. E também uma cervejinha, que ela havia prometido beber assim que estivesse em solo. Com uma saúde que impressiona – ela não toma nenhum medicamento -, vovó Iaiá conta que fumava desde os 10 anos, mas pôs fim ao hábito há 20 anos. Agora, bebe cerveja de vez em quando. “Só um copo”, garante. Ativa, dona Aida faz natação, caminhada e corrida. E ainda dança, pelo menos uma vez por semana, no grupo da terceira idade que frequenta em Macapá.

 

Os atrativos

Na passagem por Foz do Iguaçu, antes de saltar, ela conheceu também as Cataratas – “Se eu soubesse de uma maravilha dessa eu trazia um maiô pra dar um mergulho” – e viu do chão a usina de Itaipu, que serviu de cenário para o salto. “Quando eu imaginava ir onde produz a energia do Brasil?”, dizia, surpreendida pela paisagem grandiosa da barragem e do lago formado pela usina. “Tenho andado muito por aí, mas não vi coisa mais linda que aqui”.

Por onde passou, dona Aida recebeu a simpatia e o carinho das pessoas. Em Itaipu, onde ela mesma virou atração, posou para fotos com os visitantes.

Se ela ainda tem algum sonho? “Quero conhecer Nova Olinda [AM], onde mora meu irmão [ela tem dois irmãos vivos]”, diz, com olhos saudosos. Fácil, para quem já saltou de paraquedas três vezes.

 

Na telinha

No Esporte Espetacular de domingo, a reportagem de dona Aida teve mais de dez minutos de duração. Narrada por Carol Barcelos, a reportagem contou com imagens da própria emissora e também de Thiago Peretti, proprietário da Skydive, e de Felipe Caveirinha, um dos responsáveis pelo salto duplo, em Foz do Iguaçu.

 

A Itaipu

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 

 
 

 

 

 
 
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