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Linha de transmissão de 500 kV é prioridade para o Paraguai
  Data/Hora: 22.ago.2013 - 18h 40 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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Afirmação foi feita nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, pelo novo diretor-geral paraguaio de Itaipu, James Spalding, durante reunião da Diretoria Executiva da binacional.

O diretor-geral paraguaio de Itaipu, James Spalding, disse que a entrada em operação da linha de 500 kV, entre a usina de Itaipu, em Hernandárias, e a subestação de Villa Hayes, na grande Assunção, é a grande prioridade do governo paraguaio.

A afirmação foi feita nesta quinta-feira, dia 22, durante a primeira reunião da Diretoria Executiva, que contou com a participação dos novos diretores paraguaios. Miguel Gómez foi o último nome a ser oficializado pelo presidente Horácio Cartes na diretoria de Itaipu. O decreto de nomeação de Gómez para a Diretoria Financeira foi publicado no início da manhã desta quinta-feira (22).

A composição da diretoria paraguaia é formada pelo diretor técnico, José María Sánchez Tillería; diretor administrativo executivo, Carlos París; diretor de Coordenação executivo, Pedro Domaniczky, que é empregado de carreira; e diretor jurídico executivo, Benigno López. Além de James Spalding, que passa a responder pela diretoria geral.

Segundo Spalding, o desafio mais imediato é colocar em operação a linha de 500 kV. O sistema inclui obras de ampliação da subestação da margem direita da Itaipu e a construção de 347 quilômetros de linhas de transmissão e de 759 torres para levar a energia gerada na usina até Assunção, capital do Paraguai.

Os testes operacionais com a linha devem começar em setembro. A expectativa é que até outubro o sistema entre em funcionamento. O Paraguai é um grande produtor de energia, mas não dispunha – pelo menos até agora – de infraestrutura suficiente para levá-la até a capital do país.

“Ter a possibilidade de contar com mais energia em Assunção é fundamental para garantir novos investimentos para o país, sobretudo no setor industrial”, afirmou o diretor-geral paraguaio. E complementou que a obra vai possibilitar mais desenvolvimento, permitindo que o Paraguai possa erradicar a pobreza e criar mais postos de trabalho.

Antes da reunião formal, os diretores das duas margens tiveram um encontro reservado no gabinete da Diretoria Técnica.  Samek e os demais diretores brasileiros se colocaram à disposição para ajudar no processo de transição do lado paraguaio da IB.

“Queremos acelerar essa fase para que cada um de nossos diretores comece efetivamente já a trabalhar em prol do desenvolvimento dos dois países”, disse Spalding.

 

Respeito aos empregados

O novo diretor-geral paraguaio (DGP) aproveitou para tranquilizar o corpo funcional de toda a margem direita (lado paraguaio da Itaipu). “Vamos tratar com respeito todos os profissionais de carreira, homens e mulheres que têm dado sua contribuição para a excelência operacional de Itaipu”, assegurou.

Spalding também se comprometeu a trabalhar em parceria com o colega brasileiro, Jorge Samek, e fazer todos os esforços para implementar projetos sociais e ambientais sustentáveis na margem direita, a exemplo do que vem sendo feito na margem esquerda, com sucesso. 

 

Mudança administrativa

O DGP disse que quer dar um caráter técnico à administração paraguaia e que pretende liderar pelo exemplo, atuar de forma transparente, com toda a honestidade e austeridade que o cargo exige.

“Atuei 17 anos no setor público e quatro no particular. E essa sempre foi minha forma de trabalhar”, afirmou. 

 

Integração

O diretor-geral brasileiro (DGB), Jorge Samek, que também responde pela Diretoria Técnica Executiva, disse que uma mudança de diretoria sempre gera uma grande expectativa. Desde 2003, quando assumiu a Diretoria Geral Brasileira de Itaipu, Samek já conviveu com sete diretores gerais paraguaios – Spalding é o oitavo. Segundo Samek, nunca houve problemas de relacionamento. O tom cordial sempre prevaleceu.

Samek contou que, depois da posse de Horácio Cartes, teve uma conversa reservada com o presidente paraguaio, na sede da Itaipu, em Assunção. “Tudo aquilo que o presidente disse que espera da Itaipu coincide com o que nós esperamos. A opção por um perfil técnico para nomear seus diretores nos dá tranquilidade de que vamos fazer uma boa parceria”, disse o DGB.

Este foi o terceiro encontro entre o DGB e o DGP, mas o primeiro formal. O encontro acontece dois dias depois de oficializada a nomeação de quatro dos seis diretores paraguaios e da solenidade de posse de Spalding, numa solenidade em Assunção.

 

Substituição

Com a nomeação dos novos diretores paraguaios, foram essas as mudanças na direção da empresa, na margem direita:

James Spalding substitui Franklin Boccia na Diretoria Geral Paraguaia;

Benigno Lopez substitui Eusébio Ramón Ayala na Diretoria Jurídica Executiva;

Pedro Domaniczky entra no lugar de Sady Maria Aranda de González na Diretoria de Coordenação Executiva;

Carlos Jorge Paris Ferraro é o novo diretor administrativo executivo, no lugar de Alberto Magno Ricardo González;

José María Sánchez Tillería permanece no cargo de diretor técnico.

 

Todos os membros da diretoria paraguaia têm em comum uma sólida formação acadêmica, larga experiência no setor público/estatal e vivência internacional. O novo DGP, por exemplo, é formado em universidades norte-americanas, foi embaixador do Paraguai nos Estados Unidos, ministro da Fazenda, vice-ministro de Economia, de Integração e de Comércio, e consultor de organismos internacionais.

 

 

 

 

A Itaipu

 

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 

 

 
 

 

 

 
 
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