Banner aniversário de são miguel

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Modelo de produção de biogás do oeste do Paraná será replicado no Uruguai
  Data/Hora: 24.ago.2013 - 7h 5 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
clique para ampliar

Memorando foi assinado nesta sexta-feira (23) por representantes de Itaipu, Eletrobras e Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE).

A iniciativa de Itaipu Binacional para produção de biogás em pequenas propriedades rurais da região oeste do Paraná, a partir do aproveitamento dos dejetos da atividade agropecuária, será replicada no Departamento (Estado) de San Jose, próximo a Montevidéu, no Uruguai.

O memorando de entendimento para desenvolver o projeto foi assinado nesta sexta-feira (23), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, por representantes da binacional, Eletrobras e Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas do Uruguai (UTE), ligada ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai.

 

Participaram da cerimônia o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto; o diretor de Energia do Uruguai, ministro Ramón Méndez; o presidente da UTE, Gonzalo Casaravilla; o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; e o superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley Jr.

A assinatura ocorreu na sede do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER), instalado no PTI. Em seguida, a comitiva fez uma visita técnica à usina de Itaipu e depois partiu de helicóptero para conhecer o Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, a 180 quilômetros de Foz do Iguaçu.

No condomínio, que reúne 33 pequenos produtores rurais, dejetos da produção agropecuária (suínos e gado leiteiro) são transferidos para biodigestores, para extração do gás metano. Os biodigestores estão conectados por 22 quilômetros de gasoduto a uma central termelétrica, que abastece com energia as propriedades rurais.

Todo o excedente poderá ser vendido para a distribuidora de energia do Estado e a matéria orgânica residual do biodigestor é transformada em um biofertilizante de alta qualidade.

Ou seja, o que antes era um problema ambiental, agora transforma-se em nova fonte de renda para o agricultor.

É essa a experiência que o Uruguai pretende implantar no país. “O projeto representa o ponto de partida para a transformação dos resíduos da indústria, da agroindústria, em energia. E também é fundamental para a integração dos nossos povos, dos nossos países”, disse o ministro Ramón Méndez.

Gonzalo Casaravilla, presidente da UTE, lembrou que o Uruguai vive hoje um forte desenvolvimento industrial, particularmente na produção de leite, e que a atividade tem impacto no meio ambiente, com risco de contaminação do solo e dos rios. “Portanto, usar os resíduos para produzir biogás e, com isso, gerar energia e interligá-la na rede [elétrica], é fantástico”, comentou.

 

De Itaipu para o mundo

José da Costa Carvalho Neto explicou que o projeto é patrocinado pela Eletrobras, por meio de um grupo que reúne as 13 maiores empresas de energia elétrica do mundo. A ideia é fortalecer a meta das Nações Unidas de atendimento pleno de energia elétrica para toda a população do planeta até 2030.

Atualmente, cerca de 1,3 bilhão de pessoas ainda não são atendidas com energia elétrica – quase 20% da população mundial.

“Vamos primeiro levar essa experiência para o Uruguai, para que o país seja um disseminador da tecnologia. Em seguida, pretendemos levar essa técnica para as Nações Unidas, para que seja aplicada também em países principalmente da Ásia e da África”, disse Carvalho Neto. “Então eu diria que é um aproveitamento da tecnologia de Itaipu para o mundo”, declarou.

O presidente da Eletrobras acrescentou que o biogás representa uma energia limpa e barata, com caráter sustentável, e prova que mesmo grandes empreendimentos – como Itaipu – podem gerar impacto positivo na comunidade que atua. “É um exemplo de como um aproveitamento hidrelétrico tem facetas de desenvolvimento nacional, regional, mas também local”, elogiou.

 

Modelo

O projeto piloto no Departamento de San Jose terá características muito parecidas com o do Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. No Uruguai, serão 31 pequenas propriedades rurais, produtoras de leite, conectadas a uma microcentral termelétrica por 14 quilômetros de gasoduto.

O projeto foi dividido em três fases. Quando estiver totalmente concluído, daqui a dois anos, terá uma produção total diária de 780 metros cúbicos de gás (ante 800 metros cúbicos na experiência brasileira), com possibilidade de venda da energia elétrica gerada para a concessionária local.

Cícero Bley Jr. comentou que, independentemente da quantidade de energia produzida no condomínio, o impacto da nova atividade para o produtor rural é muito grande. “Essa energia equivale a um poço de petróleo em cada propriedade”, comparou.

Levantamento apresentado por três alunos uruguaios do curso de Energias Renováveis da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), de Foz do Iguaçu, mostra que em 2012 a estimativa é que o país tivesse 732 mil cabeças de gado leiteiro e 220 mil suínos, com potencial de produção de até 78 milhões de metros cúbicos de gás por ano – ou 12,6 MW.

“Para Itaipu, é um sonho ver a integração das universidades com a Eletrobras, com os professores, alunos, agricultores, cooperativas, em um processo de sustentabilidade muito forte”, destacou Jorge Samek, lembrando que o Paraná, apesar de ter apenas 3% do território nacional, é responsável por 20% da produção agropecuária do País e por praticamente o mesmo porcentual de produção de energia.

“Daqui a cinco ou seis anos, a agricultura vai produzir a sua própria energia, vai abastecer o seu carro elétrico, e tudo isso sem custo para o meio ambiente”, estimou.

 

Parcerias

O projeto de geração de energia elétrica a partir do biogás no departamento de San Jose também tem entre os parceiros a Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA).

No Ajuricaba, o projeto é desenvolvido por Itaipu desde 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Copel, Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).

 

A Itaipu

 

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner emprego
Banner violência se limite
Banner Mirante
Banner Einstein
Banner Exposição
Banner pedrão 2018
Bassani
Rose Bueno Acessórios