Fonte: Tribuna da Imprensa - Welinton Naveira e Silva - Já disse aqui, mas vou repetir. Quando passei alguns meses levantando o estado geral do parque térmico gerador de energia elétrica no interior da Amazônia, de belíssima natureza e riquíssima, constatei a grande falta de atendimento médico para a população, por conta da inexistência desses profissionais, que optam pela escravidão aos planos médicos privados, ganhando uma miséria por consulta, mas morando nas grandes cidades.
Só mesmo quem reside no interior de nosso imenso Brasil poderia dar a verdadeira opinião. Nem mesmo os excelentes salários disponibilizados por muitos desesperados prefeitos conseguem atrair esses profissionais para o interior do Brasil.
O Brasil, a exemplo de inúmeras outras nações, não consegue formar a quantidade de médicos necessários Pela indisponibilidade de médicos no país, a alternativa de contratação desses importantes profissionais no estrangeiro não está sendo inventada nem inaugurada pelo governo da presidente Dilma Rousseff/PT. Antes, muito antes, inúmeros países já lançaram mãos desse expediente. Basta dar uma olhada na internet. Dentre eles, a Inglaterra, Irlanda, França, EUA, Suíça, Suécia, Austrália, Canadá, Portugal etc.
NOS GRANDES CENTROS
Para quem mora nos grandes centros, dispondo de farto atendimento médico na rede pública e privada, fica muito fácil combater a contratação de médicos estrangeiros para atendimento da carente população do interior. Muito triste e trágico, é ver uma pessoa, às vezes o próprio filho, ter que passar por grandes sofrimentos, até mesmo falecendo, exclusivamente por conta da falta de qualquer atendimento médico disponível. No interior, a quase totalidade da população não possui os necessários recursos financeiros para se deslocar rapidamente em busca de recursos médicos nas grandes cidades.
A saúde pública é coisa séria demais para ser entregue às ambições comerciais, corrupções, negligências e incompetências. Boa parte da saúde pública já estaria funcionando em alta qualidade, caso os políticos e dirigentes fossem proibidos de fazer uso da medicina privada, principalmente, daqueles raros centros de medicina privada de alta qualidade, normalmente situados em São Paulo.
Por tratar-se de um assunto sério demais, já deveria ter eficientes meios de pronta denúncia e documentação de qualquer irregularidade e incompetência ocorridas na saúde pública e na saúde privada, com todas as pertinentes reclamações bem à disposição do povo, via internet.