Fonte: O Tempo - Tostão - (Foto: Bryan Sneyder - Reuters) Há quase um consenso de que Brasil, Argentina, Alemanha e Espanha são os favoritos para ganhar o Mundial. Penso ainda que outras seleções sul-americanas, como Colômbia, Chile, Equador e, provavelmente, Uruguai, farão bonito na Copa. Na anterior, o Paraguai chegou às quartas de final, e o Uruguai foi o quarto colocado. No continente, os sul-americanos terão mais chances.
Após a Copa das Confederações, o mundo descobriu que uma seleção de muita tradição, como o Brasil, em casa, passa a ser, talvez, a grande favorita. A Argentina, pela proximidade, por ter Messi e por ter hoje uma boa equipe, deve ser a maior concorrente. Se a Copa fosse na Europa, as chances do Brasil seriam pequenas.
BRASILEIRÃO
Melhorou o futebol coletivo no Brasileirão. Algumas equipes, como Cruzeiro e Botafogo, trocam passes, fazem triangulações e marcam muitos gols, pelo chão e pelo alto. Não confundir essas jogadas aéreas, de bolas passadas ou cruzadas das laterais e da linha de fundo, com os chutões e os chuveirinhos, que continuam frequentíssimos. É raro um zagueiro, no Brasileirão, ter um bom passe.
O Cruzeiro possui quase dois times do mesmo nível. Éverton Ribeiro evoluiu nos últimos jogos. Está mais agressivo, objetivo, finalizando mais e melhor. Antes, driblava e saía pouco do lugar. Já há pedidos para convocá-lo. Ainda é cedo.
Apesar de tantos motivos para dar errado, continua dando tudo certo no Botafogo. Os meninos entram e jogam como gente grande. Até o mediano Elias fez gol de placa. Só falta seu reserva Alex fazer outro.
O Atlético-PR vai continuar entre os primeiros até o fim da competição? Não sei. A equipe ganha e agrada. É a chance de Vágner Mancini recuperar o prestígio. Muitos torcedores do Cruzeiro disseram que ele foi um dos piores técnicos que já dirigiram a equipe. Vários torcedores do Atlético falaram o mesmo de Tite, quando o Galo foi rebaixado. Luxemburgo foi chamado de grande estrategista. Felipão, de ultrapassado no Palmeiras, é agora referência, padrão Felipão. O mundo e o futebol dão muitas voltas.
SEGUNDO TURNO
Corinthians, Grêmio e Inter, com bons elencos, podem crescer no segundo turno. Os times gaúchos jogam como na época em que seus atuais treinadores eram atletas. Alguns técnicos acham que tudo gira em torno de suas experiências. Não evoluem. Anos atrás, no Fluminense, Renato Gaúcho disse que sua experiência de jogador era suficiente para dar nó tático em outros treinadores.
Achei correta a saída de Paulo Autuori. Ele estava perdido, e Muricy volta para casa. Mas os problemas no São Paulo não são apenas de técnico, de falta de confiança e de mau-olhado. É também de pouca qualidade individual. É uma ilusão achar que bastam dois ou três excelentes jogadores para formar uma boa equipe. Isso só ocorre se houver conjunto e bons coadjuvantes.
A contratação de Ganso para a mesma posição de Jadson derrubou todos os técnicos que tentaram escalar os dois juntos e não conseguiram. E todos ficaram insatisfeitos de ver um no banco. Esse é o grande desafio de Muricy.
O Flamengo, em campo, parece um time pequeno, arrumadinho, certinho. Ameaça ganhar e perde