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Sistema de 500 kV fortalece o Mercosul, dizem os presidentes do Brasil e Paraguai
  Data/Hora: 30.out.2013 - 7h 8 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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A inauguração do sistema de 500 kV, entre a usina de Itaipu e a subestação de Villa Hayes, em Assunção, nesta terça-feira (29), marca uma nova relação bilateral entre Brasil e Paraguai. Durante a solenidade, na margem direita da binacional, em Hernandárias, na fronteira com Foz do Iguaçu, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a obra representa o fortalecimento do Mercosul e abre caminhos para novas parcerias entre os dois países.

 

“Essas parcerias não se restringem apenas ao comércio, mas a uma relação solidária com o nosso querido vizinho, que inclui o desenvolvimento e a promoção social”, disse Dilma. “Essa obra [sistema de 500 kV] é a prova de que o Mercosul é forte e de que, na nova América do Sul que estamos construindo, nossas economias serão mais interdependentes e colaborativas, em uma relação de ganha-ganha e com uma integração baseada no interesse recíproco.”

 

Foto: Alexandre Machetti/Itaipu Binacional - o momento em que o presidente Horácio Cartes e a presidenta Dilma inauguram a transmissão

O presidente Horácio Cartes agradeceu pelo apoio e reforçou o compromisso de irmandade entre os dois países, ressaltando os vários interesses entre Brasil e Paraguai, não só na área de eletricidade - ambos são sócios da maior usina em operação de energia limpa e renovável do planeta - mas também nos mais diferentes segmentos, sobretudo o social.

 

Cartes lembrou que, no país vizinho, vivem mais de 300 mil brasileiros, os chamados brasiguaios, que ajudaram na transformação econômica do Paraguai. A obra de 500 kV, segundo o presidente, representa um marco histórico para a transformação do Paraguai rumo ao desenvolvimento industrial. “A linha de 500 kV é um feito tão impactante para nós, quanto foi a construção de Itaipu, símbolo da integração do Brasil e do Paraguai.”

 

Superconectados

Além da transmissão de energia, a linha de 500 kV é acompanhada por um sistema de fibra ótica conectado de ponta a ponta, de Itaipu a Villa Hayes. Na atualidade, o cabeamento serve para comunicação dos dados operativos do sistema. No futuro, com a instalação de novos equipamentos, eles poderão servir também para interligar os dois países via banda larga.

 

Crescimento potencializado

Segundo Dilma, com o novo empreendimento, as empresas latino-americanas terão mais interesse em investir no Paraguai, com reflexo no comércio entre os dois países. A presidente lembrou ainda que as empresas brasileiras e paraguaias instaladas a partir do linhão gerarão empregos, pagarão impostos e potencializarão a taxa de crescimento paraguaio, “o que é bom para todo o Mercosul”.

 

O potencial econômico do Paraguai é enorme. O país deverá liderar o crescimento da região em 2013, com uma expressiva taxa de 11%, segundo estimativa do FMI. O forte crescimento será puxado pelo setor agrícola.

 

Com a entrada em operação do sistema de transmissão de 500 kV, o país deverá atrair o interesse do empresariado local e estrangeiro. Nos últimos anos, os empresários brasileiros vêm demonstrando crescente interesse em investir no Paraguai. Isso porque, em alguns setores da economia, os custos de produção no Paraguai chegam a ser até 40% menores que no Brasil. É o caso da indústria têxtil, por exemplo.

 

Itaipu

Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, a inauguração do linhão é um marco histórico na integração do Brasil e do Paraguai. Ele lembrou que a obra foi executada pela Itaipu. O investimento total até agora é da ordem de 330 milhões de dólares, sem contar com a contrapartida do governo paraguaio, beneficiado pela obra, que deve chegar a 150 milhões de dólares.

 

O sistema é financiado em grande parte pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), criado para ajudar os países parceiros a se desenvolver. Antes do Focem, só as obras dos grandes países do Mercosul eram financiadas. Agora todos têm a mesma oportunidade.

 

O diretor-geral Paraguai, James Spalding, ressaltou o papel da Itaipu como executora da obra. “Foi uma honra e um orgulho para nós, da Itaipu, sermos designados por ambos os governos para coordenar esse grande empreendimento.” Segundo ele, o sistema de 500 kV é uma peça fundamental para o desenvolvimento do país.

 

Para o presidente da Administración Nacional de Electricidad (Ande), Víctor Romero, esse é um momento que marca o início de uma parceria com o Brasil para melhorar a infraestrutura de aproveitamento energético do próprio Paraguai – que tem energia de sobra, mas tem problemas de distribuição.

 

Avanço do Mercosul

As últimas duas décadas foram marcadas pelos avanços democráticos em todos os países da região, pelo fortalecimento da integração regional e pela retomada do crescimento econômico.

 

Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai vivem um período de estabilidade política, combinada com fortalecimento econômico e avanços sociais. Neste contexto, o Mercosul vem se fortalecendo, o que é atestado pelo aumento do comércio entre os países-membros.

 

Autonomia energética

Com a linha, o Paraguai deve dobrar o aproveitamento da energia de Itaipu. Hoje o país vizinho usa menos de 10% da energia a que tem direito.

 

A disponibilidade energética do Paraguai será ampliada em até 1.200 megawatts (MW), equivalente à demanda de energia, somada, dos Estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins. O aumento será gradual.

 

Ministros

A solenidade contou com a presença de autoridades dos dois países. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acompanharam a presidente Dilma Rousseff. Também estiveram no evento autoridades do Paraguai e do Brasil, parlamentares, diretores e membros do conselho de Itaipu.

 

Produção de 2013 praticamente empata com a de 2012, ano do recorde mundial

O sistema 500 kV será inaugurado num momento também histórico para a produção de Itaipu. Nesta terça-feira, dia 29 de outubro, a geração de 2013 praticamente estará empatada com a do mesmo período de 2012, ano em que a Itaipu superou seu próprio recorde mundial e cravou 98,287 milhões de megawatts-hora no ano.

 

Se 2012 não tivesse sido bissexto, essa diferença poderia ter sido inclusive ultrapassada. Nesta segunda-feira, dia 28, a Itaipu havia produzido 81.517.326 MWh ante 81.776.112 MWh quando comparada ao mesmo período do ano passado.

 

Ou seja, 2013 perdia por 0,31% ou o equivalente a 23 horas e 7 minutos em relação à produção do ano do recorde. Com base no consumo e nas condições hidrológicas, a tendência é que essa diferença seja diminuída de forma gradual.

 

Até 2012, Itaipu estabelecia como padrão de excelência atingir uma produção entre 90 e 95 milhões de MWh. Em 2008, a usina atingiu 94,6 milhões de MWh, o que já era considerada uma produção fantástica para qualquer usina do planeta.

 

Depois de chegar aos 98,3 milhões em 2012, a meta é atingir os 100 milhões de MWh num ano, o que fica cada vez mais próximo de acontecer.

 

A boa produção de Itaipu se deve a pelo menos três fatores: condições hidráulicas favoráveis, excelente aproveitamento dos recursos e entrosamento nas áreas técnicas de Itaipu e, por consequência, da coordenação desse trabalhos entre a usina, a Ande, a Eletrobras e a Copel, entre outros parceiros.

 

Comparativos

Os 98,29 milhões de MWh de energia seriam suficientes para abastecer todo o Estado do Paraná por três anos e nove meses. Pouco mais de quatro meses antes, em 9 de agosto de 2012, Itaipu já havia rompido uma barreira histórica ao registrar a produção acumulada de  2 bilhões de MWh.

 

A conquista de resultados tão importantes, em ritmo ascendente, destaca-se ainda mais pelo fato de Itaipu estar prestes a completar 30 anos de operação, ainda dinâmica e produtiva.

 

O empreendimento binacional, formado pela união de Brasil e Paraguai, continua sendo a maior usina do mundo em geração de energia limpa e já distribuiu mais de US$ 8,5 bilhões em royalties nos dois países.

 

A usina contribui ainda hoje com quase um quinto da energia elétrica consumida no Brasil e mais de 70% do Paraguai.

A Itaipu

 

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 
 

 

 

 
 
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