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"Ligamos para o quarto e dava ocupado o tempo inteiro", diz gerente do hotel em que estava morto líder dos Black Blocs
  Data/Hora: 20.dez.2013 - 5h 41 - Categoria: Policiais  
 
 
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Leonardo Aguiar Morelli ficou hospedado três dias em hotel no Centro de Florianópolis.

 

O telefone celular na caixa postal e o do quarto ocupado o tempo inteiro foram os sinais que levaram os funcionários do Hotel Intercity, no Centro de Florianópolis, a desconfiar que algo poderia ter acontecido com o hóspede Leonardo Aguiar Morelli, 53 anos. Um dos líderes dos Black Blocs foi encontrado sem vida na segunda-feira.

 

A tentativa do hotel em localizá-lo se deu porque Leonardo, que dera entrada no sábado no estabelecimento, avisara que sairia na segunda-feira (16). Passava do meio-dia de segunda e nada dele aparecer na recepção.



Foi então que os funcionários decidiram entrar no quarto e encontraram o corpo sem vida caído ao lado da cama.

 

O gerente do hotel, Luis Branas, afirmou ao Diário Catarinense que nada de anormal foi verificado no quarto pelos funcionários ou a própria polícia, muito menos algum sinal de violência. Confira a entrevista com o gerente:

 

Diário Catarinense — Como constataram que ele estava morto aí?
Luis Branas —
Ele entrou no sábado normal. Veio sem reserva, entrou normal, cartão de crédito. Entrou, subiu, ficou, saiu e voltou. Teve vida normal de hóspede. Ele tinha saída para segunda-feira. Quando deu segunda-feira meio-dia, ele não saiu. Sempre quando alguém não sai no dia, na hora prevista, nós vamos atrás para ver se vai ficar mais um dia, mais dois dias ou avisar que irá pagar meia diária a mais, é um procedimento normal nosso.

 

DC — Então foram ao quarto verificar?
Luis —
Sim, primeiro ligamos para o celular dele: caixa postal. Aí ligamos para o quarto e o quarto dava ocupado o tempo inteiro. Aí a gente se alertou, subiu, eu, que sou o gerente-geral com a governanta, entramos, olhamos e ele já estava morto caído ao lado da cama.

 

DC — Estava sem roupa, alguma coisa ou não?
Luis —
Estava de cuecas, não sei.

 

DC — Mas no chão?
Luis —
Estava no chão, caído, já estava em óbito. Aí chamamos as autoridades, polícia, enfim.

 

DC — A polícia chegou a ir no hotel?
Luis —
Sim, a Polícia Civil, enfim, Homicídios. Eles constataram que aparentemente era morte natural, pegaram os dados e nesse momento começamos a contatar a família. O primeiro comentário do inspetor foi: "morte totalmente natural". O da Homicídios deu meia volta e foi embora logo porque não tinha nada, nenhum vestígio de qualquer agressão, violência.

 

DC — Em algum momento lhe passou pela cabeça que pudesse ter sido algum ato de violência, quarto revirado?
Luis —
Não, é o que a polícia levantou, morte natural. Inclusive no "BO" está morte natural. Ele passou mal. Ele, de fato, a gente vendo comentários de jornalista de Joinville... que ele estava muito doente.

 

DC — Em algum momento pediu ajuda ao hotel?
Luis —
Não. Em nenhum momento. Aquilo deve ter sido fulminante. Ele não ficou nem em cima da cama, estava caído no chão, que não permitiu nem a ele se comunicar. Ele estava com a porta "não perturbe".

 

DC — Foi um hóspede que chamou a atenção de vocês em algum momento?
Luis —
Totalmente normal. São pessoas reservadas. Ele é um cara polêmico, mas comportamento normal e reservado.

 

DC — Há informação se ficou isolado no hotel nos três dias?
Luis —
Não, ele saiu. A gente também não fica de olho neles (hóspedes).

DIÁRIO CATARINENSE

 

 
 

 

 

 
 
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