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Projeto para uso de carro elétrico põe Curitiba mais uma vez na vanguarda
  Data/Hora: 12.fev.2014 - 17h 13 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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Com apoio de Itaipu, Curitiba Eco-elétrico foi lançado nesta quarta-feira, no Parque Barigui, capital do Estado. Iniciativa prevê a inclusão de carros elétricos na frota do serviço público municipal.

 

 

A Itaipu Binacional participa do projeto Curitiba Eco-elétrico, que vai integrar veículos elétricos à frota do serviço público municipal. A primeira fase do projeto, lançado nesta quarta-feira (12), no Parque Barigui, inclui a instalação de dez eletropostos e a utilização de dez carros e três micro-ônibus, já durante a Copa do Mundo, pela Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e Instituto Curitiba de Turismo.

 

Durante a solenidade, foi assinado um protocolo de intenções para o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a mobilidade elétrica. O prefeito Gustavo Fruet, a vice-prefeita e secretária do Trabalho, Miriam Gonçalves, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o presidente da Renault, Olivier Murguet, e o presidente executivo do Ceiia, José Rui Felizardo, assinaram o documento.

 

Foto: Carlos Ruggi/Itaipu Binacional - o momento em que Jorge Samek assinava o convênio com a Prefeitura de Curitiba

 

Inédito no Brasil, o projeto tem quatro fases. Até 2020, a ideia é adotar soluções de compartilhamento de carros elétricos e bicicletas, com integração aos diversos serviços de transporte público. A iniciativa é uma parceria do município com Itaipu, Renault-Nissan do Brasil e Centro para a Excelência e Inovação na Indústria do Automóvel – Ceiia -, de Portugal.

 

Vanguarda

O projeto Curitiba Eco-elétrico coloca a capital paranaense mais uma vez à frente na busca de soluções inteligentes para a melhoria da mobilidade urbana. Na prefeitura, o projeto é coordenado pela vice-prefeita e secretária do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves, e envolve as secretarias municipais, a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

 

Segundo a vice-prefeita, o que diferencia este projeto de Curitiba é a utilização de um “modal sustentável” no serviço público municipal. Para o prefeito Gustavo Fruet, “a cidade precisa de novas tecnologias para o transporte, com redução dos impactos sociais e ambientais”.

 

Veículos

Dos 13 veículos utilizados na primeira fase do projeto, sem qualquer custo para a Prefeitura, a Itaipu Binacional cederá três micro-ônibus, cinco Renault Zoe e dois Renault Twizy. A Renault do Brasil participa da parceria com três Kangoo Z.E. e com a manutenção de todos os veículos de sua marca.

 

 

Os veículos elétricos serão utilizados pela Guarda Municipal, nos serviços de ronda e patrulhamento nos parques e no zoológico e como módulo móvel que circulará pelas praças; pela Setran, em seu programa de educação no trânsito e também como suporte às atividades de seus agentes; e pelo Instituto Curitiba de Turismo, no atendimento aos visitantes.

 

Itaipu

Considerada referência em veículos elétricos no Brasil, a Itaipu Binacional desenvolve estudos e pesquisas sobre essa tecnologia desde 2006, quando iniciou uma parceria com a empresa suíça KWO. Atualmente, as parcerias incluem empresas do setor elétrico brasileiro, montadoras e fabricantes de componentes automobilísticos, entre outras.

 

Em oito anos, já saíram do centro de pesquisa de Itaipu mais de 80 protótipos, entre carros de passeio, caminhão, micro-ônibus e um utilitário 4x4, todos com motor 100% elétrico. A usina também faz estudos para desenvolver uma nova bateria de sódio, totalmente reciclável, adaptada ao clima e às condições do País.

 

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, diz que “o carro elétrico representa o futuro da mobilidade” e que o Brasil leva vantagem sobre outros países, por ter sua matriz energética baseada na hidroeletricidade. Lá fora, para recarregar a bateria do veículo elétrico, a energia que sai da tomada muitas vezes é produzida a partir de fontes sujas, baseadas em combustíveis fósseis. “Aqui, temos uma matriz energética limpa e renovável”, diz Samek.

 

A diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, que participa com a vice-prefeita da coordenação de implantação do projeto em Curitiba, afirma que o monitoramento dos veículos elétricos irá gerar dados importantes para as pesquisas desenvolvidas pela empresa.

 

Segundo Margaret, as informações obtidas permitirão avaliar os efeitos positivos sobre o meio ambiente urbano, já que os carros elétricos não produzem poluição do ar e sonora, bem como os impactos de sua utilização para a rede de energia.

 

Renault e Ceiia

Os outros parceiros da Prefeitura no projeto Curitiba Eco-elétrico são referência em mobilidade com emissão zero de poluentes. A Aliança Renault-Nissan lidera o segmento de veículos elétricos, tendo comercializado mais de 100 mil deles em todo o mundo. Ela produz os modelos Zoe, Twizy, Fluence Z.E. e Kangoo Z.E. O Twizy, por sinal, será montado na usina de Itaipu, ainda este ano.

 

Com sede em Portugal, o Ceiia é um centro de inovação e engenharia que pesquisa, desenvolve, testa e apoia a industrialização de soluções de mobilidade inteligente. “Esta iniciativa é inédita, pois é a primeira vez que se combina a mobilidade física com a mobilidade de informação, assentadas em suportes energéticos de base sustentável, permitindo, assim, pela integração de todos os serviços de mobilidade de uma cidade, olhar a mobilidade como uma utility”, afirma o presidente executivo do Ceiia, José Rui Felizardo.

 

As fases do projeto

O projeto Curitiba Eco-elétrico será implantado em quatro fases. Na primeira, serão instalados dez eletropostos (totens) de abastecimento em quatro locais: rodoferroviária, Secretaria Municipal de Abastecimento, Parque Barigui e Parque Tanguá. O eletroposto consiste em uma estrutura com um cabo que é conectado ao veículo para recarga.

 

Da esquerda para a direita, Jorge Samek, Oliver Murget, Gustavo Fruet, Mirian Gonçalves e José Rui Felizardo

 

Para a segunda fase do projeto (2015-2017), estão previstos totens de abastecimento multifuncionais, que agregarão em um único equipamento serviços de recarga dos veículos, cartão transporte, parquímetro, câmera de monitoramento, botão de emergência, informações turísticas, bicicletas compartilhadas, wi-fi institucional.

 

O projeto também prevê estudos para implantar soluções de compartilhamento (sharing) de carros e bicicletas e, posteriormente, a integração dessa frota aos diversos serviços de transporte público.

 

 

A Itaipu

A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 16,9% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 70% do Paraguai. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 
 

 

 

 
 
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