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Barbosa tem razão ao criticar advogados que atuam como Desembargadores e Ministros de Tribunais Eleitorais
  Data/Hora: 26.fev.2014 - 11h 39 - Categoria: Brasil  
 
 
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Fonte: Tribuna da Imprensa - Felipe Recondo
Agência Estado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou a presença de advogados na composição dos tribunais eleitorais. Na semana passada, Barbosa também havia criticado o fato de ministros do STF terem jornada dupla, integrando também o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa afirmou ser uma incongruência do sistema um advogado defender causas durante o dia e julgar processos na Justiça eleitoral à noite. A crítica foi feita quando o Conselho discutia se procuradores da Fazenda podem trabalhar como assessores de juízes e ministros, o que é contestado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“É, no mínimo, um menoscabo da inteligência da magistratura. No mínimo. O juiz é um débil mental. Ele não toma decisões. Ele é comandado pelo seu assessor, não é?”, ironizou.   “Agora, se fôssemos levar a sério essa prerrogativa de acabar com essas incongruências que existem no Judiciário brasileiro, as primeiras que deveríamos extinguir são as que beneficiam advogados”, atacou.

DUPLA FUNÇÃO…

“Há coisa mais absurda que o advogado ter seu escritório durante o dia a noite se transformar em ministro?”, questionou. “Ele – o advogado – cuida de seus clientes durante o dia, tem seus honorários e à noite ele se transforma em juiz. Ele julga, às vezes, causas que têm interesses entrecortados e de partes sobre cujos interesses ele vai tomar decisões à noite. Estou falando da Justiça eleitoral, que nada mais é do que isso”, disse.

A legislação estabelece que os tribunais eleitorais têm em suas composições um terço de membros oriundos da advocacia. “É esse tipo de absurdo que temos que eliminar”, afirmou, defendendo a possibilidade de procuradores da Fazenda serem chamados para assessorar magistrados.

Na semana passada, Barbosa havia reclamado também da jornada dupla dos ministros do Supremo, que também integram a composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barbosa, renunciou ao cargo quando foi ministro do TSE, alegando problemas de saúde.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGÉ impressionante a atuação de Joaquim Barbosa, não somente no Supremo, como também no Conselho Nacional de Justiça. Traz à discussão importantes questões que estavam escondidas na penumbra dos tribunais superiores. Vai fazer muita falta quando se aposentar, em abril. (C.N.)

 
 

 

 

 
 
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