Fonte: Tribuna da Imprensa - Danilo Macedo
Agência Brasil
O aumento das importações de armamentos pelo Brasil é destacado no relatório do Instituto de Pesquisa da Paz Internacional de Estocolmo, divulgado nessa segunda-feira (17). As compras do país entre 2009 e 2013 foram 65% maiores do que no período 2004 e 2008. Na média mundial, a venda de armas entre países cresceu 14% na comparação entre os dois períodos.
O relatório destaca que, depois de um longo processo, o Brasil fechou a aquisição de 36 aviões suecos Gripen, no valor estimado de US$ 4,8 bilhões. Fechou também a compra de quatro submarinos franceses ao custo de US$ 9,7 bilhões, e licenciou a produção de 2.044 blindados da Itália por US$ 3,6 bilhões.
Estados Unidos, Rússia e Alemanha são os maiores exportadores de armamentos, com, respectivamente, 29%, 27% e 7% do comércio internacional. A China teve o maior crescimento entre 2009 e 2013. Conquistou o quarto lugar, após aumentar sua participação nas vendas de 2% para 6% e ultrapassou a França, detentora de 5%. A Ucrânia, protagonista da crise na Crimeia, aparece na sétima colocação, com 3% das exportações mundiais.
Entre os maiores importadores, a Índia se destaca com quase três vezes mais investimentos do que o segundo lugar. Enquanto o país é responsável por 14% das compras internacionais de armamentos, China e Paquistão aparecem empatados na segunda colocação com 5%, seguidos dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul, todos com 4%.
Somados, os cinco maiores exportadores de armas são responsáveis por 74% do volume de armas vendidas. Os cinco maiores importadores compram 32% das armas, o que representa uma alta concentração dos dois lados. A pesquisa não apresenta valores em moeda, mas outro estudo feito pela mesma organização, indica que os gastos militares mundiais chegam a US$ 1,75 trilhão. O Instituto de Pesquisa da Paz Internacional de Estocolmo foi fundado em 1966 para desenvolver de pesquisas científicas sobre conflitos e para a valorização da paz.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - O tal relatório é tendencioso e irreal. As Forças Armadas brasileiras estão passando por uma fase de penúria em termos de armamentos. O novo corte das verbas (R$ 3,5 bilhões), o maior do Orçamento brasileiro, mostra a que ponto chegamos. A compra dos Gripen e dos submarinos é apenas a exceção que confirma a regra de sucateamento das Forças Armadas. (C.N.)