Inconformada com a decisão do governo do Estado do Paraná de reajustar em 32,4% a tarifa de energia da Copel, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) vem a público condenar o aumento e solicitar a atenção dos paranaenses para os seguintes pontos:
1- O governador Beto Richa negou-se a aderir ao plano do governo federal para antecipar os contratos de concessão de energia, ficando contra o projeto de baratear a conta de luz de todos os brasileiros, em especial a dos consumidores paranaenses.
2- A inexplicável decisão do governador expôs a Copel Distribuidora S/A à necessidade de comprar energia muito mais cara no mercado livre para cumprir a obrigação de atender o mercado consumidor do Paraná. Ao invés de pagar o valor de R$ 32,00/MWh definido pelo governo federal, teve de comprar energia por R$ 822,00/MWh, causando um prejuízo de 2469% por MWh aos cofres da empresa que pertence a todos os paranaenses.
3- Em maio passado, o governo federal socorreu as distribuidoras estaduais ao realizar um leilão para entrega de energia imediata. Com isso, a Copel conseguiu sair do sufoco e comprou energia por R$ 268,00 contra os R$ 822,00 que vinha pagando pelo MWh.
4- E, agora, depois das péssimas escolhas do governo estadual, e mesmo após o socorro da União, a Copel apresenta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o maior pedido de reajuste dentre todas as distribuidoras do país, penalizando toda a população e o setor produtivo do Estado.
5- Por considerar tão somente os interesses dos acionistas da empresa de Geração e de Transmissão, o governador Beto Richa adota uma estratégia de gestão totalmente errada porque avança sobre o bolso do consumidor paranaense impondo a todos nós a maior tarifa de energia da história do nosso Estado.
6- Diante desses fatos, estou requerendo que o Ministério Público na Defesa do Consumidor investigue todo esse processo de reajuste tarifário, considerando que a Copel é uma Holding que ganhou muito dinheiro vendendo e transmitindo energia cara para as distribuidoras sem fazer qualquer compensação interna de custos em benefício do consumidor.
7- Ao mesmo tempo estou fazendo um apelo à Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, para levar em conta o posicionamento do Ministério Público em Defesa do Consumidor antes de analisar o pedido de reajuste do governo estadual. Ninguém recebeu aumento salarial neste nível de grandeza, o que faz deste um reajuste injustificável. Para dizer o mínimo.
Brasília, 11 de junho de 2014
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR