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G8 confirma apoio ao projeto que quer toda criança na escola
  Data/Hora: 11.jul.2014 - 15h 28 - Categoria: Educação  
 
 
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Cerca de 80% das crianças com idades de zero a sete anos estão fora da escola no Brasil. O dado ajuda a explicar o avanço da criminalidade e o fraco desempenho do País principalmente nas competições escolares mundiais. A Anaei, Associação Nacional de Apoio à Educação Infantil, está disposta a ajudar a mudar esse quadro e para isso passa a contar com um apoio de peso, do chamado G8, grupo formado por oito das principais entidades organizadas de Cascavel (Acic, Amic, CDL, OAB, Sindilojas, Sociedade Rural do Oeste, Sindicato Rural e Sinduscon/Oeste).


A Anaei e o G8, ao lado do Ministério Público e de outros parceiros, passam a intensificar ações por um propósito específico: que todas as crianças de zero a três anos tenham acesso aos Cmeis, os centros municipais de educação infantil. “O trabalho vai começar por Cascavel e aos poucos queremos envolver municípios de todo o País nesse trabalho”, afirma o presidente da Associação Nacional de apoio à Educação Infantil, o empresário Jadir Saraiva de Rezende. Educação de qualidade, já a partir dos primeiros anos de vida, é a fórmula que as grandes nações aplicaram para chegar ao estágio de desenvolvidas.


Jadir apresentou números que mostram a urgência de a sociedade organizada participar ativamente e exigir dos governos investimentos à altura da necessidade do setor educacional, principalmente do básico. “Cinquenta e seis mil crianças de zero a cinco anos morrem todos os anos no Brasil e 56 mil pessoas são vítimas, a cada 12 meses, de homicídios no País”. Para mudar essas tristes estatísticas, conforme Jadir, somente com investimentos em educação e garantindo que 100% dessas crianças frequentem a creche já a partir dos primeiros meses de vida.

 

 Foto: Fábio Conterno - O presidente da Associação Nacional de Apoio à Educação Infantil, Jadir Saraiva de Rezende

Qualidade

Até os quatro anos de idade, a criança já desenvolveu a metade do seu potencial intelectual e se devidamente estimulada vai dominar 12 mil palavras, enquanto outra, que não teve a mesma atenção, conhecerá apenas quatro mil. O médico Ovídio Rohde, da ONG Elo (Espaço para a Leitura), informa que além de todas as crianças na escola elas precisam ter acesso a conteúdos de qualidade. Ovídio está à frente de um projeto que já ajuda a transformar para melhor a vida de crianças de uma escola pública do Jardim Itália.


Ovídio lembra que Cascavel vai destinar R$ 187 milhões à educação em 2014. O valor corresponde a R$ 580 por aluno. No entanto, afirma ele, há muito os países desenvolvidos ensinam que a prosperidade está associada a um tripé essencial: educação de qualidade, planejamento familiar e pesquisa. Diante de todas as deficiências educacionais brasileiras, conforme o médico, aqui o trabalhador produz apenas 20% do que rende um norte-americano. “Até os sete anos, a criança formou a base do seu pensamento, de suas intenções e de suas obras”.

 

 Foto: Fábio Conterno O promotor Luciano Machado: ajustes para atender a uma determinação constitucional - O médico Ovídio Rohde, da ONG Elo (Espaço para a Leitura): educação de qualidade

TAC

O promotor Luciano Machado é autor de um termo de ajustamento de conduta enviado à administração pública de Cascavel. Hoje, conforme ele, são 2,5 mil as crianças fora das creches. Em 2010, aquelas com idum trabalho voluntário e apartidário e que vai cobrar das autoridades os investimentos para que as crianças sejam devidamente atendidas”. Para o presidente do Sinduscon/Oeste, Edson Vasconcelos, o tema educação é amplo e importante demais, por isso precisa contar com o decidido envolvimento de todos.

O investimento em educação é o melhor que um governo pode fazer para promover transformações substanciais. As nações desenvolvidas mostram isso e os brasileiros merecem um país melhor, com menos crimes e mais oportunidades, ressalta o presidente da Acic, José Torres Sobrinho. “Essades de zero a três anos eram 16 mil em Cascavel e em 2020 elas serão 19 mil. Para atingir a meta de 50%, ou 9,5 mil, será necessário criar mil novas vagas a cada 12 meses já a partir do ano que vem. Serão R$ 6 milhões a mais por mês, ou 10% além do índice hoje destinado ao setor, para atender à demanda.


“Mas queremos investir mais em educação ou na construção de hospitais,  cadeias e presídios”, questionou o promotor Luciano. Com menos educação haverá aumento da criminalidade, dos problemas de saúde e também reflexos negativos ao consumo e às empresas. Por isso, afirmou ele, é tão importante que toda a sociedade organizada se integre para a busca conjunta de soluções a essa questão tão importante.

 

Apartidário

O presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Juliano Murbach, informa que a OAB apoia o movimento de todas as crianças na escola por entendê-lo como uma necessidade urgente. “Esse é e é o início de uma mudança fundamental, que fará bem às futuras gerações e ao País”, diz o presidente do Sindilojas, Paulo Beal. Conforme o gerente regional do Sebrae, Orestes Hotz, a parceria do G8 vai permitir avanços indispensáveis ao alcance dessa meta. Ele cita que o Sebrae, já de olho nisso, leva às escolas um projeto com foco no estímulo ao empreendedorismo.


 
 

 

 

 
 
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