Fotos: Itaipu/Binacional - A degustação de pratos preparados por merendeiras da Bacia
Hidrográfica do Paraná 3 (BP3) atraiu as atenções no Mercado Municipal de
Curitiba. O evento encerrou no último dia 19 a Exposição CAB na Copa. Os pratos
oferecidos ao público fazem parte do livro “Receitas Saudáveis das Merendeiras
da BP 3 – área de atuação do Programa Cultivando Água Boa – editado pela
Itaipu.
Todos são feitos a partir de produtos orgânicos, produzidos
de forma sustentável pelos agricultores da região dos municípios lindeiros do
Oeste do Paraná e da Bacia do Paraná 3. As
merendeiras participam de um curso de capacitação com nutricionistas e chefs de
cozinha e desenvolvem receitas com os alimentos que vêm da agricultura familiar
orgânica. “A cada dois anos fazemos um concurso de pratos saudáveis
desenvolvidos pelas merendeiras e as melhores receitas compõem o livro”,
explica Sidney Carlos da Silva, da Assessoria da Diretoria de Coordenação.
As receitas desenvolvidas fazem parte da merenda servida nas
escolas municipais e estaduais dos municípios da região “São receitas práticas,
com baixo custo e que são facilmente inseridas na merenda e nas próprias casas
das merendeiras”, conta Amanda Marfil, agricultura agro ecológica e chefe de
cozinha que ministra os cursos para as merendeiras. “Valoriza o trabalho dessas
excelentes profissionais; é saudável par os alunos e fortalece os agricultores
agro ecológicos dos municípios”, afirma Amanda.
“Estou aprendendo muito sobre alimentação saudável e as
crianças amam e repetem. Dá gosto trabalhar assim”, empolga-se a merendeira Mônica
Fernandes, do CMEI Três Bandeiras, de Foz do Iguaçu, que veio especialmente
para a degustação. Ela, que é professora formada, deixou de dar aulas para
trabalhar com a alimentação das crianças e no fim deste ano pretende prestar
vestibular para nutrição. “É uma honra pra mim estar envolvida neste projeto”.
A degustação
O estande com as comidas preparadas pelas merendeiras faz
sucesso no Mercado Municipal. Muita gente provou os quitutes e aproveitou para
trocar receitas com as profissionais. “Muitas vezes a gente tem as coisas em
casa e não sabe como usar. Minha mãe tem açafrão plantado em casa e eu adorei a
opção servida. Vou fazer patê de cenoura com açafrão e gengibre”, planeja a
aposentada Sueli Oliveira, 61 anos.
Para o advogado Rafael Cruz, 30, o projeto é também
interessante do ponto de vista educacional. “Ensina as crianças desde pequenas,
para que cresçam já gostando de uma alimentação saudável”, diz ele, que optou
por uma alimentação mais natural já adulto. Sua namorada, a também advogada
Isabel, 26, que está acostumada a comer de forma saudável desde pequena,
aprovou: “Está uma delícia”, falou ao provar a torinha crocante de legumes.
Vários visitantes disseram que projetos desse tipo deveriam
ser implantados em todo o estado. “A criançada está precisando comer bem. Elas
estão ficando obesas, diabéticas. Uma boa alimentação melhora até o aprendizado”,
lembrou a dona de casa Ana Maria Santo, 49, que visitou o estande junto com o
marido Amélio Sato, 51, analista de sistema.