Milton Corrêa da Costa
Foto: Inernet/Revista Veja/Abril - A ousada agressão a
profissionais da imprensa, na porta do presídio de Gericinó, dias atrás no Rio,
merece séria reflexão. Estamos diante de um grave crime contra a incolumidade
de cidadãos pacíficos e contra à ordem social. Crime praticado por ativistas da
desordem e do desrespeito, com o intuito de agredir quem lhes faça
oposição e também a jornalistas, numa atitude anti-democrática impedindo o
trabalho da livre imprensa. Esta é a Frente Popular da Desordem. São
anarquistas radicais que insistem em se insurgir contra as
forças policiais, a ordem pública e o patrimônio publico e
privado.
Estamos diante de um
movimento popular de extremo perigo, de afronta aos princípios
democráticos e às leis penais em vigor no país. Isso é muito nítido. Não dá
para tapar o sol com a peneira e tentar fugir de tal realidade com o discurso
do politicamente correto. Acrescem-se a ousadia e o destempero de ativistas e
seus parentes com insultos e ameaças contra jornalistas, no dia seguinte às
lamentáveis cenas de agressão e intolerância em frente ao Complexo de Gericino,
em encontro na própria sede do Sindicato do Jornalistas Profissionais do
Município do Rio, onde tais profissionais, constrangidos e humilhados se viram
obrigados a abandonar o encontro. Uma ousadia extrema de ativistas
deseducados..
São pessoas que desconhecem
os princípios básicos da respeitosa convivência social num estado democrático
de direito. Alguns desses terroristas urbanos, vândalos arruaceiros, que não
aprenderam a conviver em democracia, organizados como em quadrilha, conforme
detectado em consistente investigação policial, deveriam estar afastados
do convívio social pela séria ameaça que representam ao poder legal e à
própria sociedade.
São lideranças negativas que
não agregam valores sociais positivos, só radicalismo inconsequente. Falam em
educação como uma de suas bandeiras reivindicatórias, mas pregam a violência
dos galões incendiários (coquetéis molotov), dos artefatos explosivos, das
pedras e das tábuas com pregos para ameaçar a integridade física de policiais e
de cidadãos ordeiros. Revolucionários da afronta e da desordem.
Inaceitável tal
comportamento anárquico e intimidatório. A medida punitivo-corretiva que mais
convém aos terroristas urbanos é a cadeia. Um caminho próprio para anarquistas
intolerantes, na proteção de toda coletividade. A sociedade precisa dessa
proteção. O quanto antes e em nome da paz social
Milton Corrêa da Costa é
tenente coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro