O
embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, sub-secretário geral de Meio
Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia, que participa, pelo Brasil, das
negociações em torno das mudanças climáticas e lidera o encontro em Foz,
aproveitou para conhecer de perto as ações do Programa Cultivando Água Boa, da
Itaipu e de mais de 2 mil parceiros, e que constitui um conjunto de estratégias
locais para o enfrentamento das mudanças climáticas.
“Hoje
existem iniciativas muito boas em diversos países, a exemplo do que temos aqui
com o Cultivando Água Boa, e que precisam ser mais conhecidas. É importante que
haja um intercâmbio dessas iniciativas, que têm foco em vários aspectos ligados
ao tema das mudanças climáticas”, afirmou Carvalho.
O embaixador traçou um
panorama das negociações sobre mudanças climáticas no âmbito da ONU. Segundo
ele, são negociações bastante complexas, principalmente porque tudo passa pela
energia.
“Os
países desenvolvidos conseguiram atingir esse patamar porque fizeram a
revolução industriaRepresentante do Itamaraty elogiou programa da Itaipu e defendeu o intercâmbio de iniciativas como o Cultivando Água Boa para enfrentar as mudanças climáticas
Representantes da sociedade civil de todo o País, como lideranças de movimentos sociais, catadores, indígenas, quilombolas, entre outros, estão reunidos com o Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira (1º), em Foz do Iguaçu, para apresentar demandas e sugestões em relação à posição brasileira nas negociações internacionais em torno das mudanças climáticas. O encontro prossegue até este sábado (2).
O encontro em Foz é uma prévia da COP-20, que será realizada em dezembro, em Lima (Peru), e é vista com grande expectativa porque deverá resultar em um esboço do próximo acordo global sobre o clima, que substituirá o protocolo de Kyoto e será definido na COP-21, em 2015, em Paris (França). O encontro também servirá para discutir o Fórum Latino Americano de Economia Social, que será realizado em outubro, em Porto Alegre (RS), e o próximo Fórum Social Mundial, em Manaus (AM).
l, queimaram e continuam queimando carvão. Nós, por outro
lado, temos a obrigação de nos desenvolvermos também. Então, a questão se resume
a como limitar as emissões e as partículas que se acumulam na atmosfera, sem
que os países em desenvolvimento cometam os mesmos erros dos países
desenvolvidos”, explicou.
Ainda
segundo Carvalho, o teor do próximo documento global sobre mudanças climáticas
deverá ter um enfoque diferente do Protocolo de Kyoto. Enquanto este falava em
evitar o aquecimento global, o próximo será na linha da adaptação às mudanças,
procurando trabalhar em um cenário de aumento de 1,5 a 2 graus Celsius na
temperatura do planeta.
“Embora
o agricultor do Oeste do Paraná contribua muito pouco com o aquecimento global,
a mudança impacta sobre ele também, por conta da disponibilidade de água, o
regime de chuvas, as temperaturas ao longo das safras. Daí a importância de
obter as contribuições de todos os segmentos da sociedade, para que possamos
chegar a uma posição unificada do Brasil na próxima COP”, acrescentou Carvalho.
O
encontro em Foz conta ainda com a participação de representantes da organização
da COP-20 que vieram explicar como se dará a programação da sociedade civil
durante o evento em Lima. “Viemos para ouvir as propostas do Brasil e conhecer
as expectativas para a COP. E, como país-anfitrião, dar todas as informações
necessárias”, afirmou Lucía Sato Westphalen, do Ministério do Ambiente do Peru.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu
Binacional é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta e foi
responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de toda a energia consumida
pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de
produção e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de
MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de
qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o
desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no
Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a
geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as
melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento
sustentável e a integração regional”.