A próxima segunda-feira
(18) marca o início do segundo semestre acadêmico e o início do curso de
Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
A aula inaugural será ministrada no
Auditório da Uniamérica, às 19h, pela professora Jadete Barbosa Lampert, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A conferência terá como tema
"Desafios da Educação Médica no Brasil".
"A implantação
do curso na cidade e na UNILA atende a um duplo objetivo: resgatar a dívida com
Foz do Iguaçu em relação ao curso de Medicina, que há tempos já deveria ter
sido implantado aqui, e pensar na formação de recursos humanos e na reflexão no
campo da saúde para a América Latina. Em suma, o curso dá respostas,
simultaneamente, às necessidades locais e da América Latina", afirma o
reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho.
A recepção
dos 60 novos acadêmicos, entre brasileiros e estrangeiros, está sendo
organizada pelo curso com apoio das pró-reitorias. Uma extensa lista de
atividades acontecerá de segunda a sexta-feira da próxima semana para
apresentar a Universidade, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), as instalações
físicas e os profissionais que compõem o quadro docente e técnico da UNILA.
O curso
funcionará no espaço chamado Jardim Universitário, onde fica atualmente a
Uniamérica. A estrutura para funcionamento do curso de Medicina dispõe de oito
laboratórios específicos (como anatomia, morfofuncional, biologia, biologia
molecular, histologia, entre outros), um laboratório de práticas, salas de aula
e tutoria, salas para os professores, espaço na biblioteca e na sala de
informática, além de salas para atendimento de profissionais da Pró-Reitoria de
Assistência Estudantil (PRAE), da Secretaria Acadêmica e coordenação do curso.
"Toda
esta estrutura era utilizada apenas pela Uniamérica e passaremos a utilizar, de
modo compartilhado, também. A UNILA, em contrapartida, também deixará à
disposição para uso alguns equipamentos e objetos. Poucos cursos de Medicina
iniciam com todas essas condições e aparelhagem", explica o professor do
curso, Luis Fernando Boff Zarpelon.
A graduação
em Medicina da UNILA tem o objetivo de utilizar metodologias e estratégias
educacionais que promovam os estudantes como sujeitos ativos de suas
aprendizagens e desenvolver competências colaborativas dos futuros médicos com
os demais profissionais da área da saúde, habilitando-os para o trabalho em
equipes interprofissionais e de práticas compartilhadas.
Histórico
A implantação do curso teve início há
mais de um ano, quando a UNILA foi convidada a receber um curso de Medicina,
estratégia que faz parte do Programa Mais Médicos, do governo federal. Com
o aceite, tiveram inícios as primeiras tratativas e análises, que passariam
pela necessidade de um projeto pedagógico adequado e vinculado à missão e
valores da Universidade e preocupações quanto à qualificação do corpo docente.
Para responder a esses desafios, foi formalizada consultoria com o professor
Nildo Alves Batista, livre-docente pela UNIFESP, que contribuiu com a criação
do curso de especialização em Educação Médica - que teve início recentemente
com qualificação de profissionais da rede médica - e quanto a discussões sobre
o PPC. Em janeiro de 2014 foi nomeada uma comissão de implantação do curso,
preocupada com o quadro docente, PPC e infraestrutura.
Para
composição do quadro docente foram nomeados 16 professores efetivos, que foram
aprovados em concurso público, ainda no primeiro semestre. A infraestrutura foi
resolvida a partir de convênio assinado com a Uniamérica, que permite o uso
compartilhado da estrutura da instituição, e licitações para compra de
equipamentos e material. Quanto ao PPC, depois de discussões da comissão de
implantação, o documento foi apresentado em diversas oportunidades, tanto à
comunidade interna quanto à comunidade externa.
A Prefeitura
de Foz do Iguaçu também foi uma importante parceira na implantação do curso,
abrindo espaço para os alunos, docentes e atividades nas unidades de saúde e
hospitais. Com base em todas esses condicionantes, em maio a UNILA recebeu a
visita de avaliadores do Ministério da Educação (MEC). Dois dias depois, a
Universidade já contava com autorização para abertura do curso. "Os
avaliadores gostaram bastante das estruturas, do projeto pedagógico e da rede
de saúde do município que estava à disposição. Por isso, rapidamente
autorizaram a abertura do curso", ressalta Zarpelon.