Foto: Carlos Ruggy/Itaipu Binacional - Em
apenas dois meses, o Curitiba Ecoelétrico garantiu uma redução de quase duas
toneladas (1.908 kg) de CO² emitidos na atmosfera da capital paranaense. Com o
uso de veículos movidos a eletricidade, foram poupados 1.522 litros de
combustível, o equivalente a dez barris de petróleo.
O
projeto-piloto é composto por oito eletropostos e uma frota de dez veículos
elétricos. Se esse comparativo levasse em consideração um universo de mil
carros elétricos em um ano, por exemplo, 1.160 toneladas de CO2 deixariam de
poluir o ar, quantidade de poluentes que, para ser neutralizada, exigiria o
oxigênio produzido por 165 mil árvores.
O
resultado foi apresentado nesta quarta-feira, 20, durante a primeira avaliação
do Curitiba Eco-elétrico, projeto piloto que reúne a Itaipu Binacional, a
Prefeitura de Curitiba, a Renault, o Centro de Excelência da Indústria da
Mobilidade (CeiiA) e outros parceiros.
A
reunião foi no escritório de Itaipu, em Curitiba. Participaram a diretora
financeira de Itaipu, Margaret Groff, a vice-prefeita de Curitiba, Miriam
Gonçalves, a diretora do CEiiA, Helena Silva e a chefe de Veículos Elétricos da
Renault, Silvia Barcik.
Frota compartilhada
Integram
a frota do Curitiba Eco-elétrico seis Zoes, dois Kangoos e dois Twizys, da
montadora Renault. No total, 40 usuários compartilham os veículos, distribuídos
entre a Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e Instituto
Curitiba de Turismo. Há ainda um veículo elétrico Zoe, da Itaipu Binacional,
ligado ao sistema.
A
frota opera dentro do sistema de gestão de mobilidade elétrica inteligente -
Mobi-me, sistema desenvolvido pelo CeiiA, que permite o monitoramento on-line,
com a atualização de indicadores de energia elétrica consumida, número de
viagens e distâncias percorridas, entre outras informações.
Poluição
O
monitoramento inclui o cálculo dos gases de efeito estufa que deixam de ser
lançados na atmosfera, principalmente o CO², já que os veículos elétricos não
provocam poluição do ar e nem sonora, pois o motor é silencioso. Esses dados
podem ser acompanhados no endereço www.ecoeletrico.curitiba.pr.gov.br.
Em
relação à poluição atmosférica, o projeto demonstra que o uso de carros
elétricos de forma massiva contribuiria para reduzir os índices e, por
consequência, também diminuir os riscos para a saúde pública. Só no Estado de
São Paulo, a poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16
anos, segundo projeção feita por pesquisadores da USP para o Instituto Saúde e
Sustentabilidade.
Mobi.I
O
Curitiba Eco-elétrico é considerado o maior sistema de mobilidade elétrica
inteligente pública do País. O sistema integra o uso de veículos elétricos,
eletropostos e outros dispositivos. O projeto é ancorado pelo Programa de
Mobilidade Elétrica Inteligente da Itaipu, o Mob.I. Essa gestão integrada de
mobilidade em tempo real permite informações personalizadas para os
stakholders.
“Durante
esses dois meses, o que se buscou foi trabalhar várias frentes, a começar pelo
aprimoramento do próprio projeto, que é piloto e precisa avançar em vários
aspectos”, explicou Margaret Groff. Entre outros pilares, o Eco-elétrico quer
contribuir para consolidar Curitiba como referência na mobilidade urbana
sustentável, com base na mobilidade de nova geração, além de promover a
pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para o Brasil.
Interesse
O
projeto Eco-elétrico já garantiu um ganho incalculável em matérias
jornalísticas positivas sobre a capital paranaense, o que demonstra a
importância do tema. O projeto ganhou espaço em matérias jornalísticas de
várias partes do mundo, principalmente no Brasil e em Portugal. O tema também
foi levado para eventos científicos nos Estados Unidos e Europa.
“Estamos
buscando com esse projeto piloto avançar na pesquisa e no desenvolvimento de
novas tecnologias para o usuário final. Por isso, são fundamentais os aspectos
de integração e conectividade, que estão na essência do projeto Mob.I”, explica
Margaret.
O
foco principal é o usuário final. Para que o projeto avance, novas avaliações
serão feitas a cada dois meses. As reuniões serão permanentes com todos os
envolvidos para o apontamento dos problemas diagnosticados e as soluções,
segundo ainda Margaret Groff. Em Brasília, um projeto piloto semelhante também
já está em testes. Os resultados serão divulgados em breve.
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.