Um show de
imagens de Nilton Rolin e Alexandre Marcheti, da Itaipu Binacional mostra não só
todo o preparo e o carinho com um evento desta magnitude, como também a beleza
e a grandiosidade de tudo que envolve o entorno deste Obra do Século, chamada
Itaipu Binacional...
Para atletas e organização,
prova dentro da usina foi um sucesso e deve entrar no calendário esportivo da
cidade
Entre os giros dos pedais e as passadas
cadenciadas dos atletas que participaram da competição de triatlo, o Iron Man 70.3,
neste sábado (30) em Foz do Iguaçu, não houve quem não parasse para admirar a
beleza construída pelo homem. Desde o nado no reservatório, passando pelo
ciclismo e pela corrida, dentro da usina, todo mundo comentou sobre o
diferencial de se fazer uma prova tão dura em uma usina hidrelétrica.
“Foi demais. A cidade é maravilhosa, a população
apoiou muito e a usina é linda”, disse o campeão, Fábio Carvalho, de São Paulo,
que sobrou na prova, terminando com o tempo de 4h0m43s. O segundo colocado,
Santiago Alves Ascenço, de Goiás, foi ainda mais enfático: “o visual é
alucinante e diferente de tudo. Nunca corri num lugar como este”, exclamou,
ainda ofegante. Santiago já participou de provas em mais de 20 países e
terminou a etapa de Foz do Iguaçu com o tempo de 4h3m52s.
“Foi maravilhosa, a mais linda da minha vida”,
afirmou Ariane Monticeli, a número 1 entre as mulheres, com o tempo de 4h37m46s.
“Sempre sou muito concentrada quando estou correndo, mas não deu para deixar de
reparar na usina. Também gosto de corrida difícil e esta foi bem complicada com
subidas e descidas, ventando muito e, principalmente, o calor”, resumiu.
Iron Man 2015
De
acordo com o coordenador do Iron Man Brasil, Carlos Galvão, a intenção é que o
evento integre o calendário dos atletas, da cidade e da Itaipu. “Foi o primeiro
evento e sempre ficamos com ressalvas quando é a primeira vez”, disse Galvão,
que trabalha com o Iron Man há 15 anos. “Mas a infraestrutura oferecida por
Itaipu foi fundamental para este evento ter dado certo”, afirmou. “E todo mundo
ficou maravilhado com a imponência da usina, este foi o grande diferencial
desta prova”.
O superintendente de Comunicação Social de Itaipu
e presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, também acredita que a prova vai
integrar o calendário esportivo da cidade, assim como aconteceu com a Meia Maratona
das Cataratas, as provas de canoagem, de rafting e o stand up. Para ele, o turismo
da cidade ganha muito com eventos esportivos como este. “Cada atleta traz no
mínimo outras quatro pessoas, entre amigos, parentes e treinadores. Isso faz
movimentar o setor turístico de Foz do Iguaçu”, afirmou.
O coordenador da arbitragem, o professor e atleta
Andrei Pilar Lauer, de Florianópolis, estava animado na área de transição da
bicicleta para a corrida. “Isso aqui vai mudar o mundo do triatlo”, se exaltou.
“Quem não vai querer vir competir aqui em Itaipu? Já passei por várias provas e
é sempre praia ou cidade, esta etapa vai ser a mais diferente de todas”.
Além de Foz do Iguaçu, o Iron Man 70.3 também
acontece em Brasília (março). No total, são cerca de 70 etapas desta competição
no mundo todo. O 70.3 (70 milhas em três modalidades) representa metade do
percurso da prova principal, o Iron Man, que, no Brasil, acontecem em
Florianópolis (maio) e em Fortaleza (novembro) e, no mundo, em outras 40
cidades.
Participaram mais de mil atletas do Brasil e do
exterior. A etapa de Foz distribuiu US$ 50 mil em prêmios e garantiu 35 vagas
para a etapa mundial do circuito, no ano que vem – o Ironman 70.3 World
Championship 2015
Campeões
Na elite, além de Fábio e Santiago, completam o
pódio masculino os triatletas: 3º Guilherme Valenza Manocchi (tempo de 4h06m36s),
4º Frank Souza Silvestrin (4h09h06s), 5º Almir Gustavo Sorbo Martins (4h11m57s)
e 6º Luiz Francisco Paiva Ferreira (4h14m10s).
Na prova feminina, que teve Ariane Monticeli na
ponta, também chegaram ao pódio: 2ª Carolina de Lima (4h41m53s), 3ª Vanessa
Paolieri (4h43m36s), 4ª Romina Gabriela (4h46m21s), 5ª Mariana Borges
(4h52m37s) e 6º Ana Lídia Borba (4h55m39s)
Nado, ciclismo e
corrida
A prova foi dividida entre os triatletas de elite
e os demais competidores. A largada aconteceu no Iate Clube Lago de Itaipu
(Icli) e o pelotão da elite caiu cedo na água, às 9h20, 10 minutos antes do
segundo pelotão. Foi 1,9 quilômetro de natação, até ter a primeira transição
para bicicleta. Os atletas pedalaram, então, desde o Icli, passando por vários
bairros da cidade e contornando a subestação de Furnas, até, 22 quilômetros
depois, chegarem à barreira de controle de Itaipu.
Dentro da usina foram mais três voltas de 22,7
quilômetros cada – totalizando 90 quilômetros. Pela paisagem, as calotas do
Parque da Piracema e a grande subida da barragem de terra e rocha, bem diante
do lago.
Então,
mais uma transição, da bicicleta para a corrida. O vencedor da prova, Fábio
Carvalho, foi o primeiro a chegar e não perdeu mais a ponta. Pela frente, ele
teria 21 quilômetros, passando pelo Cineteatro do Barrageiro, o mirante do
vertedouro, e toda a área industrial, os condutos forçados, o túnel do
vertedouro, a crista da barragem até, finalmente, terminar a prova próximo à
barreira de controle.
Torcida
A prova de triatlo em Foz do Iguaçu não
movimentou somente atletas e pessoal de apoio, mas uma torcida que acordou cedo
para ver as modalidades. No Icli, bem cedo, parentes, amigos e curiosos
acompanharam os atletas entrarem na água.
Pela cidade, curiosos com a agitação de polícia,
staff e centenas de cones vermelhos, os moradores saíram de casa para ver as
bicicletas passarem. Os amigos ciclistas Nelson, Zé Domingos e Valderci
encostaram as bicicletas e se protegeram em um ponto de ônibus para ver a prova
de ciclismo. “Pedalo faz dois anos”, disse Nelson. “Mas isso não é para mim
não”.
Dentro da usina, também de olho na prova de
ciclismo estava o grupo Duroc Bike Team, que reúne 25 integrantes para pedalar
longas distantes na região. Eles torciam pelos atletas Danilo e Paulo, membros
do Duroc, que participaram do triatlo. “Duroc é uma espécie de porco, que adora
ficar cheio de lama”, explicou Anderson Kozak, empregado de Itaipu e participante
do grupo, que não tem problema com sujeira.
O foco do professor de educação física Diogo Duarte
era outro: o final da corrida. Cinco de seus alunos participaram da prova e a
expectativa dele, e das quase 20 pessoas que vieram de Londrina, era saber o
tempo dos triatletas. “Achamos sensacional a estrutura do evento”, disse Diogo,
que treina com os alunos nos lagos residenciais de Londrina.
Os filhos de Rubens Martins – Eduardo, 9 anos, e
Henrique, 11 anos, aguardavam ansiosos a
chegada do pai na linha de chegada. Rubens mora em Florianópolis, mas toda a
família veio de São Paulo para prestigiar ele, o sobrinho Frederico e o cunhado
Ricardo. “A prova é muito dura, mas a beleza de Itaipu serviu como distração
enquanto a gente corria”. Os filhos pequenos já estão se preparando e, logo,
devem seguir os passos do pai.
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.