“Vou ter que
usar bem o tempo – só disponho de 15 minutos para falar aqui nessa tribuna, -
pois, não temos espaço nas Rádios locais para expor à sociedade o que está
acontecendo em nossa cidade”.
Ao subir na Tribuna da Câmara
ontem, quando apresentou ao público presente os nomes dos membros que compõe as
Quatro CPIs, a Vereadora Nega da Aurora, em público, fez uma reclamação: “Vou
ter que usar bem o tempo – só disponho de 15 minutos para falar aqui nessa
tribuna, - pois, não temos espaço nas Rádios locais para expor à sociedade o
que está acontecendo em nossa cidade”.
Hoje, depois de ouvir parte
da programação das nossas Rádios fiquei imaginando quanto aprendizado pode-se
extrair por detrás de uma simples decisão como essa da criação de uma Comissão
Parlamentar de Investigação...
Nos meios de comunicação, está
explícito, por exemplo, o poder do dinheiro... Os meios de comunicação que
deveriam ser o poder cidadão são silenciados pelo poder público que
generosamente contribuem mensalmente com generosos contratos de “publicidade”
para que o “alcaide” e seus asseclas possam mentir descaradamente para a
população...
Os meios de comunicação que
deveriam ser a voz e a alma da população – além de não promover a participação
popular, a fim de que não haja questionamentos sobre suas ações – ampliam ainda
mais o espaço dessas toupeiras humanas cuja visão é o bolso, é a conta bancária...
A impressão que se tem, a primeira vista, é que eles não têm alma...
Aliás, todos nós sabemos que
todo corpo possui uma alma – essa chama DIVINA que nos foi dada já no momento
da concepção – mas, infelizmente, por falta de CONHECIMENTO sobre si mesmo, por
falta de uma melhor EDUCAÇÃO, a mantém encapsulada dentro do seu EGO, dentro do
seu mundinho particular de baixíssima freqüência sem essência espiritual – onde
o que vale é o que entra pela boca comprada pelo vil metal...
Um dia desses, uma pessoa que
faz parte do mundo da comunicação, ligadíssima nessas reuniões que se fazem na
região me dizia: “Dá nojo até mesmo de chegar perto de uma gente dessas – eles fazem
um círculo e o papo que rola é a troca de idéias e sugestões de como usar a
legislação para enganar e subfaturar as licitações, sem deixar rastro para que
o Tribunal de Contas possa pegá-lo”.
Eu lhe questionei: “E por que
você não faz uma matéria contando isso!”. Ele baixou a cabeça e me disse: “Como
gostaria, mas se o fizer, no outro dia estou na Rua, pois são esses mesmos “sanguessugas”
que mantém contrato com o meu órgão de comunicação, ou seja, por tabela são
eles que pagam o meu salário”...