Trabalho foi feito por Moacir
Fonteque durante mestrado na Unioeste. No futuro, método poderá melhorar a
precisão do diagnóstico do câncer colorretal.
Foto: Alexandre Marchetti - O
engenheiro eletrônico Moacir Fonteque Junior, do Departamento de Operação de
Segurança (SEO.AD), desenvolveu um método inédito de preparação de pacientes
para exames de colonoscopia. No futuro, esse método poderá melhorar a precisão
do diagnóstico do câncer colorretal.
O
trabalho, que teve apoio de Itaipu, foi feito durante o curso de mestrado da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Foz do Iguaçu,
no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas Dinâmicos e Energéticos
– Laboratório de Bioinformática.
A
pesquisa contou ainda com a parceria da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade de Campinas (Unicamp). Fonteque defendeu a tese no último dia 1º
de outubro e o trabalho foi aprovado com louvor.
O
engenheiro explicou que desenvolveu no mestrado um aparelho para complementar o
processo de preparação do paciente para a colonoscopia. Segundo ele, esse
processo é inédito no mundo e já está em processo de patente pela Inova – a
Agência de Inovação da Unicamp.
“Para
fazer a colonoscopia, você tem que fazer a preparação do paciente, com
laxantes, para eliminar impurezas do intestino. Mas algumas vezes ainda ficam
secreções [no órgão] que podem prejudicar a visualização do tumor”, relatou
Fonteque.
“Com
este novo método, é injetado um líquido sob condições específicas no paciente,
por meio do colonoscópio, que remove essas impurezas e facilita a visualização
– e, por consequência, a detecção precoce de tumores, os quais podem se
transformar em câncer caso não sejam tratados em tempo hábil”, acrescentou.
Ainda
segundo o engenheiro, o tumor colorretal é a terceira causa de morte por câncer
no mundo, mas o diagnóstico precoce pode garantir uma sobrevida de até 90% dos
pacientes. “Porque muitas vezes o câncer evolui de forma silenciosa e, quando
surgem os primeiros sintomas, a doença já está em fase avançada”, comentou.
O
engenheiro disse que agora pretende desenvolver um doutorado, na Unicamp, para
aprofundar os estudos. “No mestrado, toda a pesquisa foi feita em cenários
experimentais. Agora vamos partir para experimentação com animais e, no final,
com seres humanos”, adiantou.
Sobre a pesquisa
O
tema da pesquisa de mestrado de Fonteque foi Método de Lavagem de Tecido
Colorretal para Colonoscópios, com Controle Automático dos Parâmetros Vazão e
Volume.
A
professora Huei Diana Lee, da Unioeste, foi a orientadora do trabalho, que teve
a co-orientação dos professores Wu Feng Chung e Cláudio Saddy Rodrigues Coy.
A
banca contou ainda com a participação, como convidado, do professor João José
Fagundes, da Unicamp. Segundo Fonteque, Fagundes e Coy são considerados dois
dos principais especialistas na área biomédica da universidade paulista.
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.