Campeonato começa nesta
sexta-feira, no Canal Itaipu; provas também acontecem nas corredeiras das
Cataratas do Iguaçu
Fotos: Nilton Rolin/Itaipu Binacional - Uma
cerimônia bem brasileira marcou a abertura do Campeonato Mundial de Rafting R4,
na noite desta quarta-feira (8), no Canal Itaipu. Os cerca de 300 atletas
provenientes de 19 países acompanharam um show musical com samba, pagode e roda
de capoeira. Alguns até arriscaram dançar no palco. No final da cerimônia, os
participantes assistiram à iluminação da barragem de Itaipu.
O
Mundial de Rafting começa nesta sexta-feira (10), no Canal Itaipu. Também
haverá provas no fim de semana – no domingo, a disputa é nas corredeiras das
Cataratas do Iguaçu. A competição volta na próxima semana, na sexta, sábado –
em Itaipu – e domingo, nas Cataratas. Nos dias 17 e 18, as provas do Canal
Itaipu serão transmitidas pela Sportv.
Na
cerimônia de abertura, os jovens atletas participantes do Projeto Meninos do
Lago carregaram as bandeiras dos 19 países de quatro continentes, ao som da
banda do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado.
Participaram
da cerimônia, autoridades ligadas ao esporte e representantes de Itaipu. O
diretor-geral brasileiro de Itaipu em exercício, Airton Dipp, deu as
boas-vindas aos atletas. “Nosso foco é produzir energia, mas também cuidamos da
integração regional e não há melhor maneira de se fazer isso do que com o
esporte”, afirmou.
Para
o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schertner,
competir em Foz do Iguaçu é um privilégio para os atletas. “O Canal Itaipu é a
nossa casa e as Cataratas do Iguaçu vão levar as belezas naturais do Brasil
para todo o mundo.”
No encerramento da cerimônia, o presidente
da Federação Internacional de Rafting, Joe Willis Jones, falou sobre o esforço
de dois anos para preparar o evento em Foz do Iguaçu. Ao final do discurso, ele
declarou aberta a competição.
Clima de integração
A
miscelânea de idiomas, sotaques e culturas não foi empecilho para que o clima
de festa contagiasse os atletas já na abertura da competição. Ao som de samba e
pagode, muitos subiram no palco para mostrar que também têm samba no pé.
“Ticos!
Ticos! Ticos!”, gritou um grupo de costarriquenhos em referência ao apelido
dado às pessoas provenientes daquele país. “Competir numa hidrelétrica vai ser
incrível”, disse o atleta Roberto Ricardo Mendoza Ramires, da equipe
Pró-rafting, que treina no Rio Naranjo, na cidade de Quepos, Costa Rica. “Também
fico imaginando estar nas corredeiras com as cataratas em nossas costas”.
Volta para casa
Para
a brasileira Fernanda Caroline Cardias, 18 anos, disputar em Foz do Iguaçu tem
um significado especial. Iguaçuense, ela começou a treinar canoagem no projeto
Meninos do Lago, em 2008. Em 2011, montou uma equipe de rafting só “para ver o
que que dava”. Foi tão bem, que a seleção de Nova Roma do Sul, do Rio Grande do
Sul, chamou a atleta para treinar.
Hoje,
o Rio das Antas, onde a equipe treina, é sua segunda casa. Fernanda integra a
equipe Xícara Maluka, que vai disputar na categoria Sub-19. Os atletas de Nova
Roma, aliás, são os únicos brasileiros a competir em duas categorias – os
meninos da Cia da Aventura, do mesmo clube, vão disputar no Sub-19 masculino.
“Para mim é uma responsabilidade bem grande
competir em casa”, disse Fernanda. É a primeira vez que ela volta ao Canal
Itaipu depois de se mudar para o Rio Grande do Sul. “Conheço muito bem o canal
e posso dar umas dicas para o técnico para irmos bem na competição.”
História,
os gaúchos têm. As meninas do Xícara Maluka são tricampeãs brasileiras no
Sub-19 e, ficaram em segundo no Mundial na Nova Zelândia, em 2012. Os garotos
da Cia Aventura são os atuais campeões brasileiros. A torcida é que o pódio do Sub-19,
no masculino e no feminino, tenha um pouco das cores verde e amarelo.
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial
“gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental,
impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.