Equipes brasileiras levaram
seis das sete categorias disputadas. Prova decisiva foi no Canal Itaipu, neste
domingo (19)
O
Canal Itaipu deu sorte às equipes brasileiras no Campeonato Mundial de Rafting
R4. Com o resultado da prova de slalom, neste domingo (19), o Brasil sagrou-se
campeão mundial geral. Somando-se às competições da semana passada, nas
categorias iniciantes, o Brasil ficou com seis das sete medalhas de ouro.
Pela
manhã, os atletas encararam as corredeiras das Cataratas do Iguaçu, na
modalidade descida. Mas a definição do Mundial de Rafting aconteceu na parte da
tarde, no Canal Itaipu, com o slalom. No Master Masculino, a equipe Bozo
D’Água, de Brotas (SP), ficou em segundo lugar na modalidade, logo atrás da
República Tcheca. Foi o suficiente.
“Tivemos um desconto de tempo e ficamos com o
segundo, mas era o que precisávamos para ganhar no geral”, disse Enio Winkler,
um dos “lemes” da equipe brasileira. No Master, o Brasil ficou em primeiro, com
952 pontos. A República Tcheca (928 pontos) ficou com a prata, seguida da
Rússia (790 pontos).
Com o
fim do campeonato, o time master do Brasil, formado por dois paulistas e dois
gaúchos, se divide novamente. “Vamos treinar em casa e eles em São Paulo”,
explica Enio. “A previsão é nos unir de novo só no próximo campeonato”.
No
Open Masculino também deu Brasil. Na prova de slalom, a seleção brasileira
ficou atrás dos tchecos, mas isso não foi suficiente para tirar o ouro no geral.
Com 888 pontos, o Brasil ficou em primeiro, seguido, novamente, por República
Tcheca (834 pontos) e Rússia (830 pontos).
As
meninas também fizeram bonito no Open Feminino, vencendo o slalom e também o
campeonato. O time somou 904 pontos no geral, logo à frente do Japão (871
pontos) e da Eslováquia (847 pontos).
O
Mundial foi organizado pela Federação Paranaense de Canoagem em parceria com a
Confederação Brasileira de Canoagem e Federação Internacional de Rafting. Os
patrocinadores do evento foram BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, Itaipu Binacional e Ministério do Esporte, por meio da Lei
de Incentivo ao Esporte.
Força de Brotas
Para
o técnico da equipe brasileira que disputou o Open Masculino, Fábio Ramos, os
bons resultados do País se devem, principalmente, ao investimento que Brotas
(SP) tem feito no esporte. “Hoje, somos o celeiro do rafting no Brasil”, disse.
No
Campeonato Mundial de Rafting R6, na Indonésia, em novembro de 2015, quase
todas as categorias serão representadas por equipes de Brotas – apenas no
Sub-19 feminino as meninas da Xícara Maluka, de Nova Roma do Sul (RS),
representam o Brasil.
Fábio
Ramos afirmou que as equipes vão pleitear que a próxima seletiva para o Mundial
de Rafting R4, que acontece em 2016 (ainda sem lugar definido), seja novamente
no Canal Itaipu. “Aqui teremos todos os botes iguais, o que torna a seletiva
mais justa”, afirmou.
Seis medalhas de ouro
O
Mundial de Rafting R4 aconteceu em Foz do Iguaçu, em duas etapas. Entre 10 e 12
de outubro, competiram os atletas das categorias iniciantes: Sub-19 e Sub-23.
As categorias adultas (Open e Master) disputaram as provas de 16 a 19 de
outubro. O campeonato acontece com a somatória de quatro modalidades: sprint
(100 pontos), head-to-head (200) e slalom (300), que aconteceram no Canal
Itaipu, e a descida (400), que ocorreu nas corredeiras das Cataratas do Iguaçu.
Na
semana passada, o Brasil já tinha garantido três ouros dos quatro disputados.
Venceu nas categorias Sub-19 e Sub-23 masculino e na Sub-23 feminino. Na Sub-23
feminino, o Brasil ficou em terceiro – o ouro ficou com a Austrália e a prata
com a Rússia.
O legado do Mundial
O
presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomazini,
considerou o Mundial de Rafting R4 um teste de luxo para o Mundial de Canoagem,
em abril de 2015. “Aprendemos com o mundial sobre o que temos de melhorar e
quais medidas tomar”, avaliou. Para Tomazini, o principal legado do Mundial foi
a compra e a instalação das bombas que vão permitir água no Canal Itaipu o ano
todo, garantindo o treinamento dos atletas. As bombas custaram R$ 3 milhões e
foram compradas pelo Ministério dos Esportes, por meio do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) Olímpico.
“Na primeira semana, contamos com a ajuda da
chuva, que garantiu as provas do Sub-19 e Sub-23”, disse. “Já na segunda, com
as bombas instaladas, pudemos ter as provas das categorias adultas”, completou
Tomazini. Para ele, a compra dos 20 botes pelo BNDES, que ficarão em Foz do
Iguaçu e poderão ser usados para práticas esportivas no canal, é outro legado
do Mundial à cidade.
O
superintendente de Comunicação Social de Itaipu (área responsável pelo Canal) e
presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, acredita que o Canal Itaipu trouxe
sorte aos atletas brasileiros. “A gente se sente orgulhoso de receber tantos
países aqui na Itaipu e ver o que o nosso canal pode proporcionar para o
esporte”, disse Piolla. “É bom ver que todo o esforço feito lá atrás e que
continua sendo feito hoje está sendo recompensado com o crescimento do Brasil
no cenário mundial do esporte”.
Fotos:
Nilton Rolin / Itaipu Binacional
https://discovirtual.itaipu.gov.br/public.php?service=files&t=6e91e100b1d0e5e4cce16a5c249d23eb
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.