A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou a decisão do Governo do Paraná de parcelar o pagamento do terço de férias de todos os funcionários da administração direta. A medida, anunciada nesta semana pelo governador Beto Richa, será necessária para que o Estado possa equilibrar as suas contas, garantir o pagamento do 13ª dos servidores e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em dezembro, segundo o governo do Estado, serão afetados 25 mil servidores, o que gerará uma economia de R$ 14 milhões para o Estado. Em janeiro, cem mil servidores e professores ficarão sem receber o adicional de férias. “Ou seja, uma economia em cima do direito dos trabalhadores”, criticou Gleisi.
Em pronunciamento na tribuna do Senado, nesta sexta-feira (28), ela disse que a situação é um verdadeiro acinte ao direito dos trabalhadores. “A lei exige que o pagamento do terço de férias seja feito no momento em que o trabalhador vai usufruir delas. Eu pergunto ao governador se ele abriu mão do seu percentual de férias, porque ele tirou férias logo após a eleição. Por que agora os servidores do Estado terão que abrir mão do seu direito para garantir que o Estado possa pagar os salários e o 13º?”, questionou.
Gleisi lembrou que, muito antes do período eleitoral, sempre apontou as falhas e até os descumprimentos legais da gestão do Governador Beto Richa como verdadeiros motivos para as dificuldades enfrentadas pelo Estado nos últimos três anos e meio.
“Entretanto, criou-se uma verdade no Paraná de que a culpa de todos os problemas do Estado decorriam da não aprovação de determinados empréstimos solicitados pelo governo estadual e supostamente boicotados pelo Governo Federal e por mim, ministra-chefe da Casa Civil à época. Eu sempre procurei combater essa inverdade. Afinal, de pronto, bastava verificar que outros Estados governados pelo PSDB, como Minas Gerais e São Paulo, conseguiram viabilizar as suas operações de crédito, pois, diferentemente do Paraná, cumpriram as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.”
Segundo Gleisi, o desequilíbrio de 2014 é resultado da temerária gestão fiscal e financeira praticada no Paraná em todo o mandato do Governador Beto Richa. “Eu gostaria de fazer um desafio, inclusive aos órgãos de comunicação, para saber o que eles vão falar sobre o desequilíbrio das contas, já que não tem mais a ministra da Casa Civil para colocar a culpa. Eu gostaria de saber qual vai ser a desculpa do governador. Eu pergunto: de quem é a culpa, agora? Minha? Do Governo Federal? De quem é a culpa? A culpa é do Governador Beto Richa, que não tem eficiência, que não tem competência para gerir as contas do Estado do Paraná.”
Gleisi lembrou que o governador, ao longo de quatro anos de gestão, gastou mais de R$ 800 milhões com verbas publicitárias e, por outro lado, cortou 30% de despesas do custeio. “E quem paga essa conta é o povo paranaense, porque não tem serviços de qualidade. Temos de lembrar que o Estado do Paraná ficou até sem combustível para carro de polícia. Agora, diretamente, está atingindo os servidores do Estado.”
A senadora destacou que apoia a medida judicial que o movimento sindical está apresentando, pois considera ilegal o que o Estado do Paraná está fazendo. “Eu lamento muito que isso tenha acontecido. Quero me solidarizar com os trabalhadores. Espero, sinceramente, que o governador Beto Richa pare de mentir. Que fale seriamente o que está acontecendo nas contas, que exponha os problemas que afetam o Paraná e mostre para a população, de fato, onde está o furo, onde estão os problemas do nosso Estado.”
Ricardo Souza Garanto que os que aqui defenden esse desgoverno, não são funcionários públicos, pois o fato de o Paraná estar quebrado é por pura falta de gestão. Sou funcionário Publico e não receberei meu terço de férias que é um direito constitucional. E esse governo tem a capacidade de ainda parcelar esse direito do funcionário em 3 vezes...
Fabio Marcio Buzanello Sem contar Ricardo Souza, os avanços dos professores da rede estadual, que ele não pagou, fazer o que, tem gente que não quer, ou não gosta ver isso!!
Laudicéia Pietsch Desde que eu trabalhava na educação, no Estado, o pagamento do terço de férias era assim, ou seja, sempre foi assim. Sempre recebemos depois. Não sei porque estão reclamando agora... é estranho né? E trabalhei por 14 anos desde o ano de 1992.