A binacional venceu na modalidade Práticas de Sustentabilidade em Processos e Serviços, com o case do Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS).
A Itaipu Binacional foi uma das vencedoras na 32º edição do Prêmio Eco de Sustentabilidade, promovido pela Câmara Americana de Comércio – Amcham Brasil. A empresa venceu na modalidade Práticas de Sustentabilidade em Processos e Serviços (empresa de grande porte), com o case do Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS).
A cerimônia ocorreu na sexta-feira (5), em São Paulo. A diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, recebeu o prêmio, acompanhada de Luiz Rossi, assessor da Diretoria Financeira.
Essa é a terceira vez que Itaipu recebe o Prêmio Eco. Em 2009, venceu na modalidade Sustentabilidade e Processos, com o case do Programa Cultivando Água Boa (CAB); no ano seguinte, foi a melhor na categoria Sustentabilidade em Produtos, com o projeto Veículo Elétrico para Catadores de Materiais Recicláveis.
Sobre o SGS, Margaret lembra que “em 2010, quando começamos as discussões para evoluir da política de responsabilidade socioambiental para uma política da sustentabilidade, vimos que primeiro tínhamos encontrar o melhor conceito da sustentabilidade para nossa empresa, uma ferramenta para fazer a gestão da sustentabilidade”.
A diretora acrescenta que, no momento em essa demanda foi levada para o corpo gerencial da empresa, vieram as sugestões de cada segmento. “Vimos que, para ser sustentáveis, além do ambiental, do social e do pilar financeiro, tínhamos que inserir uma forte dimensão da governança. Porque para sermos sustentáveis temos também que ser éticos, primar pela integridade, termos código de conduta e ética como premissa que qualquer que seja o projeto ou a ação que vamos desenvolver.”
Para Luiz Rossi, o SGS é um novo modelo de gestão corporativa que internaliza e institucionaliza os mais modernos conceitos de planejamento estratégico e participativo. “O SGS atua em quatro dimensões: social, ambiental, financeira e corporativa e com valores e princípios que contemplam todas as esferas da empresa”, explicou.
Na análise do professor da Universidade de São Paulo (FEA/USP) que se dedica ao estudo do pioneirismo empresarial, Jacques Marcovitch, o prêmio é o mais conceituado do Brasil em práticas sustentáveis e, além de reconhecer os detentores dessas práticas, abre caminho para que as empresas mostrem seus projetos e troquem ideias.
“A questão central hoje é como é possível um país crescer ou uma empresa prosperar utilizando menos recursos naturais, emitindo menos gases causadores do efeito estufa, reduzindo o volume de dejetos e preservando a natureza. Essas companhias mostraram que isso é possível, são nove empresas brasileiras que dão o exemplo para o mundo em sustentabilidade”, destaca Marcovitch.
Caminhos a seguir
Para Margaret Groff, o prêmio mostra que Itaipu está no caminho certo. A executiva conta que o planejamento estratégico da empresa inclui a missão de até 2020 se consolidar como a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional.
“O objetivo é criar um ambiente de discussão interativo sob a perspectiva da sustentabilidade. O SGS tem em sua essência a preocupação com a formação e disseminação da cultura da sustentabilidade, dentro e fora da Itaipu”, avalia.
Premiação
O Prêmio ECO foi instituído pela Amcham em 1982 e foi pioneiro no reconhecimento de empresas que adotam práticas socialmente responsáveis, gerando uma reflexão sobre o desenvolvimento empresarial sustentável no Brasil. Ao todo, já mobilizou 2.211 companhias brasileiras e multinacionais, que inscreveram 2.698 projetos, 251 deles premiados.
Hélio Magalhães, presidente do Conselho de Administração da Amcham e presidente do Citibank no Brasil, lembrou o pioneirismo do Prêmio Eco. “Desde 1982, nos propomos a incentivar as empresas a buscar resultados econômico-financeiros com elevados padrões de ética, assumindo sua responsabilidade ao desenvolvimento da sociedade e operações com o menor impacto sobre o meio ambiente.”
Na categoria Produtos e Serviços, as campeãs foram as empresas Raízen, Rodia e Precom. Na categoria Processos, as vencedoras foram Itaipu Binacional, Beraça e Pontal. E, na categoria (Estratégia liderança e inovação para sustentabilidade (Elis), as premiadas foram AES Brasil, Precom e Tetrapak. A escolha dos vencedores foi feita por 63 jurados voluntários, sem vínculos com as empresa.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.