Foz do Iguaçu será base para o desenvolvimento de um programa de incentivo a datacenters em “regiões de relevância estratégica” do Brasil. Acordo foi publicado nesta segunda-feira (29), no Diário Oficial da União.
Um condomínio de datacenters será instalado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), para fomentar o desenvolvimento de serviços de tecnologia da informação, conteúdos digitais, aplicativos e datacenters em áreas de relevância estratégica do Brasil, onde se incluem as regiões de fronteira. O condomínio está previsto no acordo de cooperação entre o Ministério das Comunicações, a Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu-Brasil. O documento foi publicado nesta segunda-feira (29), no Diário Oficial da União.
O acordo de cooperação prevê a criação de um grupo de trabalho com representantes das três instituições, para desenvolver o Programa de Incentivo a Datacenters, que visa basicamente promover a adoção ampla de serviços de tecnologia da informação; estimular a ampliação da conectividade do Parque Tecnológico Itaipu; incentivar o desenvolvimento no Brasil de aplicativos e serviços em nuvem.
De acordo com o Ministério das Comunicações, a criação do condomínio de datacenters em Foz do Iguaçu permitirá desenvolver e formar recursos humanos, atrair empresas para a região e atender as demandas nacionais relacionadas à segurança na transmissão de dados. Contribuirá, também, para o desenvolvimento de Ciência, Tecnologia e Informação na região, para o estabelecimento de parcerias estratégicas e para o desenvolvimento de projetos sustentáveis no PTI, localizado dentro da usina, na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Próximos passos
Nos próximos dias, o Ministério das Comunicações e a Itaipu deverão indicar um gestor do acordo de cada uma das partes. O próximo passo será a apresentação de um plano de trabalho detalhando ações, metas, cronograma e recursos necessários para desenvolver o projeto.
Segundo o chefe da Assessoria de Informações, Carlos Roberto Sucha, articulador do projeto por Itaipu, pelo acordo de cooperação, a Binacional ficará responsável por criar o Programa de Incentivo a Datacenters, no Parque Tecnológico Itaipu; realizar estudos de viabilidade de energia elétrica para os projetos selecionados; e oferecer local físico para implantação dos datacenters no Parque Tecnológico Itaipu.
Já o ministério se compromete a buscar isenções e deduções fiscais para os datacenters, oferecer serviços de conectividade de alta capacidade para os projetos e também incentivar o desenvolvimento nacional de aplicativos e serviços em nuvem.
O acordo não prevê a transferência de recursos financeiros entre as partes, nem indenização. A vigência do acordo é de 60 meses, até 2019, podendo ser rompido a qualquer momento com antecedência de 30 dias.
Com o estímulo à implantação de datacenters no Brasil, o Ministério das Comunicações busca desenvolver o setor de tecnologia de informação e comunicação no Brasil. Centros de processamento de dados são as bases de dado dos provedores de serviços na internet.
O Ministério das Comunicações define datacenter como um “repositório centralizado, integrado a uma rede de telecomunicações, com objetivo de armazenar, gerenciar e disseminar dados e informações, que apoia ou aperfeiçoa o serviço de telecomunicações e se organiza em torno de estrutura específica - equipamentos e componentes de telecomunicações, sistemas de controle de ambientes e equipamentos de processamento e armazenamento de dados”.
Sobre Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.