Em 30 anos de geração, a usina acumula 2,2 bilhões de megawatts-hora (MWh).
A Itaipu Binacional chega ao final do ano com uma produção acumulada de 2,2 bilhões de megawatts-hora (MWh). Se a energia produzida por Itaipu pudesse ser armazenada, desde 1984, quando começou a operar, até hoje, esse volume seria suficiente para atender o consumo de energia elétrica de toda a Terra durante 37 dias.
Nenhuma outra usina produziu tanto. No ranking das 12 maiores geradoras do mundo, Itaipu apareceu em primeiro lugar em produção acumulada. A lista leva em consideração empreendimentos que começaram a operar até mesmo antes da brasileiro-paraguaia.
Um dos exemplos é a usina Grand Coulee, dos Estados Unidos, com início da geração em 1941. Sua produção acumulada chega este ano a 1,2 bilhão de MWh. No levantamento também aparece a usina de Três Gargantas, na China, que gera desde 2003 e acumula atualmente 0,8 bilhão de MWh.
Por ordem de produção, Itaipu aparece líder absoluta em primeiro lugar. Em segundo, aparece Guri, na Venezuela. Com geração iniciada em 1978, a venezuelana acumula 1,3 bilhão de MWh. Depois da americana Gran Coullee (1,2 bilhão de MW), vem a usina russa de Sayano, que opera desde 1978 e está com produção total de 0,93 bilhão de MWh.
Em quinto lugar, aparece a canadense Churchill Falls, que iniciou a operação em 1971 e produziu até agora 0,9 bilhão de MWh. Na sequência, vem a usina Bratsk, da Rússia, com entrada em operação em 1967, que produziu 0,8 bilhão de MWh, empatada com a chinesa Três Gargantas com 0,8 bilhão, na sexta posição.
A brasileira Tucuruí está em sétimo lugar do ranking. Com geração iniciada em 1984, já produziu 0,78 bilhão de MWh. Outra russa parece na lista, na oitava posição.
O nono lugar também é da Rússia. Ust-llimsk iniciou a operação em 1980 e produziu 0,76 bilhão de MWh. A décima é a canadense Robert-Burassa, que começou a gerar em 1979 e produziu 0,75 bilhão.
Na 11ª posição ficou a Krasmoyarsk, que entrou em operação em 1971, e acumula 0,7 bilhão de MWh. Fechando a lista, aparece a paquistanesa Tarbela, que iniciou a operação em 1976 e acumula uma produção de 0,41 bilhão.
Estratégica
Para o Brasil e o Paraguai, a produção de Itaipu é fundamental para a infraestrutura energética, para a integração e para o desenvolvimento dos dois países. Na última década, a usina de Itaipu produziu, em média, 92 milhões de megawatts-hora (MWh), volume muito superior à energia garantida, prevista no Tratado que deu origem à binacional: 75 milhões de MWh.
A produção acumulada e o mercado
Com essa produção acumulada de Itaipu, de 2,2 bilhões de MWh, seria possível abastecer a China, maior mercado consumidor de eletricidade do mundo, por cinco meses e nove dias; os Estados Unidos, por seis meses e 12 dias. O mercado brasileiro, por sua vez, teria energia por quatro anos e nove meses e 16 dias, enquanto seu parceiro no empreendimento, o Paraguai. seria atendido por 181 anos, três meses e 18 dias.
A Índia seria abastecida por dois anos, três meses e 25 dias. O Canadá seria atendido por quatro anos e seis dias. A Austrália, por nove anos e dois meses e 20 dias; a França, por quatro anos, seis meses e sete dias; a Alemanha, por três anos, oito meses e 22 dias.
Portugal seria iluminado por 43 anos, nove meses e oito dias. A Espanha teria energia para oito anos, quatro meses e dez dias. O Reino Unido seria abastecido por seis anos, três meses e nove dias. O Japão, por dois anos, dois meses e 25 dias.
Para a América Latina, os 2,223 bilhões significam energia para abastecer, por exemplo, a Argentina, por 17 anos, seis meses e nove dias. A Venezuela teria energia para 21 anos, quatro meses e 22 dias. Já o Chile seria suprido por 32 anos, dez me4ses e 25 dias.
No Brasil
A cidade de São Paulo seria suprida por 75 anos, quatro meses e 26 dias. Já o Rio de Janeiro por 121 anos e um mês. Curitiba teria energia elétrica para atender seu consumo por 459 anos, 11 meses e 17 dias. Foz do Iguaçu teria eletricidade por 4 mil e 227 anos, 1 mês e 21 dias, enquanto Londrina seria suprida com energia por 1.639 anos, oito meses e 23 dias.
Marco histórico
Em 2014, a Itaipu comemorou dois marcos importantes: os 40 anos de criação da entidade, em 17 de maio de 1974, e os 30 anos de geração, em 5 de maio de 1984. Efetivamente, a usina começou a gerar energia nove anos depois do início de suas obras.
Produção anual
Ao final de 2014, Itaipu deve chegar à produção anual de 87,8 milhões de MWh. Se levar em consideração a atipicidade do ano, a produção é muito boa. Em 2014, o País enfrentou um dos piores estresses hídricos de sua história. Já em 2013, a situação foi bem diferente. Com um cenário altamente positivo do ponto de vista hídrico e operacional, a usina gerou 98.630.035 MWh, quebrando seu próprio recorde mundial de produção de energia, que ocorreu em 2012, com a geração de 98.287.128 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior foi em 2008, quando Itaipu gerou 94.684.781 Mwh.
Eficiência quase 100%
Apesar de gerar menos do que em 2013, Itaipu atingiu em 2014 o melhor índice de eficiência operacional dos 30 anos, com 99,3%. Na prática, isso significa que a operação da usina, que tem o objetivo de maximizar a utilização da água (energia disponível), atendendo as demandas dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio, teve quase zero de perdas. Ou seja, da água que poderia ser turbinada, quase nada foi vertido em 2014. Tudo o que chegou de água turbinável foi usado na produção de energia.