Ato público no Núcleo Regional de Educação marca o início da greve. Movimento terá passeata no centro e recepção aos alunos nas escolas.
Os educadores da rede estadual de ensino aprovaram a greve da categoria, com início a partir de segunda-feira (09). A decisão unânime foi tomada neste sábado, durante a Assembleia Estadual, em Guarapuava, que contou com a presença de aproximadamente 10 mil servidores da educação, de diversas cidades do estado.
Além dos debates e encaminhamentos, o ato contou com dezenas de manifestações de repúdio ao Governador Beto Richa e sua equipe. Os educadores entendem que a atual gestão implantou o caos nas escolas, com a falta de repasses aos estabelecimentos de ensino, demissão de profissionais, diminuição de turmas e aumento do número de alunos nas salas de aula, atrasos e falta de pagamentos de benefícios dos trabalhadores, eliminação de programas e projetos educacionais e sucateamento de laboratórios e outras estruturas.
“Além de adotar sucessivas medidas que prejudicam a escola e os trabalhadores, o Governo do Paraná abandonou qualquer forma de diálogo e entendimento junto à categoria, praticamente, empurrando os trabalhadores da educação para a greve”, explica Fabiano Severino, presidente da APP-Sindicato/Foz.
PAUTA DA GREVE
Durante a assembleia, a categoria também definiu a pauta de reivindicação do movimento. Entre as reivindicações aprovadas, está a retirada ou a rejeição dos projetos de lei apresentados pelo governo esta semana. O primeiro promove o desmonte dos planos de carreiras dos professores e funcionários de escola, atingindo inclusive os servidores temporários (PSSs). A outra proposta altera a previdência dos servidores estaduais, restringindo direitos e autorizando o governo a utilizar o fundo previdenciário para o pagamento de dívidas do estado.
As reivindicações dos servidores incluem também: pagamento imediato dos salários em atraso (PSSs, 1/3 de férias, auxílio alimentação e conveniadas), retomada das negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar, retomada do Porte das Escolas tendo como referência mínima dezembro de 2014, retomada imediata dos projetos educacionais e programas, abertura e reabertura de turmas/matrículas, contra a superlotação das salas de aulas, nomeação de todos os professores e pedagogos concursados e não apenas os 4.503, como fez o governo, excluindo do chamamento cerca de 1.000 pedagogos.
“A nossa pauta abrange temas educacionais e da organização escolar, para retomarmos as discussões que conduzam à melhoria da qualidade da educação para a população. A outra parte da pauta exige a reposição dos direitos dos trabalhadores, como o pagamento de benefícios em atraso e a manutenção de conquistas históricas, como o plano de carreiras e a aposentadoria da categoria”, explica Mirian Takahashi, secretária de comunicação da APP-Sindicato/Foz.
ATO PÚBLICO EM FOZ DO IGUAÇU
Em Foz do Iguaçu e Região, o movimento organizado pelo sindicato terá início nas escolas, a partir das 07:30 horas, com recepção aos alunos. Durante os encontros, serão apresentados aos estudantes os motivos que levaram a categoria a greve e as principais exigências dos educadores.
O ato público da categoria acontece em frente ao Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE), às 09:30 horas, seguido de passeata pelas ruas centrais da cidade, até o local do acampamento da paralisação, na Praça do Mitre.
Foto 1: Marcos Labanca
Foto 2: Arquivo APP-Estadual
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