Metodologia do Instituto Life avalia a eficiência do sistema de gestão ambiental da empresa e as ações para a conservação da biodiversidade.
Fotos: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional - Uma semana após conquistar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o prêmio Água para a Vida 2015, categoria “Melhores práticas em gestão da água”, a Itaipu Binacional recebeu nesta terça-feira (7), em Foz do Iguaçu (PR), a Certificação Life, metodologia que avalia a eficiência do sistema de gestão ambiental da empresa e as ações para a conservação da biodiversidade.
A entrega foi feita pelo vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Life, Clovis Borges, ao diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e ao diretor de Coordenação, Nelton Friedrich. Também estavam presentes a diretora executiva do Instituto Life, Maria Alice Alexandre, e a gerente executiva da Tecpar Certificações, Tânia Mello de Carvalho.
A cerimônia ocorreu no Auditório Integração, durante o ciclo de palestras Diálogos Sustentáveis, promovido pelo Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS) de Itaipu – com transmissão por videoconferência para o escritório de Curitiba. Samek e Friedrich aproveitaram o encontro para apresentar ao corpo gerencial de Itaipu o troféu e o certificado recebidos em Nova York, no último dia 30.
Clovis Borges explicou que o Instituto Life foi fundado em 2009, em Curitiba, e Itaipu é a terceira empresa do País a receber a certificação. Segundo ele, embora o assunto sustentabilidade esteja presente no cotidiano de muitas empresas, não existe no mercado metodologia semelhante para certificar ações de conservação do patrimônio natural.
“Criamos uma métrica para ações de conservação que voluntariamente as empresas estejam fazendo em prol da conservação da natureza. E é isso que Itaipu demonstrou, com uma pauta séria e consistente de ações adicionais e voluntárias na área de conservação”, explicou.
Ainda segundo ele, o padrão atual das empresas é olhar “para dentro”, esquecendo-se que a degradação do patrimônio natural oferece riscos inclusive para os negócios. “Se nós não nos importarmos com o que acontece no nosso entorno, não teremos controle sobre o que pode ser o nosso futuro e o futuro dos negócios. E o nosso entorno envolve áreas naturais”, reforçou.
Jorge Samek defendeu que a construção de um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade, hoje liderado por Itaipu na região Oeste do Paraná, por meio do Programa Cultivando Água Boa (CAB), e reconhecido pela ONU e pelo Instituto Life, só é possível graças a um conjunto de parcerias.
“São prefeituras, órgãos de pesquisa, universidades, cooperativas, agricultores, escolas, merendeiras. Ou seja, uma somatória de coisas boas que estão mostrando ao mundo que é possível produzir e, ao mesmo tempo, preservar. Produzir e gerar emprego, renda, oportunidade de trabalho, sempre com um enorme respeito ao meio ambiente”, disse.
Friedrich salientou que a escolha de Itaipu para o prêmio da ONU foi feita por uma comissão internacional de altíssimo nível – e por unanimidade, com a indicação de replicar as ações socioambientais em outros países. “Essa é uma experiência brasileira, comungada pela binacionalidade. E chega num momento muito significativo, que é a década da água.”
Diálogos sustentáveis
No ciclo de diálogos, o jornalista Ricardo Voltolini, diretor da consultoria Ideia Sustentável, apresentou a palestra “Liderança sustentável”, com perfis de líderes com trabalhos de referência na área de sustentabilidade – entre eles, o próprio Jorge Samek.
Acompanharam a apresentação os diretores técnico executivo, Airton Dipp, e administrativo, Edésio Passos, o coordenador do SGS, Herlon Goelzer de Almeida, superintendentes, gerentes, gestores e coordenadores de projetos do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.