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Desenvolvimento regional integrado é realidade no oeste do PR
  Data/Hora: 24.abr.2015 - 11h 57 - Categoria: Geral  
 
 

Programa Oeste em Desenvolvimento pensa a região de forma ampla e ousada; maio e junho já têm ações planejadas de encontros, workshops e eventos

 

Lançado oficialmente em agosto do ano passado, o Programa de Desenvolvimento Econômico do Território Oeste do Paraná, o Oeste em Desenvolvimento, vem ganhando forças a cada ação e atividade que executa. O grande segredo do sucesso da proposta é a união de esforços entre entidades de fomento ao empreendedorismo e desenvolvimento regional que trabalham em sinergia, mesmo que cada uma em seu campo de atuação e focadas em suas especialidades.

 

De acordo com o presidente do Oeste em Desenvolvimento, Mario Costenaro, a interação entre essas instituições permitiu que fosse formado um programa integrador. “Em meados de 2012, percebemos que muitos eram os esforços para o desenvolvimento regional, porém, isolados. Cada entidade tinha uma forma de trabalhar, de acordo com sua função social. Foi então que pensamos, juntos, em unir atitudes e trabalhar com sinergia um programa coletivo e participativo de desenvolvimento”, explica.

 

Foram dois anos de articulação até que um grupo composto por representantes do Sebrae/PR, da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar), da Itaipu Binacional e do Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) foi criado para coordenar as ações e propor assuntos ao chamado Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território Oeste do PR, que é a instância que debate e delibera as diretrizes estratégicas do Programa, da qual fazem parte outras inúmeras instituições.

 

“Também entram nas discussões sobre o desenvolvimento econômico da região atores locais, como universidades, associações empresarias, entidades de classe, prefeituras e cooperativas. Somente com o apoio de todo esse efetivo é que estamos conseguindo pensar o oeste de forma ampla e mais ousada tendo em vista, sempre, a ideia de território ao qual pertencemos. Acreditamos que a sinergia leva ao planejamento de ações integradas e estruturadas de desenvolvimento”, complementa Mario Costenaro.

 

Para programar o desenvolvimento econômico da região, o Programa Oeste em Desenvolvimento utilizou-se de uma pesquisa, iniciada pelo Sebrae/PR, Itaipu Binacional e Fundação PTI,  sobre o ambiente econômico regional. “Com esse estudo foi possível analisar algumas cadeias produtivas da região que são propulsoras, ou seja, que podem chamar recursos de fora para dentro do oeste. Assim, traçamos nosso planejamento com ações nessas áreas produtivas e alguns eixos estruturantes, os quais dão suporte ao desenvolvimento nas cadeias produtivas”, ressalta o presidente do Oeste em Desenvolvimento.

 

Pioneirismo

 

Segundo o gerente regional do Sebrae/PR no oeste, Orestes Hotz, não há conhecimento de um projeto de desenvolvimento regional da amplitude do Oeste em Desenvolvimento no Brasil. “Como programa estruturado é o primeiro que se tem conhecimento. Fora do Brasil, um dos modelos que estamos estudando é o que acontece no País Basco (um território entre a Espanha e a França onde vivem os bascos), com ações da Garapen, uma agência de desenvolvimento do território”, relata.

 

Para Orestes Hotz, a estratégia de desenvolvimento integrado do oeste do Paraná é uma maneira sólida de se alcançar competitividade econômica. “A ideia é diminuir as dificuldades naquilo que ainda não somos tão bons, mas há potencial de crescimento; e melhorar naquilo que já somos bons, ou seja, nas nossas vocações. Tudo isso de maneira planejada e integrada com as diferentes forças institucionais regionais que já atuam no território. Isso fará a diferença no desenvolvimento do oeste”, analisa.

 

Câmaras Técnicas

 

Com base no levantamento das potencialidades regionais, foram encontradas vocações prioritárias em cadeias produtivas e propulsoras economicamente: a de proteína animal, que se subdivide em frango, leite, peixe e suíno; a agroalimentar; a material de transporte; e a cadeia produtiva turismo. Para cada uma delas foram criados grupos de estudo e discussões formados por representantes de entidades e empresas da região, chamados, no Programa Oeste de Desenvolvimento, de Câmaras Técnicas.

 

São esses grupos que, por meio de encontros promovidos pelo Programa, discutem as dificuldades, gargalos e perspectivas de melhoria e desenvolvimento da cadeia produtiva e sugerem ao Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território Oeste do PR ações a serem implementadas para melhorar o ambiente produtivo dos negócios do setor. Nisso, há a formatação dos Planos das Cadeias Produtivas.

 

“Começamos pelas câmaras técnicas de proteína animal e, para as demais, a previsão é que sejam formadas até 2016. A fase atual é de análise de dados para dar sequência aos trabalhos de elaboração dos Planos das Cadeias Produtivas. Para isso, quatro encontros já estão programados para o mês de maio: sobre a cadeia produtiva do leite, no dia 12, em Cascavel; de peixe, no dia 14, em Maripá; de suíno, no dia 19, em Marechal Cândido Rondon; e de frango, no dia 21, em Matelândia”, esclarece o consultor do Sebrae/PR, Augusto Cesar Stein.

 

Eixos estruturantes

 

Para que as cadeias produtivas possam se desenvolver, algumas condições foram estabelecidas como prioritárias para auxiliar a criar um ambiente positivo. A essas categorias deu-se o nome de Eixos Estruturantes do Programa Oeste em Desenvolvimento. “Os eixos são: capital social e cooperação; pesquisa e desenvolvimento; infraestrutura e logística; crédito e fomento; e energias renováveis. Esta última foi a primeira a ser trabalhada, aproveitando o momento oportuno da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no final de 2014, que abordou o tema”, lembra Augusto Stein.

 

Na avaliação de Mario Costenaro, presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, o eixo estruturante de energias renováveis foi tão oportuno que coube, até, a criação de uma Câmara Técnica individual. “Pensando em biogás, por exemplo, uma das discussões dentro do eixo de energias renováveis, estamos um passo à frente em relação a sustentabilidade, ao desenvolvimento sustentável para que o crescimento das cadeias produtivas não prejudique o meio ambiente”, sinaliza.

 

A Câmara Técnica de Energias Renováveis foi criada em outubro de 2014 e realizou o seu primeiro encontro para estudos e discussões no dia 31 de março. O segundo encontro, conforme argumenta Augusto Stein, do Sebrae/PR, está marcado para o próximo dia 6 de maio em Cascavel. Já no mês de julho, está marcado o Workshop de Validação da 1ª Etapa das Câmaras Técnicas da Proteína Animal, também em Cascavel.

 

O Programa Oeste em Desenvolvimento também é correalizador do Interleite Sul 2015, que acontece nos dias 18 e 19 de junho em Foz do Iguaçu. Toda a programação faz parte do cronograma planejado para o desenvolvimento das cadeias produtivas e fomento aos eixos estruturantes do Programa. Mais informações podem ser acessadas no site do Programa (www.oesteemdesenvolvimento.com.br).

 
 

 

 

 
 
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