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Itaipu assina acordo para desenvolver protótipo de bateria de lítio nacional
  Data/Hora: 29.mai.2015 - 5h 5 - Categoria: Itaipu Binacional  
 
 
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Protótipo poderá ficar pronto em dois anos prevê parceiros. Acordo envolve Itaipu, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e empresa inglesa Mira.

 

Fotos: Rubens Flaulini/Itaipu Binacional - Em apenas dois anos, o Brasil já terá condições de produzir a primeira bateria de íons de lítio com tecnologia nacional. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28), em Foz do Iguaçu (PR), pela diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, durante a assinatura de um acordo de cooperação global entre a Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e a empresa inglesa Mira Limited, uma das mais importantes consultorias mundiais do ramo de pesquisa de veículos híbridos e elétricos.

 

 

Também participaram da cerimônia, no Edifício das Águas, na usina, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o diretor-geral da Mira do Brasil, Armando Canales, e o diretor-superintendente da FPTI, Juan Carlos Sotuyo.

 

A parceria tem como objetivo final a instalação, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), de um centro de excelência para pesquisa de bateria de lítio, inédito no Brasil. Inicialmente, já a partir da assinatura, nos primeiros três meses, serão feitos estudos de prospecção junto à indústria nacional, para definição do modelo de bateria que será adotado.

 

Produção em escala pela indústria

Escolhido o modelo, a parceria desenvolverá o primeiro protótipo, que poderá ser levado para produção em escala pela indústria nacional. “Hoje a bateria de lítio é usada principalmente em veículos e nas telecomunicações. Queremos desenvolver aqui no PTI uma bateria escalável, que poderá ser utilizada tanto em veículos elétricos como em sistemas de armazenamento de energia”, antecipou Margaret Groff.

 

Outra proposta é criar no País uma rede de serviços de alta complexidade na área de bateria. “Porque hoje, se você compra uma bateria [de lítio] no exterior, muitas vezes tem que mandar esse produto para fazer manutenção fora do Brasil. Queremos prestar esses serviços aqui, e não no exterior”, reforçou.

 

Outros modelos já em andamento

A diretora financeira lembrou ainda que Itaipu já desenvolve estudos com outros modelos de bateria – como as de sódio e de chumbo-ácido, também para aplicação em veículos elétricos e em sistemas de armazenamento. “Agora, com a bateria de lítio, estamos escalando alguns degraus nesse desenvolvimento tecnológico.”

 

Pioneirismo permitiu parceria

Para Armando Canales, a aproximação da Mira com Itaipu foi natural. “Achamos que trabalhar em conjunto com Itaipu e o PTI, que são pioneiros no Brasil no desenvolvimento de veículos elétricos e híbridos, e também na área de armazenamento de energia, representa o perfeito casamento de competências para a criação desse centro de excelências”.

 

Jorge Samek disse que essa parceria representa um passo importante para a região, que está se tornando um celeiro de tecnologia com gente capacitada em todas áreas “Isso comprova que os recentes investimentos no Oeste do Paraná, especialmente em universidades e centros de pesquisa, já começam a apresentar resultados importantes”, afirmou. Segundo ele, a parceria com a Mira, uma gigante da tecnologia, faz parte desse processo. “Se o mundo é global, nossa cabeça também tem que ser global”, comentou.

 

Pesquisas de Itaipu

Há mais de um ano, Itaipu desenvolve o Programa de Mobilidade Inteligente (Mob-i). Além de carros elétricos (28 no total, em Curitiba, Brasília e Foz do Iguaçu), o Mob-i conta com postos para abastecimento (os eletropostos) e utiliza a plataforma Mobi.me, aplicativo que fornece em tempo real indicadores como o dinheiro poupado em abastecimento, o CO2 que deixou de ser emitido na atmosfera e o número de quilômetros rodados.

 

Desde 2006, a empresa também lidera, em parceria com várias companhias do Brasil e do exterior, o Programa Veículo Elétrico (VE).  Neste período, já montou mais de 80 protótipos elétricos, a metade incorporada à própria frota e o restante destinado para os parceiros do programa.

 

As linhas do VE incluem carros de passeio, caminhão, utilitário, ônibus e até um avião, todos equipados com motor elétrico.

 

A empresa ainda mantém uma oficina para montagem dos compactos elétricos modelo Twizy, em parceria com a Renault, e trabalha no projeto da bateria de sódio nacional, com recursos da Finep e parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Outro projeto é na área de armazenamento de energia, em conjunto com o Exército brasileiro.

 

Mira

A Mira foi criada pelo governo britânico em 1946 para ser referência na área de pesquisa e desenvolvimento de sistemas para veículos e atua como uma empresa privada sem fins lucrativos desde 1976. Ela desenvolve trens de força (motor e transmissão), sistemas de baterias e faz a integração de sistemas em veículos híbridos e elétricos, contando com uma das mais modernas pistas de testes do mundo e laboratórios avançados.

 

A empresa tem participação em mais de 18 projetos de veículos híbridos e elétricos e conta, entre seus clientes, com os principais players do setor. A Mira é responsável, entre outras iniciativas, pelos veículos não tripulados – dirigidos somente por câmaras e sensores – que estão circulando no Reino Unido este ano, em caráter experimental.

 

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

 
 

 

 

 
 
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