Presidente da Infraero, Gustavo do Vale, prevê que as obras possam começar já no segundo semestre de 2016
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que já no começo do segundo semestre de 2016 devem ter início as obras da nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Ele fez essa previsão ao receber na manhã desta quinta-feira (11), em Brasília, os projetos de engenharia da nova pista, elaborados pelo Fundo Iguaçu, juntamente com os estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) do empreendimento e o levantamento topográfico do sítio aeroportuário, assim como os projetos de terraplenagem, geométrico, drenagem, elétrico e balizamento do novo sistema de pistas.
Os documentos foram entregues pelo presidente do Fundo Iguaçu e superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Gilmar Piolla, que estava acompanhado da procuradora do município, Letizia Jimenez Abbate Fiala, e do empresário Guilherme Paulus. Além de Gustavo do Vale, participaram da reunião os demais diretores da Infraero e também técnicos da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. À tarde, Piolla e Guilherme Paulus estiveram no Palácio Jaburu, onde foram recebidos pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e também pelo presidente da República em exercício, Michel Temer.
O projeto da nova pista tem custo estimado de R$ 276 milhões, mais as desapropriações – calculadas em cerca de R$ 15 milhões. Os recursos devem provir do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), segundo o presidente da Infraero. Em contato com o ministro Eliseu Padilha, Piolla e Paulus também conversaram sobre a possibilidade de o governo federal incluir o aeroporto de Foz do Iguaçu no programa de concessões, para possibilitar uma Parceria Público-Privada (PPP).
Bom exemplo
O presidente da Infraero, ao receber o projeto, elogiou a iniciativa de Foz do Iguaçu, considerando ser “um exemplo de como a comunidade pode, junto com a Infraero, projetar aeroportos, dentro do conceito ‘bom para a Infraero, melhor para a comunidade’”. Ele disse que a Infraero, a partir de agora, vai aprovar o orçamento, buscar os recursos e dar início às obras, num prazo que ele calcula em cerca de um ano.
Gustavo do Vale disse que a nova pista se justifica por três razões principais: permitir o aumento do tráfego, já que o Aeroporto de Foz do Iguaçu é um dos que mais crescem no Brasil, tanto pela movimentação de turistas quanto por sua localização; por questão de segurança (“com duas pistas, o aeroporto é mais seguro em todos os aspectos”); e para que o aeroporto “não fique refém de uma pista só”. Ele lembrou que o aeroporto de Campinas, em 2012, ficou fechado por três dias, porque um avião cargueiro ficou preso na única pista, prejudicando mais de 500 mil pessoas. “A meta é ter duas pistas em todos os nossos aeroportos”, completou.
Pelo projeto do Fundo Iguaçu, a nova pista do aeroporto será paralela à atual e terá 3 mil metros de extensão por 45 metros de largura. Com a nova pista, o aeroporto, que já neste ano deve superar 2 milhões de passageiros - novo recorde histórico -, aumentará sua capacidade para receber entre 4 e 6 milhões de passageiros anualmente. A pista atual ficará como taxiway. Com a ampliação, o aeroporto “poderá atender sua vocação internacional, tornando-se um hub do Mercosul e dos países andinos, com voos diretos para a Europa, Estados Unidos e Caribe", segundo Piolla.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.