Adesão ocorreu nesta terça-feira (25), em Cascavel, durante o Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território do Oeste do Paraná.
Fotos: Adenezio Zanella / Itaipu Binacional - As dez principais cooperativas agropecuárias da região acabam de aderir ao Programa Oeste em Desenvolvimento. Juntas, estas cooperativas representam 48% do Produto Interno Bruto (PIB) do cooperativismo paranaense e 50% dos postos de trabalho regional. De acordo com um levantamento, das 12 maiores cooperativas do Brasil, nove estão no Estado e seis delas na região Oeste. A adesão ocorreu nesta terça-feira, 25, em Cascavel.
O termo de compromisso foi assinado durante o “Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território do Oeste do Paraná”, no Teatro Municipal de Cascavel. No mesmo evento também houve o lançamento do Sistema de Informações Territoriais (SIT-Oeste), ferramenta que ajudará na elaboração do planejamento das instituições e prefeituras, e foi apresentado o perfil econômico da região.
Mais de 500 pessoas, entre empresários, produtores, presidentes de cooperativas, representantes de entidades de classe e do setor público participaram do evento, que também marca um ano do Programa Oeste em Desenvolvimento. Com as novas adesões, a iniciativa reúne agora 30 parceiros, entre eles a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Juntas, essas instituições trabalharão de forma integrada para alavancar a economia dos 54 municípios da região.
O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, comemorou as novas parcerias. “Essas adesões nos deixam mais fortes e encorajados de que estamos no caminho certo, mas também com mais responsabilidades”, avaliou.
Dos 10 novos parceiros, sete são cooperativas agroindustriais. O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, disse que as cooperativas aderiram ao Programa por acreditar na proposta do Oeste em Desenvolvimento. “Hoje somos fortes, mas acredito que juntos poderemos ser ainda mais. Daqui para a frente andaremos juntos e pensaremos juntos em estratégias para fomentar ainda mais a economia deste território”, disse.
Segundo Grolli, as 10 cooperativas do Oeste têm uma receita anual de R$ 50 bilhões, o que representa cerca de 50% do faturamento de todas as cooperativas do Paraná. Essas associações reúnem 40 mil produtores e geram 35 mil empregos diretos. “Uma pesquisa da Revista Exame revelou que, das 12 maiores cooperativas do Brasil, seis estão na nossa região”, disse.
Comprometimento
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, fez uma analogia entre o programa e o corpo humano. “Assim como um corpo humano, em que cada órgão tem uma função, cada um dos 30 parceiros do Oeste em Desenvolvimento é fundamental para o funcionamento deste conjunto. Juntos, transformaremos o Oeste no melhor pedaço de chão do Brasil para se viver.” Segundo ele, o programa já avançou, mas é preciso ainda percorrer um grande caminho.
Samek lembrou que, até pouco tempo, os jovens da região precisavam ir à capital para estudar, enquanto hoje "já temos aqui mais de 50 mil acadêmicos" “Antes saíamos daqui para estudar fora, agora recebemos estudantes", disse. Para o diretor de Itaipu, essa mudança é positiva, mas requer comprometimento e união para garantir a pujança da região.
Para o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Micheletto, esse modelo de trabalho pode e deve ser replicado em todas as regiões do Brasil. “Essa sinergia é um ato de nobreza. Com esta união, que integra desde os pequenos produtores até as grande cooperativas, passando por instituições como a Itaipu Binacional, o céu é o limite.”
O diretor de operações do Sebrae, José Gava Netto, completou: “Essa unidade é o grande diferencial do Oeste. São pessoas querendo promover o desenvolvimento”.
Informações
O Sistema de Informações Territoriais (SIT-Oeste), lançado durante o Fórum, é uma ferramenta que ajudará na elaboração do planejamento das instituições e prefeituras. No SIT-Oeste é possível encontrar 1,5 milhão de dados sobre áreas física, econômica e administrativa, dos 54 municípios do Oeste, desde a década de 80.
O sistema é resultado de convênio entre a FPTI-BR e Sebrae/PR, desenvolvido pelo Centro Internacional de Hidroinformática (CIH). As informações estão disponíveis no site: www.hidroinformatica.org/indicadores.
O Oeste em Desenvolvimento entregou durante o fórum, ainda, o Perfil Econômico da Região, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O documento faz um balanço de todas as potencialidades do Oeste e sua importância para o Estado.
O Programa
Lançado em agosto de 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento reúne mais de 30 instituições, entre elas Itaipu, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Sebrae-PR, Ocepar, Caciopar, Amop, Emater e Fiep.
O primeiro passo foi fazer um diagnóstico econômico territorial para conhecer de perto o Oeste, com suas dificuldades e potencialidades. As atividades são divididas em cinco eixos: Infraestrutura e Logística, Pesquisa e Desenvolvimento, Crédito e Fomento, Capital Social e Cooperação, e Energias Limpas e renováveis.
Segundo Mário Costenaro, o Programa é uma ação apartidária, sem vaidades, sem dono, mas de exercício da cidadania. “Nosso único objetivo é trabalhar com sinergia para fortalecer a economia desta região e assim garantir qualidade de vida à população”, disse.
Por meio de um debate organizado e com foco na integração, a meta do programa é buscar alternativas para impulsionar a economia da região, onde vive uma população de 1,3 milhão de habitantes.
Um dos resultados práticos deste primeiro ano foi o lançamento do programa Oeste Compra Oeste, cujo objetivo é estimular a aquisição de bens e serviços entre empresas e instituições do território.
Mais informações podem ser obtidas no site do programa (http://www.oesteemdesenvolvimento.com.br/).
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.