Fonte: Tribuna da Imprensa - Iluska Lopes
Foto: Uma mulher síria conforta seus filhos após a sua casa na vizinhança de Sahour, norte de Aleppo, ser bombardeada em maio do ano passado, essa rotina desumana segue de forma implacável até hoje, sem perspectiva de terminar. Crédito: Zein Al- Rifai/AFP.
Segundo foi divulgado ontem, sexta-feira, por diversas agências internacionais o casal, José Mujica e Lucia Topolansky, comunicaram aos canais competentes, junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que receberá 100 crianças que tenham ficado órfãs em consequência da guerra no Oriente Médio.
O ex-presidente do Uruguai e líder da esquerda latino-americana, José Mujica vive em um sítio nos arredores de Montevidéo. Mora em uma casa simples, mas espaçosa, com a mulher, a senadora Lucia Topolansky.
A casa de Lucia e Pepe situa-se “de frente para a um rio, e está rodeada por um prado verdejante”, como a descrevem. Neste cenário, segundo Mujica, as crianças serão bem vindas para viver, estudar e crescer, a partir do final deste mês, segundo previsão da ACNUR. Foram também convidados um parente de cada menor abrigado, um tio, um primo, um irmão.
O ex-presidente, estuda junto ao governo uruguaio um número exato de imigrantes, uma vez que seu país concordou na cobertura das despesas para o sustento do grupo.
Mais de 2 milhões de sírios têm fugido do país desde que, em março de 2011, teve início a guerra civil na região. Turquia, Jordânia e Líbano, países vizinhos, têm recebido o maior número de refugiados. Mais de 1 milhão no Líbano, cerca de 600 mil na Jordânia e 700 mil na Turquia. Alemanha e Brasil concederam, respectivamente, 10 e 2 mil vistos de imigração, até hoje.
Inicialmente, Mujica pensou em consultar o povo uruguaio sobre a admissão de imigrantes. Mas, devido à urgência, conversou com a esposa e ambos concordaram com o convite, de imediato, para os refugiados.
Corveta da Marinha resgata imigrantes no Mar Mediterrâneo
Duzentos e vinte imigrantes foram resgatados na tarde de ontem (4), no Mar Mediterrâneo, pela corveta Barroso da Marinha do Brasil, segundo informou o Ministério da Defesa em nota publicada em seu site.
O navio brasileiro navegava com destino a Beirute (cumprindo outra missão humanitária), no Líbano, quando recebeu um alerta do Centro de Busca e Salvamento Marítimo italiano sobre a existência de uma embarcação com risco de afundar, tendo a bordo imigrantes que iam para a Europa.
* Com informações do Correio do Brasil e agências internacionais.