No começo da tarde desta quarta-feira (16), a Itaipu e representantes dos sindicatos se reuniram para discutir uma lista de serviços essenciais que serão garantidos durante a paralisação promovida pelo Sinefi, Sindepel, Sinaep e Senge. Os turnos da operação da usina, segurança empresarial, bombeiros, veterinários e tratadores do Refúgio Bela Vista deverão ser mantidos. Não há prejuízo para o setor de energia. As visitas turísticas estão suspensas temporariamente. Nenhum incidente foi registrado.
Por causa do movimento, não foi permitido o ingresso dos alunos dos cursos da Unioeste e da Unila sediados na usina, assim como o de empregados da Fundação Parque Tecnológico (FPTI) e de prestadores de serviços. A informação é que, ainda nesta noite, o sindicato avaliaria se vai permitir o acesso de terceiros na usina, como estudantes e fornecedores, a partir desta quinta-feira (17). Nesta data, também está prevista uma nova rodada de negociações entre o sindicato e a Itaipu, às 9h.
A greve foi deflagrada pelos sindicatos Sinefi, Sindepel e Sinaep desde a zero hora desta quarta-feira (16). O Senge aderiu na sequência. A reinvindicação é pela paridade salarial com os empregados da margem direita (paraguaios). Os sindicatos não concordaram com a proposta da Itaipu.
A empresa esclarece que sempre esteve aberta ao diálogo e à negociação com os sindicatos, mas reconhece e respeita o direito de greve, assegurado pela Constituição Federal e previsto na Lei 7.783/89.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.