Neste segundo semestre, uma diversidade de produções e exibições cinematográficas, realizada pela comunidade acadêmica da UNILA, amplia em Foz do Iguaçu o debate sobre temas diversos, a partir da sétima arte.
Estudantes do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade têm trabalhado em documentários, ficções e projetos televisivos, marcados pela pluralidade temática e cultural. Até o final do ano, também acontece um conjunto de exibições audiovisuais, gratuitas e abertas ao público, por meio de projetos e ciclo de debate da Universidade.
Até o início de dezembro, o projeto de extensão Cinelatino, em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo da UNILA, realiza a 1ª Mostra Território, Identidade e Conflito, com exibição de filmes e debates. No total, serão seis sessões, com filmes latino-americanos que trazem referências sobre conflitos e identidades territoriais, culturas e territorialidades. A iniciativa acontece sempre às segundas-feiras, às 18h30, na Sala Negra da UNILA Centro, que fica na Alameda Rui Ferreira, 164-B. (Confira aqui a programação completa)
Nos meses de outubro e novembro também acontece o Cinedebate “Vale un Potosí – Ciclo de discussões sobre o extrativismo”. A iniciativa visa criar um espaço de discussão e visibilidade sobre essa problemática, diante do avanço do capital, por meio de megaprojetos em território latino-americano. As lutas populares e resistências também serão temas de debate. Na primeira sessão, será exibido o filme “Choropampa: el precio del oro”, no próximo sábado (31), às 18h30, na Sala Negra 2, da UNILA Centro.
Produções audiovisuais
Nas produções audiovisuais da comunidade acadêmica da UNILA, um caminho alternativo tem sido traçado pelos estudantes do curso de Cinema e Audiovisual: o financiamento coletivo. O curta “Putta”, com direção e roteiro da aluna Lílian Alcântara, alcançou a meta de arrecadação e o projeto está em fase de montagem. O filme vai contar a história de três prostitutas - suas vidas e seus cotidianos -, construindo uma nova percepção sobre essas mulheres que se dedicam ao trabalho sexual.
Outra produção realizada pelos acadêmicos, que está fase de captação de recursos, é “Tejiendo el tiempo (Tecendo o tempo”), curta-metragem de ficção inspirado na obra literária “El ovillo (O novelo), da escritora paraguaia Renée Ferrer. O filme envolve a problemática da mulher, no papel de mãe e esposa, e o perigo da invisibilidade e do silenciamento da voz feminina. (Clique aqui para contribuir e saber mais sobre o filme)
Já o estudante João Paulo Pugin realiza um projeto que está desenvolvendo uma plataforma virtual de memória e preservação da produção audiovisual da UNILA. “Muitos desses projetos fazem parte dos trabalhos de conclusão do curso de Cinema e Audiovisual, da primeira turma de formandos. Além da reflexão teórica, exige-se, ainda, um trabalho prático, que os alunos estão realizando por meio de documentários, ficções e outras produções audiovisuais”, explica a coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual, Francieli Rebelatto.
Ela conta que também está em andamento um projeto de coprodução de um curta, com alunos da Universidad Nacional de Misiones, além de projetos de conteúdos televisivos. As produções dos estudantes marcam presença, ainda, em festivais de cinema, como o 2º Festival de Curtas de Toledo, que começou no último domingo (25) e vai até o dia 1º de novembro, com participação de cerca de 30 acadêmicos do curso.