Durante a audiência pública hoje (11) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi questionado por diversos senadores sobre a condução da diplomacia brasileira na crise paraguaia. O senador Sérgio Souza (PMDB-PR), co-autor do requerimento que solicitou a presença de Patriota, mostrou-se preocupado com a situação dos brasileiros que vivem na região, principalmente na fronteira com o Paraná.
Um dos pontos mais polêmicos da audiência foi a posição do Brasil de suspender o Paraguai do Mercosul e aprovar o ingresso da Venezuela. Patriota disse que essas decisões foram uma resposta coletiva dos países integrantes do Mercosul ao que classificou de ruptura democrática presente no processo que resultou no impeachment do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em 22 de junho.
Quanto ao rito que permitiu a saída de Lugo em tão pouco tempo (24 horas), o senador Sérgio Souza comentou que a Constituição paraguaia, como a brasileira, não prevê o rito a ser seguido em casos de impeachment do presidente. Em sua opinião, o Brasil poderia discutir esse rito, que seria um problema do Parlamento daquele país, mas não deixar de reconhecer o atual presidente, que era o vice de Lugo e, portanto, seu sucessor no caso de afastamento.
Sérgio Souza integra comissão externa do Senado para acompanhar a situação dos brasiguaios e comunicou que em breve fará visita ao Paraguai, onde participará de exposições do setor rural.
Assessoria com Agência Senado