Ao sentar na cadeira do Legislativo Municipal, o presidente interino Elton Somavila, já mostrou as garras e fez questão de demonstrar a todos que a sua missão é estar a serviço do Executivo Municipal.
Sua primeira recomendação, antes mesmo de iniciar a pauta do dia foi tentar intimidar as principais lideranças dos funcionários públicos que lá estavam pedindo a eles para não aprovar o Projeto de Lei 21/2016 que visa modificar o artigo 32 do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais.
“Quero lembrar a todos que de acordo com o nosso regimento interno é proibido qualquer tipo de manifestação durante a sessão”, lembrou. Mas não adiantou, assim que começou a ler o primeiro Projeto a ser votado, justamente o 21, cerca de 80% dos que estavam assistindo a sessão levantaram uma plaquinha solicitando aos mesmos que votassem contra o referido Projeto.
Mesmo assim, não adiantou e por 5x2 essa aberração foi aprovada. Votaram a favor os vereadores Marcos Murbach, Francisco Machado Motta, Edson Ferreira e Inésio Civiero. Votaram contra os vereadores Raulique Farias e Nilton Wenrke.
Ao tentar justificar o seu voto, a vereadora Cleonice Maldaner, deve ter se arrependido de fazer uso da palavra. Mesmo com a proibição do presidente de que ninguém podia se manifestar, a sua voz foi sufocada pela indignação dos servidores. “Quem trabalha direito não tem o que temer com a aprovação dessa Lei”, disse ela, como se ela mesma não soubesse com que tipo de gente está no comando dessa Administração.
Esqueceu a nobre Vereadora que não faz muito tempo, ela mesma usou da Tribuna para denunciar e deixar registrado nos anais daquela Casa de Leis de que ficou “cerca de um ano e meio sem poder sair de casa a noite porque estava sendo ameaçada de morte e corria risco de vida”.
Dizendo-se pensar totalmente contrário ao ponto de vista da vereadora Cleonice, o Vereador Raulique, deixou claro a sua indignação. “Não consigo me convencer de que isso não passa de uma perseguição política”, disse ele.
O Vereador Nilton Wenrke, por sua vez, a exemplo do vereador Farias, disse que votou contra por que tem certeza absoluta que a mudança deste artigo não passa de uma perseguição. “Minha indignação é saber que essa mudança na Lei só foi solicitada e hoje está sendo aprovado em função do caso do funcionário Sandro Teixeira que se manifestou e entrou na Justiça para que os seus direitos fossem respeitados”, disse ele.
Veja o que dizia o Art. 1º - O inciso 3º do Artigo 32 da Lei Municipal nº 2.666/2015: “A remoção ocorrerá, mediante concordância do servidor; dispensada esta em casos de imperiosa necessidade do serviço público”.
Veja a nova redação deste mesmo inciso, aprovada ontem, através do Projeto de Lei 0021/2016: “A remoção ocorrerá, independentemente da concordância do servidor em casos de excesso de servidores no setor, ou quando houver necessidades de redistribuição para melhor atendimento do serviço público, respeitando os seguintes critérios:
I – Havendo mais de um servidor que possa ser removido, será escolhido aquele que menos tempo de serviço no setor/órgão/local de trabalho.
II – Em caso de empate o critério será a menor idade.
Dossiê Apócrifo: UM CRIME ABOMINÁVEL
O que mais indignou o público presente foi na hora de ocupar um lugar nas galerias da Câmara e se depararem nas cadeiras do parlamento com um “dossiê Apócrifo”, deixado por alguém interessado em destruir a imagem, a reputação da presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, professora Rosnete Hubler.
Aliás, é bom que se diga que esse “dossiê apócrifo”, esse assunto já vinha sendo comentado há vários dias na cidade. E pelo visto, ontem, ao colocar em prática esse plano “ardiloso e bandido” de tentar destruir com falsas acusações a imagem desta sindicalista que vem mobilizando a classe em defesa dos seus direitos e realizando uma luta implacável contra a corrupção, eles deram na verdade vários tiros no próprio pé.
Primeiro por que mandaram um dos seus asseclas, que já está sendo identificado e terá que dizer perante a Justiça quem foi que lhe mandou distribuir esse material apócrifo, criminoso dentro de uma Casa de Leis, que deveria ser o berço da democracia e da cidadania, por ser considerada a Casa do Povo. Segundo por que fizeram dentro de um local vigiado por câmaras, ou seja, basta uma rápida procura e o mesmo será identificado.
Caso as imagens tenham sido apagadas, ou as câmaras desligadas fica patente que houve a participação de funcionários da Casa e o caso toma ares ainda mais perigoso e pernicioso, englobando uma verdadeira quadrilha de assaltadores não só do dinheiro público, mas também do que existe de mais sagrado no ser humano, a sua honra, o seu caráter.
O que diz esse documento apócrifo?
Não estamos reproduzindo o mesmo na sua íntegra aqui neste espaço, pelo simples fasto do mesmo ser “apócrifo”, ou seja, não tem assinatura. O bandido que o produziu fez o serviço sujo e procurou se esconder atrás do anonimato, ou seja, não teve coragem de mostrar a sua cara para defender o indefensável.
O título, escrito com letras maiúsculas, diz: DENÚNCIA GRAVE CONTRA A PRESIDENTE DO SINDICATO ROSNETE HUBLER
Mais abaixo um sub-título: ESCANDALO NO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICO DE SMI
Em resumo, essa mente doentia e que precisa de tratamento psicológico urgentemente, pois pelo visto, anda saindo e voltando ao “armário” com períodos cada vez mais freqüentes, diz no texto que é funcionário público (deve ocupar lugar de destaque nesta Administração), e vem fazer o seu relato comprovatório da atual presidente do sindicato, usando uma manobra financeira dentro da autarquia para burlar os associados e manter viva a organização criminosa.
Veja que ele usa o termo: “comprovatório”, ou seja, ele está afirmando que pode provar as mentiras que está dizendo. Qualquer pessoa com um pouco menos de instrução e não sabendo da onde partiu tal versão, é capaz de acreditar na sua mentirosa e caluniosa acusação, levando a fazer até mesmo um pré julgamento desta situação.
O que ele diz?
Ele afirma levianamente que em 2015, com a prisão do funcionário Público Anderson Santana, que na época ajudava assessorar o vereador Pitonho, os familiares de Santana foram procurados por Rosnete da qual garantiu que as dificuldades financeiras seriam sanadas pelo sindicato por pedido e ordem de Pitonho.
Anderson Santana teria que pagar um financiamento da construção de sua casa (parcelas) junto a Caixa e quem pagaria a partir daí seria o sindicato através de arranjo contábil, através de três funcionários: Rosnete Hubler, Enoberto Teodoro e Sirlei Ronchi.
Segundo a sua versão, a presidente emitiu cheque do sindicato para pagar a prestação da casa própria de Anderson Santana que se encontra preso. Copias de cheques do sindicato serão entregues ao MP, segundo a sua versão, desde que o órgão entre solicitando os extratos do sindicato via Caixa Econômica Federal.
Neste documento apócrifo, ele afirma que a própria mulher de Anderson Santana, a senhora Juliana Pereira Nicolau comprova pagamentos e recebimentos por parte da diretoria do Sindicato mais especificamente da Rosnete, citando inclusive o nome do Dr. Edson Costa, advogado do sindicato, como pessoa conivente com tudo isso por ser também o advogado da Câmara.
Mais adiante, afirma que para angariar estes recursos e burlar a sua contabilidade, Rosnete teria superfaturados a compra de 750 cadeiras que foram pagas pelo sindicato e doadas aos funcionários. Segundo essa mente doentia, ela teria pagado a quantia de R$ 72,00 cada cadeira que foi doada, ao passo que as mesmas poderiam ser compradas no mercado pelo valor de R$ 29,00...
Confesso que quando vi esse documento, mesmo sendo “apócrifo” fiquei preocupado e imediatamente fui a campo para ver se tais informações, mesmo sendo apócrifas teriam alguma veracidade, apesar de que, o autor da mesma, ao descrevê-la comete erros grosseiros. Num dos pontos ele afirma que os cheques eram assinados por Rosnete e pela sua secretária Sirlei.
Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sabe que quem assina os cheques do Sindicato e a presidente Rosnete e o tesoureiro, Muller e que, a função da Sirlei no Sindicato é a de assessora.
Mesmo assim, a minha primeira pergunta foi para a Rosnete, quanto ao caso do valor das cadeiras e se ela realmente teria pagado dívidas do Anderson Santana numa loja da cidade a pedido do vereador Valdir da Silva, o popular Pitonho.
“Um completo absurdo. As contas do Sindicato estão toda aí para quem quiser conferir com a maior lisura e transparência. Eu quero ver essa pessoa provar isso. Veja que as cadeiras foram compradas junto a uma empresa especializadas por que elas eram personalizadas com a logo marca do Sindicato. E o valor pago foi de R$ 39,90 cada, como podemos comprovar com notas as notas fiscais”.
O passo a seguir foi visitar a mulher de Anderson Santana, a senhora Juliana Pereira Nicolau, que segundo o autor deste documento “apócrifo”, confirmaria a sua versão.
E pasmem Senhores! Encontrei uma jovem senhora, destemida e que vem lutando com todas as forças da sua alma para criar o seu bebê, filho de Anderson e com indignação, fez questão de gravar todo o seu depoimento desmentindo esse absurdo e se prontificando de testemunhar onde for preciso contra essa patifaria.
“Nunca fui procurada pela Rosnete para oferecimento de qualquer tipo de ajuda”, me disse ela, afirmando que a única vez que esteve no Sindicato, foi logo após a prisão de Anderson para obter informações sobre como proceder para obter o Auxílio Reclusão, previsto em Lei, tendo em vista que Anderson era funcionário público e os dois tinham uma criança recém nascida para criar.
“Nem mesmo esse auxílio financeiro eu não consegui, tendo em vista que o rendimento salarial do Anderson registrado em carteira ultrapassava o valor permitido”, disse ela.
- E como você tem se virado para pagar as prestações do financiamento e ainda custear as despesas da casa, perguntei.
- “Até recentemente eu trabalhei numa Farmácia da cidade como atendente. Hoje estou trabalhando como diarista, fazendo todo tipo de serviço para manter as despesas da casa. O leite para o meu bebê, eu pego no Colégio Nestor, esse leite que é distribuído gratuitamente pelo Governo. E quanto às prestações da Casa, o Anderson como membro do Sindicato de Foz, mesmo preso ele continua recebendo mensalmente a quantia de um pouco mais de R$ 900,00. No final, caso seja condenado, o sindicato não mais pagará. Esse valor cai na sua conta na Caixa Econômica, e o mesmo vem sendo usado para pagar as parcelas da Casa no valor de R$ 710,00 por mês”, garante Juliana.
Ainda segundo ela, fora as prestações da Caixa, ficou um débito na TRENA que não está sendo pago por falta de recurso. "Uma das parcelas desse débito, inclusive, já foi a protesto. Falei com o nosso advogado de Foz que defende o Anderson e ele me disse que não é para mim se preocupar, pois assim, que ele sair de lá vai visitar a loja e ver em que condições ele irá conseguir pagar", afirma, nos mostrando o documento enviado pelo Cartório.
Essa matéria já está bastante extensa e em breve voltamos a esse assunto que promete render páginas e páginas nos noticiários policiais/criminais, pois estamos em pleno ano eleitoral e tudo indica que essa armação é um ardiloso crime político.
Ontem à noite, o professor Agenor, me ligou dizendo que nessa mesma data foram distribuídos folhetos apócrifos envolvendo também o seu nome. Vale salientar que esse mesmo documento “apócrifo” distribuído sorrateiramente dentro do Legislativo Municipal diz também que Rosnete, com o objetivo de se eleger vereadora teria também comprado o Diretório do PTB em São Miguel pelo valor de R$ 10.000,00.
Vejam que uma das pessoas que esteve visitando pessoalmente e intermediando junto ao empresário Vermelho, responsável pelo Partido Trabalhista Brasileiro na região, para que a professora Rosnete assumisse o Diretório de São Miguel do Iguaçu, foi justamente o professor Agenor, dando a subtender que a preocupação do “panfletário” seria uma possível união entre o PPL do qual o professor é presidente e o PTB, presidido pela sindicalista.
As informações que tenho, é de que, ainda hoje serão requisitadas as imagens do interior do Legislativo Municipal para verificar qual foi a “mula” usada pelo panfletário na distribuição dessa “patifaria” dentro daquela Casa. “Assim que essa pessoa for identificada, com certeza ela será intimada a dizer quem foi que lhe ordenou e de onde partiu esse golpe baixo e rasteiro”, garante Rosnete.
Nota do pagamento de uma parcelas pagas na compra das Cadeiras adquiridas pelo Sindicato - foram pagas, em três parcelas - na nota dá para se ver o valor nítido de R$ 39,90
Cópia do pedido feito junto a empresa especializada em produzir cadeiras personalizadas - Valor R$ 39,90