Se esse esquema é tão milionário assim, onde é que eles estão depositando tanto dinheiro? A resposta para essa pergunta é o tema da nossa próxima reportagem... Nessa matéria o objetivo é mostrar que o nosso município está sendo comandado por pessoas habilidosas e altamente especializadas. Verdadeiros alquimistas...
Depois desses quatro anos de sucesso organizacional/criminal, não estranhe se futuramente não montarem por aqui uma espécie de Universidade Filosofal para formar, qualificar e transformar cidadãos comuns em alquimistas operacionais dos tempos modernos. Em outras palavras, PHDs em crimes licitatório-oficiais e providenciais.
Sim! É isso mesmo que você está lendo. Veja por exemplo, o que essas mentes maquiavélicas são capazes de fazer com uma simples rocha basáltica, por exemplo, também conhecido como pedras para alimentar um Britador, matéria prima para pavimentar as estradas do município e também, para alimentar depósitos fixados em pontos estratégicos de nossa cidade, numa espécie de negócio da CHINA..
Vale salientar, ou melhor, é sempre bom lembrar que a palavra alquimia, na idade Média, era considerada a química que procurava descobrir o remédio contra todos os males físicos e morais – a pedra filosofal, que deveria transformar qualquer tipo de metal comum em ouro.
E como vocês verão nessa matéria, tudo indica que esse foi o objetivo do Rumo Novo quando resolveu recusar a oferta de pedras vendidas a R$ 10,00 a carga de 6m3, localizadas ao lado do Britador, sem custo de transporte, para logo em seguida passar a comprar a mesma matéria prima pagando R$ 23,20 ao m3.
Ou seja, onde se gastava R$ 10,00 por carga de m3, passou-se a gastar R$ 23,20 X 6 = R 139,20 – isso do dia para a noite...
E o mais agravante nessa história... Quando se comprava e pagava R$ 10,00 a carga, as pedras para serem retiradas estavam a 50 metros do Britador. Ou seja, com apenas uma Caçamba se transportava todo o material necessário para alimentar a máquina de moer pedras...(Foto: Essa pedreira da dona Ana está a 50 metros do Britador)
Enquanto que, ao lado do aumento absurdo que aconteceu do dia para a noite, saltando-se para R$ 139,20 a mesma carga, à distância para o transporte da matéria prima que antes era de 50 metros, saltou para Seis mil metros, num percurso de ida e volta lá se vão 12 quilômetros...
Vejam que se você computar no valor de R$ 139,20 o preço da carga, mais o combustível, o custo de manutenção desses veículos pesados, o desgaste de pneus e o grande número de veículos empregados para alimentar a fome da Máquina de moer pedras funcionando quase que 24 horas por dia, principalmente agora nesse período eleitoral, esse valor quase que dobra. OU seja, vamos ter um custo de no mínimo de R$ 200,00 por carga.
Segundo a dona Ana Maria Rebelato Vargas, cuja residência faz divisas com o local onde está instalado o Britador da Prefeitura na Serra do Mico, até meados de 2014, a prefeitura comprava às pedras da sua propriedade, pagando R$ 10,00 a carga...
- Eu lhe perguntei: Como é que eles lhe pagavam essas pedras, por que no Portal de Transparência no item Execução Orçamentária não aparece o seu nome. A senhora dava nota fiscal para eles?
- “Não, não. Eu nunca dei nota fiscal. Quem me pagava em dinheiro era o secretário, Mallagi. Ele anotava as cargas num caderno com uns quadradinhos e depois fazia um recibo do valor a ser pago. Eu assinava e ele me pagava.
- A senhora sabe por que eles pararam de comprar pedras da senhora?
“Eu desconfio que eles queriam montar uma Pedreira aqui ao lado da minha propriedade. Por diversas vezes eu vi aqui, visitando esse local o próprio Mallagi, o prefeito e um outro empresário que hoje é dono de um pedaço. Ele tentou inclusive invadir a nossa propriedade. Só não o fez, por que a Justiça não deixou”, me disse Ana.
Visitamos também o senhor Alcides Fontana, cuja propriedade faz divisa com a propriedade de dona Ana, e por vários anos também vendeu pedras para a Prefeitura. A última licitação em seu nome foi no valor de R$ 33.000,00 ao ano. Ou seja, a Prefeitura pagava-lhe essa quantia e poderia tirar quantas cargas de pedras quisessem. Tudo isso a menos de 200 metros do Britador, com custo praticamente zero em termos de transporte.
- O que houve seu Alcides que o senhor não está vendendo mais para a Prefeitura?
- Eu conversei pessoalmente com vice-prefeito Mauro Remor e ele me garantiu que a Prefeitura iria continuar comprando. Eu disse a ele que o preço seria de R$ 10,00 a carga de 6 m3 ou R$ 40.000,00 ao ano para tirar o que precisassem.
- E o que houve. Por que não fecharam o negócio?
- “Estava tudo certo, mas daí entrou no meio o Mallagi e não sei por que cargas d água, tudo voltou à estaca zero. Tempos depois estiveram aqui me visitando a vereadora Nega da Aurora e o vereador Somavilla. E eles me garantiram de que se a Prefeitura fosse pagar mais de R$ 40.000,00 ao ano em pedras eles iriam denunciar o esquema”, revela Fontana.
Pasmem Senhores! Depois dessa visita que os nobres edis fizeram a casa do seu Alcides Fontana, o Rumo Novo licitou e assinou contrato de compra de ‘PEDRAS BASÁLTICAS’, pelo visto banhadas a ouro, no valor de R$ 708.000,00 – isso no dia 29 de janeiro de 2015 – cujo contrato teria a validade de um ano.
Não contente mesmo com o PREÇO SUPERFATURADO, mesmo antes de vencer os 12 meses previstos no contrato 004/2015, no dia 04 de novembro de 2015, ou seja, três meses antes o Rumo novo fez um nodo ADITIVO desse mesmo contrato por um período de mais seis meses com um acréscimo de 20,480% de correção. Ou seja, um acréscimo de R$ 145.000,00...
Em março desse ano, foi feito uma nova licitação, ganho pela mesma empresa no Valor de R$ 901.000,00.
Ou seja, onde se poderia gastar no máximo R$ 80.000,00 durante 24 meses (dois anos), só em pedras o Rumo Novo já gastou R$ 1.560.000,00 e vai gastar mais R$ 901.000,00 até o final do ano, ou seja, a bagatela de R$ 2.461.000,00
As despesas com essas pedras, não param por aí. Veja que como a distância saltou de 50 metros para 12 quilômetros e hoje se tem até cinco caminhões fazendo esse transporte, só em peças para manutenção da frota, nós vamos encontrar outra licitação no valor de R$ 450.000,00... E o combustível? E (...) E (...) (?)
Ou seja, o que se poderia fazer com R$ 80.000,00, aumentou para mais de R$ 3.000.000,00... Eu te pergunto: Eles são ou não são ALQUIMISTAS? É por essas e outras que estão garganteando e dizendo aos quatro ventos que não tem para ninguém... “Temos grana, temos poder de compra em todas as esferas e com nós não acontece nada”.
Estamos pagando para ver... Que grande parte das nossas Instituições está apodrecendo por falta de caráter e dignidade, isso é fato – mas não acredito que essa morte precoce desses pilares que são basilares e que dão a devida sustentação da vida em comunidade, vai acontecer justamente aqui...
Outro agravante gravíssimo nisso tudo... Essa alquimia com o dinheiro público está sendo feita em diversos setores... Não deixe de ver o que os alquimistas fizeram na contratação de uma empresa responsável por manter os dados da municipalidade conectados a rede de computadores...
Aqui o local, onde está o Britador da Prefeitura na Serra do Mico, nos fundos, a cerca de 50 metros de distância está a terra com pedras da dona Ana e a mais ou menos 150 metros a terra com pedras do seu Alcides Fontana.
Esse é o novo local onde a prefeitura está pegando pedra, distante a seis quilômetros do Britador - fazendo o trajeto ida e volta, vamos ter 12 quilômetros... seis quilômetros, é a quilometragem exata marca pelo velocimetro do veículo - (417707 saída e 41713 a chegada)
Essa é a última licitação feita com o seu Divo para entrega de Pedras... Essa Pedreira está a cerca de uns quatro mil metros do Britador, do mesmo lado da BR-277... Detalhe, ao preço de R$ 10.00 a carga.
Esse é o primeiro contrato feita com a nova empresa que fornece pedras para a Prefeitura, com o valor de R$ 23,20 ao m3...
Esse é o aditivo, feito três meses antes de vencer o primeiro contrato, com o preço majorado em 20,480%...
Esse é a nova licitação feita em março de 2016, no valor de R$ 901.000,00. Um negócio da China...