Uma boa pergunta... Acredito que essa mesma pergunta deveria ser feita também para presidenta eleita Dilma Roussef. O que será que ela acha disso?
Foto: Internet (television argentina) - Todos sabem que até então, tanto o Brasil como a Argentina sempre procuraram preservar o Cone Sul, do risco de qualquer ingerência externa que pudesse afetar a soberania econômica e política de ambos. O que houve?
Fazer essa pergunta para temer e para o “sé serra”, acredito que pouco adiantaria. O vazamento da gravação da conversa do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com o ministro Romero Jucá de que foi por medo de ser preso pelo Juiz Sergio Moro e a sua República de Curitiba, que promoveram o “golpe” para tentar barrar a Lavajato, demonstram que estão cagando nas calças...
O que iriam fazer contra o Tio Sam? Estão cumprindo a risca o que querem os Estados Unidos, conforme denúncias já feitas pelo dissidente americano Edward Snowden de que o governo americano vinha monitorando as conversas da presidente Dilma e contando com a complacência e a leniência do “Temer”.
Assim que chegou ao senado, a primeira providência de “José serra” foi criar um Projeto de Lei que visa privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as Petrolíferas Americanas. Como recompensa recebeu das mãos de “Temer” o status de Ministro de Relações Exteriores...
Onde serão construídas essas Bases Americanas? Em pontos estratégicos definidos pelos americanos. Uma em Ushuaia, Terra do Fogo, e outra na Tríplice Fronteira.
Essa da Tríplice Fronteira estará protegendo uma das maiores reserva de água do mundo o aqüífero Guarani. A base de Ushuaia estará próxima a Antártica, que além de conter importantes minerais estratégicos é considerada a maior reserva gelada de água doce do mundo.
E vejam a coincidência das coincidências – tão logo ocorreu o Golpe Paraguaio no Brasil, o presidente dos Estados Unidos desembargou na Argentina e selou esse acordo com Macri. Com esse ato eles estarão matando dois coelhos com uma só “canetada”. Protegendo as nossas riquezas naturais como a água doce e o pré-sal, e ao mesmo tempo evitando uma maior aproximação do Brasil com Rússia, China e Cia.
Como lembra o jornalista José Carlos de Assis, do site Tribuna da Imprensa, “é espantoso que justamente um governo argentino tome essa iniciativa em favor da ingerência norte-americana no Cone Sul quando foram os EUA, na única guerra em que a Argentina se envolveu do século XX para cá, a Guerra das Malvinas, que colocaram toda a sua infra-estrutura de informação a favor do inimigo que saiu vitorioso, a Inglaterra. Talvez Macri, por ser relativamente jovem, tenha se esquecido disso. Duvido, porém, que o subconsciente coletivo do povo argentino também tenha se esquecido”, lembra.
E continua: “O rescaldo macabro da Guerra das Malvinas foi a instalação permanente de uma base militar inglesa nas ilhas Geórgias, militarizando, inclusive do ponto de vista nuclear, o Atlântico Sul. Agora Macri, pouco depois de eleito, corre para fazer esses acordos militares com os EUA. A Guerra das Malvinas os argentinos perderam; não tinham como resistir à imposição inglesa. Agora, porém, não há nenhuma pressão insuportável para aceitar bases militares. É uma combinação de ideologia subserviente com ilusão de ganhos econômicos.”
Como diz a colunista Tereza Cruvinel, em a Anatomia do Golpe: "Desvendar a engrenagem que joga com o destino do Brasil desde 2013 é uma tentação frustrante. Faltam sempre algumas peças no xadrez. Mas é certo que, ainda que incompleta, a narrativa do golpe não é produto de mentes paranoicas. No futuro, os historiadores vão contar a história inteira de 2016, assim como já contaram tudo ou quase tudo sobre 1964."
http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/234933/Anatomia-do-golpe-as-pegadas-americanas.htm