Aliás, do ponto de vista primitivo, temos que considerar que é muita boa a matéria elaborada pelo secretário de Administração, do Rumo Novo, Valdecir Lago, onde ele sai em defesa do prefeito Cláudio Dutra, contra-atacando o nosso Jornal.
Já no primeiro parágrafo, ele deixa claro que, segundo o seu texto, que têm certas pessoas que tem ouvidos e olhos apenas para cumprir com a função orgânica do corpo, por que celebro estes indivíduos não têm nada. (grifo nosso)
Ou seja, ele confunde cérebro por celebro, e segundo ele, pessoas que tem celebro e não cérebro, usam a sua massa cinzenta apenas para cumprir as funções orgânicas.
E em seguida, ele explica por que faz a atual afirmação:
Segundo ele, nós temos afirmado que o atual Prefeito, legitimamente eleito, está no cargo por força de liminar... E no seu ponto de vista, isso é incorreto por que nas duas Ações de Improbidade Administrativa que o atual prefeito responde, ainda não foram ouvidas as testemunhas de defesa de acusação.
Ele só não citou que nessas duas Ações em nível de Primeira Instância o prefeito foi afastado sim, e só conseguiu voltar ao poder por que conseguiu uma liminar junto ao Tribunal de Justiça... E essa liminar ainda não foi derrubada, ou seja, ainda se mantém no Poder por força desta liminar... O que está errado nesta afirmação, meu caro Primeiro Ministro.
Na sequencia, ele diz: Afirmam que o prefeito pode ser preso a qualquer momento, mas não informam que o prefeito tem foro privilegiado, ou seja, só pode ser processado pelo TJ, e lá o atual Prefeito não responde a nenhum processo penal.
Realmente, lá ele não responde a nenhum processo penal, mas você mesmo deve convir comigo que a situação dele é bastante delicada... E se você perguntar a ele, ele mesmo vai te dizer que por vários meses em 2014, ele andou com “habeas corpus preventivo” dentro da mala, temendo ser barrado pela Polícia Federal...
E por aí vai, dizendo: "Afirmam que o Prefeito é dono de apartamento e de terras, mas não apresentam a escritura com penhora em primeiro grau em favor da Caixa Econômica Federal, por conta do financiamento do mesmo, e no caso da terra, apresentam escritura da referida área em nome de outra pessoa."
Realmente, afirmamos em matéria do nosso Jornal que o prefeito é dono de um apartamento na Rua Farroupilha – e a informação que temos é que ele pagou o mesmo avista intermediado pelo seu Secretário de Obras Malaggi e a suspeita é que, o financiamento feito posteriormente junto a Caixa Econômica tenha sido para legalizar essa transação...
E continua: “Chamam tudo e todos que trabalham na prefeitura ou que prestam serviços para a mesma de ladrão, mas não apresentam se quer umaprova que corrobore com as afirmações.”
Desculpe-me Valdecir, mas veja você que hoje são cerca de 10 Ações que o Prefeito responde na Justiça. E no caso Ezequiel, que foi a mais recente onde a Justiça deferiu liminar acatando o pedido do Ministério Público é muito contundente.
E pelo o que estou pressentindo, tudo indica que a sua revolta pessoal é por que, nessa Ação, também tem as suas digitais, tendo em vista que todas as pessoas contratadas pela Prefeitura passam pelo crivo do Secretário da Administração...
O que explicar num caso como este? Segundo o Ministério Público, em dois ofícios encaminhados a sua Secretaria, ele solicitou que lhe enviasse pelo menos uma prova de que o seu Ezequiel trabalhou na Prefeitura... E com todas as letras o Ministério Público deixa claro que, o que o Prefeito fez foi usar a Prefeitura para pagar promessa de campanha...
Que nome pode dar a isso? O que você acha que a Justiça Eleitoral irá fazer quando tomar conhecimento deste fato?
E continua: “Por outro lado, defendem e emitem elogios favoráveis, a pessoas condenadas a mais de 12 anos de prisão em regime fechado,..”
Você esqueceu-se de citar aqui Valdecir, que sempre defendemos ardorosamente o trabalho que o vereador Valdir da Silva vinha desempenhando junto ao Legislativo Municipal... O que sempre defendemos foi a sua conduta exemplar no Legislativo, não aceitando ser boneco de presépio da tua Administração...
Quantos requerimentos ele fez pedindo explicação ao teu Governo? E os pedidos de Abertura de uma Comissão Processante para apurar os malfeitos do prefeito? É isso que sempre defendemos em nosso Jornal. Quanto a sua vida particular, sempre deixei claro que não posso julgá-lo, tendo em vista que só o conheci pessoalmente depois que assumiu uma cadeira no Legislativo.
E você pergunta, qual é a minha profissão. Muito embora não seja jornalista formado, vivo do que escrevo. Uma prova disso é que você tem furado madrugadas tentando combater e desqualificar o que colocamos em nosso Jornal. Ou seja, a minha profissão de fato e de direito, pois exerço-a há mais de 40 anos, é jornalista...
E aí você pergunta: Explica aí como é que você conseguiu o seu apartamento e a sala comercial da Rua Farroupilha?
Muito embora você conheça melhor do que nós essa história, mas já que você perguntou, vou lhe responder. O apartamento e a sala é fruto de uma transação que eu fiz com o empresário Clayton Barbiero. Eu tinha um lote de 1200 m2 na Av. Iguaçu e fizemos uma troca, pois o mesmo estava interessado em expandir a construção civil naquela área, como de fato fez... Se tiver alguma dúvida ligue para o empresário, ou visite-o para confirmar essa história...
Nesta troca, eu recebi um apartamento, uma sala comercial, um veículo Gol e uma certa quantia em dinheiro... Você poderia me perguntar: como é que você conseguiu o lote na Av. Iguaçu? Como não temos nada a esconder, devo lembrar que moramos naquele local por mais de 30 anos...
E numa certa ocasião, eu recebi a visita do saudoso Arlindo Moisé Cavalca que era o proprietário do local, que foi logo me dizendo: “Você mora aqui há tantos anos que isso aqui já é teu... Passe lá no escritório do Moinho Iguaçu e fale com a Aglaê para providenciar a escritura...”.
Eu lhe disse: “Muito obrigado seu Arlindo. Agradeço imensamente a sua gratidão, mas confesso que ficaria mais feliz se o senhor me fizesse uma proposta de venda para que eu possa pagar esse imóvel dentro das minhas possibilidades...”
Ele relutou, mas no final, terminamos nos entendendo e no outro dia eu fui visitar a sua filha e fixamos o valor do imóvel na época, em U$ 30.000,00. O dólar na época estava em 1x1 e a venda foi dividida em 36 meses... E no final do pagamento, a escritura foi passada para o meu nome...
Estais contentes com a explicação, ou quer que eu lhe envie, contratos, escrituras, recibos de pagamentos e outros itens que provam que o que tenho foi comprado e pagado com o suor do meu trabalho?
Quanto à confecção da Revista que você está dizendo, realmente nós confeccionamos e cobramos R$ 14.000,00. Deveria citar aí que nesse valor está incluso a impressão na Gráfica... E ainda tenho cinco exemplares desta revista. (foto ao lado).
São 60 páginas de um excelente material onde ficaram registrados os feitos da ex-administração...
Perca um minutinho e releia essa Revista. Irás notar que cerca de 70% das obras que foram inauguradas no teu governo, constam nesta publicação como projetos que ficaram prontos, inclusive, com dinheiro em caixa... Por que não publica isso? Você pode acessá-la por aqui: http://www.jornalofarol.com.br/dados/banners/Relatrio20092012site.gif
Por que não publica também o quanto que recebemos durante quatro anos da ex-administração, bem como, quantas matérias fizemos pra divulgá-la?
Para o teu governo, pergunte ao seu Armando, quantas vezes ele esteve nos visitando e dizendo: “João eu preciso de você junto a nossa Administração. Veja o que você pode fazer e venha trabalhar conosco...”.
E ele vai te dizer que eu disse sempre: “Como órgão de comunicação temos condições de ajudá-lo muito mais com uma visão exterior...”.
Como temos feito hoje. Quantas vezes nós visitamos o seu Governo pedindo verba para divulgação ou emprego para trabalhar? Nenhuma!
Quantos emissários vocês já mandaram indiretamente até aqui dizendo que estavam dispostos a nos ajudar? Quantos? Quantos?
Eu te pergunto: Tudo não seria muito mais diferente não só para vocês como Administradores, mas também para o município como um todo se vocês se tivessem pautado em grande parte pelas matérias que temos feito denunciando os malfeitos?
No caso do das terras do prefeito, por exemplo – não seria muito mais fácil para você perguntar a ele, como é que ele faz uma transação dessa e ainda por cima usa toda a estrutura da Prefeitura para fazer um açude com aquelas dimensões? Você é ou não é funcionário público concursado, ou você não passa de um pau mandato do teu prefeito?
Você foi perguntar ao cunhado do prefeito, se ele tinha R$ 420.000,00 para comprar e pagar aquela terra? O que você disse ao cunhado do prefeito um dia após sair a nossa matéria onde ele andava desesperado pelos corredores da Prefeitura dizendo que queria que tirasse a terra do seu nome? Quem ainda não viu essa matéria, poderá acessá-la por esse link: http://www.jornalofarol.com.br/ver-noticia.asp?codigo=40456
O que você, como Secretário de Administração e quem tem como função precípua defender os interesses do município, disse ao empresário André Fernandes quando fizemos a matéria dizendo que o Rumo novo transformou pedras em ouro... Afinal, quem paga o teu polpudo salário acrescido de 50% de gratificação?
Onde se gastava R$ 10,00 por carga com 6m3, da noite para o dia os valores subiram para 23,20 ao m3... Onde no passado se gastava R$ 80.000,00 em dois anos, o município vai gastar R$ 3.000.000,00... Que nome você dá para uma transação como essa?
Ainda não fizemos matéria, mas já que você está perguntando, o que você me diz do contrato com a Jabulâne?
O que você me diz do contrato que foi feito com a Costa Oeste?
O que você me diz com o contrato com as empresas que prestam serviço na área de computação com a Prefeitura para administrar o sistema?
O que você me diz dos contratados da área de saúde para prestação de serviço no valor de mais de R$ 20.000.000,00 sem licitação, tudo ao arrepio da Lei para favorecer um Coordenador de Campanha? Transporte, Meio Ambiente e Cia... (...)
Desses casos todos que citei acima, vou me ater nesta matéria, que já ficou grande de mais, apenas no contrato com a Jabulane, firmado em 2013 e depois aditivado todos os anos...
Em 2013, essa empresa com sede em Missal, foi contratada para prestar serviço contínuos de limpeza, asseio e conservação com fornecimento de mão de obra.
Na clausula primeira do contrato, está especificado que a empresa deve prestar o serviço acima, na Rodoviária Municipal, Pátio de Máquinas, Paço Municipal, CINE, Escola do Trabalho, CRAS, CREAS, Conselho Tutelar e Centro de Juventude, perfazendo o total de 18 pessoas contratadas...
Por essa prestação de serviço, o Município repassou em 2013, R$ 43.500,00 por mês, perfazendo o total de R$ 522.000,00 ao ano.
Sabem quanto essa empresa pagava para as pessoas que trabalhavam para ela? R$ 544,00 por mês... Se você pegar, R$ 544,00 X 18 vai obter o valor de R$ 9.810,00 – os encargos sociais, se não me falha a memória, vai girar em torno de R$ 3.500,00... Somando esses valores você vai obter cerca de R$ 13.000,00...
O repasse mensal é de R$ 43.500,00 por mês... Eu te pergunto meu caro Secretário: quem é que está ficando com o restante, ou seja, os R$ 30.000,00 mensais?
Agora você pega R$ 30.000,00 mensais e multiplica por 12, você vai ter a bagatela de R$ R$ 360.000,00 por ano... Pega esse valor e multiplica por quatro anos, vamos ter: R$ 1.440.000,00, em quatro anos...
Eu te pergunto: Como Secretário de Administração, você não viu isso?
Quanto a Prefeitura gastaria por mês se tivesse contratado diretamente 18 zeladoras como CC-10, por exemplo? De quanto seria essa economia...
Outra perguntinha: Quantos CCs existem hoje na Prefeitura? Na gestão anterior, segundo me consta existiam 49 CCs contratados... Pelos últimos números que contabilizamos essa Administração tem mais de 160... Por que este número elevado?
Responda as nossas questões aí que depois voltamos ao assunto...
João Maria Teixeira da Silva...