Em pouco mais de dois meses, conta de luz caiu mais de R$ 2,5 mil. Até o final do ano sistema será ampliado.
Em pouco mais de dois meses, a microgeradora de energia solar instalada no teto de parte do estacionamento do Centro Executivo da Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), já gerou quase 5 mil kW e uma economia superior a R$ 2,5 mil para a empresa – considerando a tarifa de R$ 0,54 o kWh praticada pela Copel.
O sistema, com 78 painéis fotovoltaicos, dois inversores e capacidade instalada de 21,5 kWp, começou a funcionar no fim de março, sob a coordenação da Divisão de Infraestrutura de Itaipu, com o apoio da Divisão de Serviços.
Até maio, a energia produzida no local foi suficiente para abastecer 6,6% do consumo do prédio. Mas o sistema já está em fase de ampliação, aproveitando outra parte do telhado do estacionamento.
A previsão é chegar ao fim deste ano com cerca de 10% da demanda atendida pelos painéis fotovoltaicos. A potência instalada passará de 21,5 kWp para 30,8 kWp (aumento de 42%), com geração de 3.600 kWh/mês.
Uma das novidades do sistema é que o usuário pode acompanhar em tempo real a produção de energia e o histórico gerado. As informações são apresentadas em dois monitores instalados nos dois acessos do Centro Executivo.
Outra possibilidade é checar os dados pela internet ou mesmo com um aplicativo no smartphone – qualquer interessado pode acessar as informações pelo site www.solarweb, usando o usuário sge@itaipu.gov.br e a senha 1111111.
O gerente da Divisão de Infraestrutura, Alexandre Silva de Vargas, disse que o desempenho dos equipamentos, nos dois primeiros meses, corresponde ao que foi projetado pelo setor. “Na verdade, está até um pouco acima da média esperada. Mas a gente sabe que tem dias nublados ou com chuva, que geram menos energia. Então, no geral, vai atender a média esperada.”
Alexandre comentou que o sistema está alinhado às diretrizes da Eletrobras e do Sistema de Gestão de Sustentabilidade de Itaipu – entre elas, reduzir o consumo de energia e adotar soluções limpas e renováveis. Outro objetivo é mostrar que o sistema é viável, tanto para instalações comerciais como residenciais.
O técnico de manutenção elétrica Felipe Martins Queiroz, também da Infraestrutura, acrescenta que alternativa solar vai ajudar Itaipu na conquista da certificação ISO 50.001, norma relacionada com a gestão da energia. A norma está em fase de implantação no Centro Executivo, com apoio da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice).
Normas de segurança
Responsável pela alimentação de energia do prédio, a Divisão de Serviços revisou todos os projetos, fez as adequações na subestação da Copel e acompanhou a instalação do sistema. “Existem normas de segurança que devem ser verificadas porque os sistemas têm que ‘conversar’. Depois de tudo certo, a gente liberou”, explicou o gerente da Divisão de Serviços, Valentim Gonçalves Moreira.
Segundo ele, “ver o sistema funcionando nos traz uma enorme satisfação, porque a gente está trabalhando de acordo com a missão e a visão de Itaipu, que é a questão da sustentabilidade”.
Na sequência, a ideia é ampliar o sistema de painéis fotovoltaicos no próprio Centro Executivo e levá-lo para outras instalações de Itaipu – como o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) e os escritórios regionais de Guaíra e Santa Helena.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,35 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75 % do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.