Proposta será apresentada no encontro estadual, que será realizado em Curitiba, no dia 25 de junho
Em assembleia realizada neste sábado (18), os educadores de Foz do Iguaçu e região decidiram apresentar proposta para a categoria iniciar o estado de greve nas escolas do Paraná. A medida será deliberada na Assembleia Estadual, que acontece em Curitiba, no próximo dia 25 de junho, reunindo professores, pedagogos e funcionários de todos os municípios paranaenses.
O estado de greve é um movimento permanente dos trabalhadores, promovido nos locais de trabalho e em atividades públicas, para alertar o governo que a paralisação pode ser deflagrada a qualquer momento. A mobilização também contribui para ampliar o debate entre o conjunto de servidores e a comunidade escolar em relação à pauta da educação.
De acordo com o presidente da APP-Sindicato/Foz, Fabiano Severino, a decisão é resultado do processo de desmonte da carreira e da falta de investimentos do Governo do Paraná na escola pública. O dirigente sindical informa que a gestão estadual nega-se a debater a pauta da campanha salarial e retira direitos que comprometem as condições de ensino.
“O governador Beto Richa acabou com a carreira no serviço público com o decreto nº 4189/16, editado em maio, pois não vai haver avanço para os servidores e ao terminar o estágio probatório as pessoas não terão as suas promoções e progressões”, analisa Fabiano Severino. “A ascensão é prevista na legislação e não pode ser revogada por decreto. O governo afronta a lei e o judiciário permite”, enfatiza o presidente da APP-Sindicato/Foz.
Representando a direção estadual da APP-Sindicato na assembleia do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu e região, Nádia Brixner apresentou relato da atual conjuntura. “Precisamos continuar mobilizados e definir qual é o melhor caminho para a luta contra a retirada de direitos e a precarização das condições de trabalho”, apontou a secretária de Funcionários da APP-Sindicato.
Mobilização
Durante a assembleia, os servidores refletiram sobre a ampliação das mobilizações conjuntas entre trabalhadores da iniciativa pública e privada para resistir aos projetos que retiram direitos. A reforma previdenciária, o ajuste fiscal, a flexibilização das leis trabalhistas e o PL 257 são as principais ameaças contra conquistas asseguradas ao longo de anos.
Para os educadores, a reforma previdenciária que será anunciada em breve elevará a idade mínima de aposentadoria de homens e mulheres para 65 anos e acabará com o benefício especial do magistério. “Além o risco de perder a aposentadoria especial, há a ameaça da previdência privada, que está entre as medidas previstas pelo Governo do Paraná”, revela Fabiano Severino.
“Precisamos intensificar a resistência, ampliando o debate nas escolas e entre a população, pois a conjuntura é de retirada de direitos”, ponderou Diego Valdez, secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz. “Precisamos puxar a discussão e pensar em mobilizações e paralisações conjuntas entre trabalhadores dos setores público e privado”, complementou Valdez.
Força-tarefa da educação
No encontro, os educadores aprovaram a criação de uma força-tarefa para dialogar e debater a pauta da categoria com a comunidade escolar. Uma comissão formada pela direção do Núcleo Sindical, representantes de escolas e demais servidores interessados irão percorrer os estabelecimentos de ensino, com o objetivo de fortalecer a mobilização.
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