“O projeto tem objetivos específicos, como desenvolver recursos didáticos para auxiliar o professor da rede pública de educação básica e, também, experimentos didáticos que despertem no estudante o interesse sobre a temática e contribua com o aprendizado de conceitos de forma lúdica e interativa. Busca, ainda, instruir professores para o uso dos materiais e equipamentos produzidos, bem como para disseminação do conhecimento sobre Ciência e Tecnologia”, esclarece o professor de Engenharia de Energias Renováveis da UNILA, Oswaldo Hideo Junior, um dos coordenadores do projeto.
O projeto conta com o trabalho de estudantes e docentes dos cursos de Engenharia Química, Engenharia de Materiais, Engenharia de Energias Renováveis e Engenharia Civil de Infraestrutura da UNILA
A produção da pesquisa, do desenvolvimento de materiais e as ações do projeto também buscam estimular a formação do estudante como agente transformador de opinião e hábitos da sociedade, além de despertar o interesse e a curiosidade pela ciência e tecnologia, bem como estimular a formação de futuros pesquisadores na área. Nesse sentido, o Green Park propõe práticas de projetos interdisciplinares ao ensino fundamental, por meio do processo de ensino-aprendizagem. O projeto, em andamento há oito meses, já obteve reconhecimento no concurso Ciclo de Sustentabilidade, iniciativa cultural da qual foi finalista.
Um dos experimentos em andamento consiste em uma bomba didática hidráulica, na qual gera-se energia potencial, a partir da brincadeira de gangorra das crianças. Nesse sistema, a água captada da chuva é levada por essa bomba até uma caixa d'água e, de lá, segue até uma horta, em um circuito fechado, onde tudo é aproveitado. Para explicar o funcionamento da bomba e colocá-lo em prática, os estudantes montaram um manual técnico com dados sobre manutenção, montagem, materiais e cuidados.
"Também vamos disponibilizar um livro para ajudar o professor a desenvolver e ensinar o experimento da bomba hidráulica e, ainda, um livro para alunos, que terá uma linguagem lúdica, a partir de jogos e historinhas com personagens. A ideia é, também, realizar vídeos e disponibilizar todo o material online, para que outras escolas também possam fazer esse sistema”, conta a estudante de Engenharia Química, Kelly Borne, uma das voluntárias do projeto.
Teoria e prática
Para o projeto, iniciou-se um diálogo com integrantes da Escola Municipal Jorge Amado, onde pretende-se desenvolver, na prática, o projeto do Green Park. “Nessa escola, identificamos necessidades de brinquedos que fossem adequados para as crianças. Estamos realizando protótipos, para serem transformados e sofrerem adaptações”, conta Anderson Bergmann, também integrante do projeto e aluno do curso de Engenharia Civil de Infraestrutura.
Para os estudantes da UNILA, o projeto é, também, um instrumento que possibilita compartilhar conhecimentos e aprendizados obtidos em sala de aula. “É uma aplicação prática do conhecimento e um retorno à sociedade, a partir de um trabalho de conscientização das crianças”, coloca a discente de Engenharia de Materiais da UNILA, Jennifer Ayana.
O projeto é desenvolvido por estudantes voluntários da UNILA e tem um caráter interdisciplinar, sendo composto por diversas áreas e linhas de pesquisa dos docentes Oswaldo Hideo Junior, de Engenharia de Energias Renováveis; Andreia Furtado, professora de Engenharia Química; e Jiam Frigo, de Engenharia Civil de Infraestrutura. O Green Park também tem a parceria e o apoio da Estação Ciência, do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), e da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu.
Legendas
Foto 01: Os estudantes Kelly Borne, Alef Pontes, Anderson Bergmann, Jennifer Ayana e Patrick Goulart (da esquerda para a direita)