Secretário-geral da ONU, que participou da abertura da Olimpíada, inclui as Cataratas do Iguaçu e a usina binacional em seu roteiro no país
Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional - Em visita ao Brasil para participar da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, incluiu as Cataratas do Iguaçu e a Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, em seu roteiro neste domingo (7). O secretário afirmou que foi um “dia inspirador”, de “tirar o fôlego” e que lhe trouxe várias lições.
Ban Ki-moon na fronteira simbólica entre Brasil e Paraguai no topo da barragem de Itaipu. Crédito: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
Ban elogiou os esforços da Itaipu Binacional na pesquisa de novas tecnologias em fontes alternativas de energia e no combate às mudanças climáticas, além da busca pelo cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que abrangem diversos temas da sustentabilidade que os países-membros da ONU precisam cumprir até 2030.
“Me senti muito inspirado ao visitar a Itaipu Binacional. Este é um local em que usamos a força da água pela humanidade, pelo desenvolvimento, paz e harmonia”, afirmou o secretário-geral, que fez uma visita pelas áreas externas da usina. Depois, se dirigiu ao Parque Tecnológico Itaipu, onde plantou uma árvore e conheceu alguns dos projetos da binacional, como a geração de energia a partir do biogás, pesquisas sobre segurança de barragens, desenvolvimento de baterias, promoção da equidade de gênero e o Cultivando Água Boa, premiado pela ONU-Água como melhor prática de gestão da água.
Ban Ki-moon, acompanhado da esposa Ban Soon-taek, e da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, visita as Cataratas do Iguaçu. Crédito: Nilton Rolin/Itaipu Binacional
Ele também falou sobre a visita ao Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as Cataratas. “As Cataratas são tão poderosas e magníficas. Eu me senti muito humilde diante da força grandiosa da natureza. Expresso minha esperança sincera de que esses países vizinhos tenham a responsabilidade de administrar bem esse patrimônio da humanidade de forma sustentável”.
E assim resumiu a experiência nos dois locais: “aprendi muito sobre o que e como podemos fazer com a natureza. Se nossa sociedade vai contra a sabedoria da natureza, então não teremos esperança. Mas na medida em que usamos a natureza (e a água) com sabedoria, podemos fazer o melhor para as pessoas e para o planeta”, concluiu.
Essa foi a segunda vez que Ban Ki-Moon visitou a hidrelétrica de Itaipu. A primeira foi em fevereiro de 2015, como parte de uma visita oficial ao governo do Paraguai. Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, o retorno do secretário à usina é um reconhecimento aos compromissos assumidos pela binacional na promoção do desenvolvimento sustentável no entorno da usina, no Brasil e no Paraguai.
“A Itaipu vem trabalhando alinhada com os ideais da ONU e com documentos planetários que vem sendo discutidos desde a Rio 92, culminando nos ODS e nas metas de redução dos gases de efeito estufa, acordadas na COP21, em Paris. São diversas as ações que estão sendo postas em prática na margem brasileira e paraguaia da usina e que demonstram que a construção de um mundo melhor é possível”, afirmou Samek.
Ainda neste domingo, a Itaipu firmou um acordo de cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para aplicação dos ODS nos 54 membros da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop). O documento foi assinado pelos diretores-gerais da Itaipu, Jorge Samek (Brasil) e James Spalding (Paraguai), e pelo representante do PNUD no Brasil, Niky Fabiancic.
Aqui visitando o Parque Tecnológico Itaipu, onde plantou uma árvore e conheceu alguns dos projetos da binacional, como a geração de energia a partir do biogás, pesquisas sobre segurança de barragens, desenvolvimento de baterias, promoção da equidade de gênero e o Cultivando Água Boa, premiado pela ONU-Água como melhor prática de gestão da água.
Ban Ki-moon e autoridades no Mirante Central da Itaipu. Crédito: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional.